sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Encontros e reencontros - a alegria da vida

Ontem encontrei amigas de faculdade, amigas de anos, amigas da vida que amo demais, mas que por causa das atribulações da vida (e do trabalho!) não encontro com frequência! O juntamento foi marcado de última hora. Do tipo que eu gosto e não recuso "vem tomar café com a gente aqui na mãe"! Eu vou! Sou dessas! Sou como aquela mulher da  canção "Folhetim", "sou dessas mulheres que só dizem sim"! Pros amigos, pros belos encontros e reencontros da vida! Não dispenso uma noitada boa! Principalmente se vir carregada de muita risada!
Nunca me arrependo de dizer sim pra estes programas de última hora! São os melhores! Claro, encontro de amigos de muitos anos algumas vezes também tem lágrimas de saudade! Tem lágrimas de alegrias, mas sempre tem muito mais risadas! E tem amor!
Lembramos do nosso querido Joari Reis e a sua temida prova de enquadramentos cinematográficos. Sim, tínhamos prova de enquadramento! Numa televisão de tubo, daquelas que eram das maiores, mas estavam bem longe de uma 32 polegadas! E o processo pedagógico da prova era o seguinte: o filme era colocado no vídeo cassete (acho que ainda não tinha DVD! Aff! Pessoa entregando a idade! haha) e enquanto a gente ia assistindo o professor ia perguntando, assim, no susto "agora, que enquadramento é esse?".
Até a pessoa mais conhecedora de cinema da turma, no caso a Ana Paula, tinha medo daquela prova! Tanto nervoso essa moça passou que nem lembra qual era o filme que assistiu fazendo a prova!
O meu filme era o Drácula, do Bram Stoker! E eu fiquei sentada  bem atrás, próximo do Joari, que resolveu conversar comigo! Eu apavorada analisando os enquadramentos, quase me distraindo, porque adorava o filme e aquele Drácula sedutor que nossa! E o professor chega perto de mim e diz "agora ela vai ficar com aqueles dentinhos e vai precisar ir lá no meu consultório colocar aparelho"! hahahahaha Como que me concentro com aquele Drácula e com o professor fazendo piada?! hahahaha Não tenho a mínima ideia da minha nota, mas passei sem exame!
E é tão bom lembrar destes momentos de tensão da faculdade! Porque esses momentos eram fichinha perto de alguns que passamos depois! E olha que eu nunca tive pressa de crescer, tanto que não cresci até hoje! hahahahaha Não, brincadeira! Nunca tive pressa de me tornar adulta, de tomar conta das contas e da vida! A faculdade foi muito importante no meu processo de amadurecimento. Éramos nós que tínhamos que resolver os problemas, fazer matrículas, assinar financiamentos. Ali começamos a tomar as rédeas da nossa vida!
Foi na faculdade que aprendemos a nos virar! Meus colegas de faculdade me ensinaram muito! Não apenas de cultura, de conhecimentos técnicos! Ensinaram sobra as diferenças e o quanto ser diferente não impede o amor, pelo contrário nos faz querer ser melhor pra poder amar mais aquele outro tão diverso! Aprendi sobre família! Sobre a minha família e sobre a família de cada um, que é igual, só muda de endereço, mas que também é absurdamente diferente, com tantas peculiaridades, que parece de outro planeta! Ensinaram sobre mim! Ensinaram que eu podia mudar sempre, a todo instante, desde que aquilo tivesse a ver com a minha essência!
Eu sabia disso naquela época???? Óbvio que não! No entanto, aqueles lacinhos que começaram lá nos anos 90 cheios de dedos, porque quando a gente não conhece direito as pessoas fica assim sem saber direito como agir, foram criando corpo, outras pessoas entraram e saíram das nossas vidas. Muita lágrima rolou nos nossos abraços! E muita lágrima de alegria e emoção ao ver como a gente melhorou como pessoas com a ajuda umas das outras! E foram tantas risadas que perdemos a conta! E teve tanta comida boa e umas ruins pra contrabalançar, porque a gente se metia a fazer experiências também!
Como sou grata por tudo! Por todos! Como sou feliz por vocês na minha vida, pelos  sobrinhos emprestados que ganhei, mas principalmente sou grata pelo amor que vocês me deram e dão! A gente deveria marcar um dia no ano pra lembrar dos amigos da faculdade, do segundo grau (ensino médio), do ensino fundamental, colegas e amigos de trabalho, professores e analisar o que cada um deles contribuiu para o que somos hoje!  Posso afirmar sem medo que sem eles a gente não seria o que é! Tenham sido eles uns amores, amigos, parceiros. Ou insuportáveis, carrascos, inimigos, enfim... Claro que não daremos aos últimos o mesmo lugar de destaque no nosso coração e nem devotaremos o mesmo carinho. Mas temos que ter gratidão para com eles, pois se somos mais sábios hoje foi graças a superação que tivemos ao passar pelos percalços que nos causaram.
Esse texto é só pra agradecer mesmo! Pra agradecer a cada um dos meus amigos e colegas de estudos e trabalho pela parceria na jornada.
E pra dizer as minhas amigas que tenho muito orgulho das mulheres que se tornaram e honra por poder dizer que elas são minhas amigas!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Muitos dindos, muito amor recebido!

