segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013

Pra mim é muito difícil fazer uma retrospectiva do ano. Sim, embora pareça clichê e aquela propaganda do banco "o tempo voa" e sempre confundo acontecimentos deste ano com o ano anterior e o outro ainda. Mas analisando o tempo que ficou pra trás e fazendo um balanço de tudo creio que valeu a pena.
Na virada do ano passado a primeira pessoa que eu abracei foi o Igor. A gente estava deitado no quarto juntos, ele aguentando no osso do peito as dores terríveis do braço e eu com problemas intestinais. Naquele dia me dei conta que sempre que a gente tava junto, o Igor e eu, ele era o primeiro a me abraçar na virada do ano. E este ano não vamos nos abraçar fisicamente. Ele partiu em fevereiro deste ano, ficou a saudade daquele jeitinho dele. Vira e mexe a gente lembra de alguma coisa que ele dizia, dalguma bobagem, enfim... Mas ainda que ele esteja na espiritualidade sei que ele recebe nossas vibrações de carinho, amizade e amor, a partida foi cedo e comoveu muita gente porque o Igor era muito querido por onde passava e creio que isto é o verdadeiro sentido da nossa existência, aprender, amar, ser amado.
Foram tempos difíceis depois que ele foi. As coisas amenizaram um pouco, mas a saudade esta cá e lá. E fomos aos poucos retomando a rotina, aproveitando as alegrias de ter o Yuri fazendo graças e descobrindo o mundo daquele jeitinho que só as crianças podem e conseguem vê-lo. Aprendendo aos poucos que precisamos aproveitar as pequenas alegrias da vida, os doces momentos em família e com os amigos, estes momentos que nos fazem felizes.
Muita gente achou o ano de 2013 ruim, vi muitos dizendo acaba logo 2013 ou coisas assim. Segundo a numerologia e outras vertentes místicas 2013 é um ano de conclusão, de encerramento de ciclo. Teve muita violência nas ruas, teve muitas mortes, teve momentos de comoção, como no caso da boate Kiss. Para algumas pessoas próximas foi uma ano difícil porque tiveram partidas inesperadas. A superação foi a meta destes amigos, aos quais eu admiro muito pela força e pela fé. A certeza de que um dia a gente se reencontra com aqueles que nos antecederam ajuda a aguentar a saudade. Teve alguns desastres naturais, pessoas perderam o pouco que tinham, outros perderam pessoas queridas, mas no meio destes desastres teve solidariedade, teve união. Vi muita gente falando mal da humanidade por conta de violência, roubo e outras desgraças. Mas eu prefiro me emocionar com aqueles que fazem o bem, que mesmo na sua dor arranjam forças para dar amor e ajudar quem precisa.
Mas o ano foi de renovação também. E Então numa terça feira, fria e chuvosa de agosto recebemos um presentão chamado João Pedro. Uma criança linda e saudável escondida numa barriguinha por nove meses. E quem diria que receberíamos tão lindo presente?! Uma nova alegria que reforça o pensamento de que a vida é um ir e vir. É assim, como diz a música do Milton Nascimento e do Fernando Brant, cantada pela Maria Rita a vida é uma estação com "encontros e despedidas".
2013 pra mim foi um bom ano, tive bons momentos e tive momentos difíceis, mas ninguém disse que seria fácil, mas garantiram que valeria a pena. E vale cada segundo!Tive que aprender muita coisa, tive que me adaptar, tive que mudar, mas tudo vale a pena. Reencontrei amigos, fiquei mais perto da minha família, mudei de casa, encontrei o amor, fiz mais amigos, li muitos livros (não todos que gostaria), vi muitos filmes, admirei a lua, admirei muito o céu pra observar as nuvens, os pássaros, pra receber o sol e o vento no rosto. Plantei flores, peguei recém nascidos no colo, mudei fralda, dei banho, fui a reunião de pais, esqueci a Larissa no colégio e tive que sair correndo pra buscá-la. Tanta coisa cotidiana que me fez sentir viva e feliz que não dá pra enumerar.
E de 2014? O que espero? 365 oportunidades!

E só para lembrar, prestem atenção na Mafalda com sua grande sabedoria: 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O brega está de luto! Muita luz Reginaldo!

Sou uma brega assumida. Adoro as músicas consideradas bregas, canto de olhos fechados e faço performance se for preciso e sem a menor vergonha. Junto com a Suzana Vasconcellos no twitter (que tenho frequentado pouco nos últimos tempos) nossa líder do #BreganaTL ficávamos horas trocando músicas, indicando e catando canções, consideradas bregas, para alegrar as noites e aliviar a tensão do dia.
Hoje o brega perdeu seu REI! Tá triste por perder um rei que orgulhava-se bregar e cantava sem vergonha as dores, os amores, as decepções e as traições. Faço minha homenagem pra ele sem nenhum constrangimento e sem nenhuma culpa, porque sempre entoei e homenageei este Rei desde muito criança, quando tocava as ganhas e a todo volume a fita cassete que tínhamos em casa.
Muitos que não reconheceram o talento deste ser iluminado, com certeza, agora que ele se tornará saudade, dirão, como bem previu Nelson Gonçalves na canção "quando eu me chamar saudade", que ele tinha um bom coração. Muitos, milhares de súditos do REIginaldo "hão de chorar". Outros ainda irão "querer lhe homenagear fazendo de ouro um violão". Mas pro nosso rei, neste momento de despedida faremos "preces", ouviremos suas canções e lembraremos os tantos momentos que choramos, ou sorrimos e nos embalamos tocados pela voz de Reginaldo Rossi!
Vá em paz querido, como disse a Bárbara Gael faz um duo com o Wando. Vocês estão no coração do povo brasileiro que os ama e jamais os esquecerá! <3 br="" nbsp=""> PS.: Destaco uma frase do #REIginaldo praqueles que torcem o nariz ou falam mal do #Brega:
 "Quem não bregar, tá morto. Quando o chifre dói, diploma cai da parede." Reginaldo Rossi

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A idade que o coração dói

Uma vez me disseram no centro espírita que vou, e isto faz tempo, que 26 anos é a idade que o coração dói. Achei estranho, porque pra mim o coração doía por motivos incontáveis, por causa de muitas possibilidades, nem sabia, só cogitava muitas ideias. Então o guia que me dava passe disse olhando dentro dos meus olhos, "é verdade, tem uma idade que o coração dói, depois passa". E me orientou a respirar profundamente por alguns segundos observando o altar e sentindo o batimento dentro do peito. Obedeci.
E toda vez que sentia o coração pesado, apertado ou doido fazia aquele exercício lembrando daquela senhora que me atendeu. E ela tinha razão, "tem uma idade que o coração dói, depois passa". Passou!