segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Choro

Tenho mais jeito pra falar sobre e de qualquer coisa através da escrita. Falo pelos cotovelos é verdade, mas quando é pra falar de alguém que gosto, me emociono, engasgo e a voz não sai. Quando é de alguma coisa que me incomoda a voz se eleva uma oitava acima, a entonação fica agressiva e mesmo que não queira brigar ou dar entender que estou brigando a mensagem que passam minhas cordas vocais é justamente o contrário. Então... quando é pra falar a alguém de forma a não ter equívocos opto pela escrita. De maneira geral passo toda a emoção que sinto quando escrevo e muitas e muitas vezes escrevo chorando, quase sem enxergar as palavras digitadas no monitor.
Creio eu que seja a idade que me tornou ainda mais sensível. Sempre fui chorona. Mas a verdade é que nos últimos tempos está mais incontrolável. E tenho como prática desde sempre não engolir o choro! Evitar que as lágrimas caiam é muito dolorido pra mim, dói minha cabeça, machuca minha garganta, aperta o peito, me desliga do que tem ao redor de mim.
Na minha adolescência chorei muito... bem mais que agora e de forma louca. Agora, pelo menos, eu sei porque choro. As coisas que me tocam são diferentes. Fico pensando, por exemplo numa coisa que deixei pra lá, a qual não pensava antes porque não via sentido em pensar ou decidir qualquer coisa quando não dependia de mim apenas, e agora pensar ou decidir também não depende só de mim, mas daí me falam que tenho que decidir o quanto antes porque o tempo tá passando. Então eu fico pensando nisto, fico pensando em quantos anos até os 40. Fico pensando que o tempo já passou e se não aconteceu antes é porque não é pra acontecer. Ou que se for pra acontecer vai acontecer mesmo depois dos 40. E tem a minha porção espírita que não pode deixar de pensar... será que não me comprometi de trazer outros ao mundo e agora estou mudando de ideia? Tem o lado racional que me destaca o livre arbítrio e meu direito de mudar de ideia, de fazer outras escolhas. Daí penso na escolha do outro. Penso nas expectativas da minha família, penso nas pessoas que sempre me falam que eu deveria ter filhos porque tenho muito jeito. E penso no medo que deve dar ao saber que uma vidinha tá na tua mão e é da tua responsabilidade. Pensando nestas coisas acabo chorando.
É provável que eu esteja evitando de pensar no assunto para não ter que tomar uma decisão definitiva, ou só uma decisão temporária. Acaba sendo inevitável lembrar de algumas conversas em que me afirmaram que eu queria ter filhos, mesmo que eu estivesse  negando veementemente. Mas eu não estava, antigamente, mentindo, apenas eu realmente não pensava na hipótese. Agora, até penso, mas não sei a resposta. E quando penso, lembro da história do tempo, da pressa e me apavoro. Claro que apavorada eu choro.

sábado, 22 de novembro de 2014

Trabalho de formiguinha Um mundo melhor é a gente que faz

Muitas vezes pensamos que somos pequenos, que nossas ações ou atitudes não vão ajudar a mudar nada no mundo. Acreditamos que aquele gesto é insignificante diante de tantas carências e sofrimento. Mas me recuso a pensar assim. Assim como me recuso a crer que existe mais mal do que bem no mundo. O bem existe, apenas é mais tímido, simples. O mal é ousado, choca, machuca e acaba tendo maior repercussão. Devemos continuar combatendo o mal sim, mas sempre acreditando no bem. A fé, o amor, o bem, a caridade, a esperança devem estar presentes no nosso trabalho de formiguinha.
É verdade de que o fato de eu não jogar um papel ou uma garrafa no chão não vai impedir o aumento na camada de ozônio e o derretimento das geleiras. Só que se todo mundo pensar assim o processo pode até acelerar. Tem também o fato de que aquela pessoa torna-se um exemplo para outros, um multiplicador e isto sim faz a diferença.
E como o bem e o amor existem e não tem tamanho nem idade surgem almas lindas como a de William Winslow, como a de Ryan e tantas outras crianças que não deixam que a pouca idade os impeça de lutar pelo que crêem. Willian tem oito anos e criou uma forma de alimentar crianças carentes no bairro onde mora. Tudo começou quando ele ficou sabendo do programa voltado a segurança alimentar de crianças chamado "Backpack Buddies". Em sua festa de aniversário ele resolveu pedir doações de alimentos e dinheiro ao invés de presentes para ele e conseguiu arrecada mais de mil quilos de alimentos e U$ 305.
Em 2014 William conseguiu arrecadar doações suficientes para alimentar 16 crianças por um ano inteiro. Para isto ele contou com a ajuda dos pais, 50 voluntários, quatro mercearias e um restaurante. O guri não pretende parar por aí não, quer poder expandir sua área de atuação para além de seu bairro. Como vemos é um trabalho de formiguinha. Não temos como saber se William acabará com a fome no mundo, mas está muito inclinado a fazer todo o possível para isto. E é bem provável que com seu empenho consiga e sua pouca idade não é empecilho. Tanto que agora tem até uma fundação com seu nome "Willian's food drive". Realmente o que é bom nasce pronto!
Informações retiradas do site Hypeness

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Nem sei...