Há dias fico pensando sobre o que iria escrever esta semana. Tenho dificuldade de elencar temas porque, como virginiana, tem alguns temas da minha vida que não considero relevantes e outros que penso que sempre precisam ser melhores avaliados e estudados. Daí fico dias pensando vou falar sobre isso, tenho que falar daquilo e no final acabo deixando pra depois.
Mas hoje decidi começar e depois a gente vê qual o tema da história. além disso, daqui a pouco texto "dá cria"!
Dindos Moraes e Sandra
Dindos Enilda e Vanderlei
Faz um tempo que decidi que eu ia procurar as pessoas, independente do retorno delas. Tipo compromisso comigo mesma de mandar uma mensagem, perguntar se tá bem, me oferecer pra tomar um mate ou café. Isso principalmente com familiares e amigos mais experientes (tipo os que já tem mais de 60!). Nessa conta estão meus padrinhos, que não são da minha família de sangue. Quer dizer... parte deles. Porque, por falta dos outros sacramentos da igreja (e isso aprendi graças ao padre Magnum, digo, Zattera, que me deu aula de Mistério Cristão na UCPel!), batismo eu tenho de sobra! Sou batizada em casa pela minha vó materna e meu tio Chicão! Não satisfeita e sem saber que este batismo já valia pra tudo (isso também aprendi no Mistério Cristão!) minha mãe foi lá cobrar do padre Schreimer o fato da igreja não permitir que eu, uma criança, recebesse o "santo sacramento" porque ela não era casada (outro sacramento!). Daí o padre que a conhecia desde sempre disse que me levasse lá que ele me batizaria sim. Adoro gente que quebra as regras que lhe parecem injustas!
Daí, pra completar eu fui batizada na umbanda! Lá os batismos anteriores também valiam, mas... eles pensaram, vai que ela resolva ser umbandista né, já tá batizada! Sorte que eles pararam por aí, se não era capaz de terem feito até um bar mitzvá! hahaha Eu sei, essa cerimônia é só pra meninos!
Mãe e pai
A escolha dos meus padrinhos não sei ao certo como aconteceu. Sei que minha madrinha na igreja, dinda Sandra, era colega de trabalho do meu pai. Um mulher linda gente, vocês não tem noção! Vou postar uma fotinho pra vocês verem que digo a verdade! Meu dindo Moraes também! Ela me contou que ela perguntou pro pai se ele teria um filho, ele disse que sim e ela falou que se fosse guria ela ia ser madrinha e foi assim. Não tenho ideia de quantas afilhadas ela tem! Só sei que filhos foram três, todos meninos! Com quem eu converso agora para ter notícias dela que mora em Bento Gonçalves. Há alguns anos ela teve um AVC. Está bem dentro do quadro. Conversamos uma vez pelo telefone e ontem recebi um vídeo dela, nossa! Que vontade que deu de dar um abração bem apertado!
Dindos Vanderlei e Enilda na missa da minha formatura do Técnico em Contabilidade
Meus padrinhos em casa certamente foram pra que eu tivesse dindos próximos, porque a vida acaba afastando as pessoas por conta de muitos compromissos. Mas eu vou atrás deles, perto ou longe!
Os da umbanda tenho uma convivência mais próxima! Mesmo com anos sem nos encontrarmos, como já aconteceu, no reencontro parece que foi ontem. Isso deve ocorrer porque os padrinhos e
Minha madrinha em casa Vó Amália
spirituais (não tinha falado deles!) não me deixam nunquinha! E sempre que o sapato aperta e a barriga dói a gente vai buscar ajuda. Então, depois que fomos buscar ajuda para a Larissa, nunca mais abandonei o centro ou os dindos, vira e mexe estou lá. Com o whats então, todo dia a gente se fala!
E porque resolvi falar disso hoje? Porque eu achei importante agradecer a estas pessoas pelo carinho que me dedicam, por aceitarem me apresentar pras suas religiões (mesmo que eu escolhesse seguir outros caminhos!), porque todo dia um laço afetivo deve ser fortalecido por mais forte que ele seja. Laços sanguíneos são indissolúveis, mas laços de amor se fortalecem a cada troca por mais singela que seja!
Parece um exagero todos estes batismos e padrinhos, mas, parafraseando Cazuza, "sou exagerada"! E sou tão grata por, na infância ter recebido tanto amor e ter podido conviver com gente tão diversa. Isso me fez  um grande bem! Sem contar que aumentou a minha família, afinal a família dos meus dindos é minha também, me aguentem! hahaha

PS.: Preciso tirar uma foto com o Chicão!