sexta-feira, 22 de maio de 2009

Por que a lua fica laranja algumas vezes?

Eu sou fã da sessão da tarde, é praticamente o único programa da Rede Globo que assisto. Apesar de passar uns filmes muito ruins às vezes, sempre passa aqueles super velhos que vi na minha infância e adolescência e que eu amo. Ontem passou um filme não muito antigo, é de 2000. Com um Bruce Willis, ótimo, muito melhor que aquele que eu assistia em "A gata e o Rato", contudo ou apesar de tudo, sempre fui mais o rato. "Duas vidas"
não tem uma grande trama, apenas toca no ponto frágil da crise de identidade e da possibilidade de envelhecer. Eu adoro o Spencer Breslin, o gurizinho que faz o Russ criança. Ele é muito fofo. Tá certo que o filme não toca questões polêmicas como "Valentin"
ou o "Labirinto do Fauno". Mas aperta o sapato de quem deixa de viver agora porque precisa trabalhar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sôdade!

Outro dia, num filme destes de solteironas que dedicam-se muito a vida profissional e nada a sentimental, um cara dizendo para a "mocinha" do filme que sentiria saudade dela mesmo sem conhecê-la. Fiquei pensando o quanto sentimos saudade nesta vida. Saudades da infâncias, de amigos que não encontramos mais, de um tempo, de um cheiro. E como os cheiros da infância fazem falta às vezes.
Eu sinto saudade da adolescência. Sei que aproveitei bem, sinto vontade de rever algumas pessoas, de beijar novamente certas bocas. Mas agora é passado, não dá mais. O bom de tudo é saber que eu aproveitei. Algumas bocas escaparam, fazer o quê, né? No entanto, outras virão, com certeza.
Agora tô aqui, meio melancólica, lembrando dos livros, dos filmes, das pessoas, das festas, das risadas de galpão que dei na adolescência, das coisas bobas que disse e dos papéis ridículos que fiz. E foi tudo tão bom! Valeu muito a pena. Deve ser por isso que agora a sôdade não dói.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Poesia

Este moço além de um ótimo poeta e contista, é um gato!!!
Deixo Teu Nome nos Muros Caiados - Jaime Vaz Brasil

Soltei meus passos
na rua deserta.
Andei nas trilhas de dentro.

A tua casa
não é mais a casa,
mas mesmo assim fui lá perto.

Tudo faz parte
de tudo que fomos.
Hoje a sudade é uma sombra.

Ah, minha amiga,
escuta esse verso.
Sei que a distância nos une.

Põe Vento Negro a tocar e apanha
aquele beijo perdido.

(Ai, essa noite me trouxe de longe
um cheiro bom de outro tempo).


Aquela estrela
ainda é a mesma,
mas já não sei se me olha.

A tua casa
não é mais a casa,
mas mesmo assim fui lá perto.

Dom Minuano
inventa o inverno
o vinho tinto, a lareira.

E um frio de julho
em nossa janela
espalma as mãos contra o vidro.

Deixo teu nome nos muros caiados
deixo teu nome suspenso.

(Ai, essa noite me trouxe de longe
um cheiro bom de outro tempo).

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A poesia

Tem uma propaganda que passa na rede record que pergunta se a gente crê em milagre, depois do questionamento vem várias imagens da natureza, flores lindas, pássaros, nuvens, sol, coisas bonitas e completa-se dizendo que se você acredita naquilo acredita em milagres. É mais ou menos assim. E toda vez que vejo a propaganda penso que eu creio em milagres, eu acredito numa força superior sim, numa energia que está em mim e em todas as coisas da natureza. Claro que eu admiro a capacidade humana e todas as invenções que surgiram da inteligência do homem, embora alguns só tenham servido para destruir outros homens. Mas mesmo com todo o potencial humana, com as criações nunca poderão ser comparadas com a natureza. Apenas uma criação humana tem a beleza das flores, da cachoeira, da lua cheia, das estrelas e de tantas outras bonitezas da natureza, esta criação é a poesia. Só os poetas conseguem traduzir em palavras estas imagens que nos deixam mudos.