terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Bicicleta é vida

Há muito tempo eu achava que trocar o ônibus por bicicleta seria ótimo. Eu ganharia tempo, qualidade de vida, faria exercício e perderia uns quilinhos. Então eu decidi pegar a bicicleta da minha sobrinha lá de fora e começar a andar, até chegar num ponto de ir pro trabalho pedalando. Hoje consigo fazer isto (uhúl!)! Faz uns dois ou três meses que venho e volto do trabalho de magrela. É ótimo porque é rápido e não preciso ficar esperando ônibus. Ganho tempo, pois um percurso de meia hora a pé, leva 10 ou 15 minutos de bike. E economizo a academia, mas ainda não perdi os quilinhos que pretendo (ainda, mas vou!).
No início do ano de 2016, quando trouxe a bichinha e comecei a treinar, andava só dentro do Humuarama, que tinha pouco movimento de carros e me sentia segura. Fazia um percurso de 30 minutos dentro do loteamento e voltava pra casa. Daí comecei a me arriscar um pouquinho mais e ia até a casa do Rafa, que era umas seis quadras da minha e tinha que atravessar a Ferreira Vianna com todo o fluxo de carros indo ou voltando do Laranjal.
Quando me mudei pensei que seria a hora certa para pedalar, mas comecei a indo pro trabalho a pé (levava meia hora e tinha que acordar pelo menos meia hora mais cedo), pois minha mãe me desencorajava um pouco, porque tinha medo que eu fosse atropelada andando de bicicleta. Mas depois de um percurso no sábado a tarde de uns 20 ou 30 minutos, como dá pra ver na rota (aqui embaixo), eu achei que poderia sim ir pro trabalho de bicicleta. Mas antes de me sentir totalmente segura fomos fazer um passeio pelo centro no domingo a tarde! Foi tranquilo, até porque no domingo o centro é super calmo e com poucos carros.
Daí em diante comecei a sentir mais coragem para arriscar vir para o centro no dia-a-dia.

Estes meses foram muito bons e descobri que andar de bicicleta é ótimo. Me supero todo dia, pois todo dia tem uma subidinha, pequeninha, mas que me desafia. E apesar de estar sentindo as pernas algumas vezes, consigo vencer o percurso, é só não parar na pista (como sempre dizia Raulzito!).

Mas nem tudo são flores e precisamos lembrar que sim, alguns motoristas gostam de mostrar o quanto são machos e poderosos e podem nos derrubar com um pequeno deslocamento de vento. Outro dia um senhor, muito mal educado, diga-se, reclamou que eu estava "atrapalhando" a passagem dele, que estava andando de bicicleta na calçada! E eu estava na rua, com parte da bicicleta sobre a faixa de pedestres e bloqueando a rampa para cadeirantes.  Fiquei chateada, porque ele foi grosso! Mas me serviu de lição, porque agora sempre presto muita atenção quando paro para não ficar sobre a faixa e pra não bloquear a rampa.
Tem alguns motoristas que, mesmo tendo muito espaço a direita, fazem questão de vir bem coladinhos na pista de ciclistas, é uma atração inexplicável! E ainda tem alguns motociclistas que circulam na faixa de ciclistas de boas, acho que pra eles é tudo a mesma coisa.
Eu tento fazer tudo o mais certinho possível, como boa virginiana, não podia ser diferente! Evito ao máximo andar sobre a calçada, já andei, mas evito, porque é lugar de pedestres. Espero o sinal abrir pra mim, mesmo que não venha carro. Evito andar na contramão, embora ande duas quadras pra chegar ao trabalho. Tenho um espelho e pretendo colocar luzes e comprar um capacete.
Foram bons aprendizados que tive neste ano. Andar de bicicleta é vida e nos ajuda a valorizar a vida também, afinal é a nossa pele que rala no caso de um tombo!
Que 2017 tenha mais passeios de bicicleta e idas e vindas pro trabalho, com segurança!