quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Amofinada

Acho muito estranho quando não tenho assunto para escrever. Pra mim escrever é ordenar pensamentos, é compreender sentimentos, expurgar tristezas. E quando estou Sentindo muitas coisas ao mesmo tempo e não consigo escrever isto me deixa apreensiva, porque sei que vai demorar um pouco mais a digerir o que acontece e consequentemente minha harmonia interior não será a mesma. Geralmente quando isto me ocorre eu me recolho e fico quieta. Choro um pouco... ou muito e com o passar dos dias as coisas se acomodam e eu enxergo melhor tudo.
São preocupações nas quais não posso agir. São aquelas coisas que a gente tem que entender e respeitar, para as quais a gente pode fazer prece e dizer, lembrar que está a disposição, que está apostos, mas que independem totalmente da gente. São decisões e escolhas dos outros. É a caminhada do outro e nós só podemos fazer companhia, a escolha do caminho é do outro.
Talvez seja o mais difícil exercício do amor, deixar que as pessoas passem e aprendam o que precisam aprender por si. Quando os pais ensinam o certo e o errado, dizem não, dão carinho e amor devem ficar com a consciência tranquila e confiar no bom trabalho que fizeram. Mesmo assim é difícil não se amofinar com as dificuldades naturais que os filhos enfrentam na sua jornada.
É, eu que não tenho filhos me amofino do mesmo jeito.  Neste momento me sinto amofinada e sem palavras para explicar. Mas ao mesmo tempo grata por poder exercitar o amor.

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