Nem sei direito o que escrever, nem por onde começar. Um pouco de preguiça misturada com algum cansaço acumulado de poucas horas de sono, trabalho e uns três anos sem férias. Daí que a preguiça parece que não nos deixa nunca mais. Então eu olho pra tela do computador e nenhuma ideia me ocorre. Ao mesmo tempo várias ideias me ocorrem, mas vou descartando-as por considera-las muito íntimas ou por crer que não interessam a quem lê. E a seleção do tema vai ficando... a preguiça se encostando... a procrastinação aumentando... e como diz o chapeleiro maluco da Alice "tanta coisa pra fazer e tão pouco tempo!"

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Genealogias familiares confusas

Tem um texto que eu adoro, do qual desconheço a autoria que chama-se "O homem que morreu de confusão". Transcreverei o texto logo abaixo para que tomem ciência do conteúdo e compreendam que é possível que na minha família venha a acontecer algo do tipo, tanto do lado do meu pai, quanto da minha mãe. Eu na verdade não acho as coisas confusas, consigo entender bem tudo, embora algumas vezes me surpreenda com a descoberta de um parentesco a mais com um já parente.
Começo falando do lado da minha mãe. Minha vó Amália tinha vários irmãos e aconteceu de dois casarem-se. A princípio a coisa parece terrível, como dois irmão casam entre si! Mas esmiuçando a árvore genealógica descobrimos que a irmã era minha avó e não os que casaram. Explico melhor!
Minha avó Mália era filha da bisa Elmira com um cidadão o qual não sei o nome, só sei que o sobrenome é Oliveira. Este senhor Oliveira tinha outros filhos, que vinham ser meio irmãos da minha vó. E minha bisa, por sua vez, teve outros filhos e filhas de outros relacionamentos, sendo estes meio irmãos da minha vó. Ocorreu então que o meio irmão paterno da vó Mália, tio Ilvo deu de apaixonar-se pela meia irmã materna da vó Mália, a tia Ursina, ou talvez Orestina, não estou bem certa do nome. E por conta deste amor casaram-se.
Como é de praxe misturar deu de acontecer de meus tios Leopoldo e Claudio (mais conhecido como Guinho) resolverem casar com as irmãs Lorena e Loraci. Até aí tudo bem, nem tem confusão, apenas uma sequência, quase um tradição de família, visto que os filhos do tio Guinho a Claudia e o Maicom casaram-se com um casal de irmãos.
A confusão acontece mesmo quando eu digo que minha irmã é casada com meu tio. Todo mundo acha absurdo e contesta e quer explicações.  E a explicação é muito mais fácil, do que o caso dos meio irmãos da vó. É sim. Meu pai foi casado, antes de conhecer minha mãe e teve 4 filhos, perdeu um ainda criancinha. São eles meus meio irmão, entre elas a Mana que veio casar com meu tio por parte de mãe. Sendo assim não há nenhum parentesco entre eles, a não ser eu que sou irmã de uma e sobrinha da outra, minha mãe que é madrasta de uma e irmã do outro e meu pai que é pai de um e sogro do outro. Dos filhos da minha irmã com meu tio acabei tendo três sobrinhos/primos. Minha mãe tem sobrinhos/netos postiços. E meu pai tem netos e sobrinhos por afinidade. Uma loucura! Eu e a minha mãe somos tias dos mesmos sobrinhos! Isto é fantástico!
Além das questões que expus ainda tem o fato de eu ser madrinha de metade dos meus sobrinhos filhos desta minha irmã. E da minha sobrinha mais velha, de quem não sou madrinha, sou cumadre, pois batizei o filho dela. é uma trama bem trabalhada!
Não bastasse as confusões mais antigas deu de acontecer justamente do meu irmão caçula ter um romance passageiro com uma prima de segundo grau, ou seja filha de uma prima. Deste romance nasceu o João Pedro que é meu sobrinho e afilhado e primo em terceiro grau. O Pedro conseguiu a proeza de ser primo (terceiro) dos próprios pais e neto e tataraneto da mesma vó. No caso a minha vó Mália. Minha mãe é vó da criança e a irmã dela é bisavó.
Do lado do meu pai a confusão não é menos comum. Começa com os irmãos que casaram com irmãs. Minha avó Cela casou com o vô gentil. E o irmão dela casou com a dona Santa.  Meu pai e minha tia Eva se casaram com os irmãos Dalva e Edegar. Esta é das misturas mais simples. Já meu tio mais velho, o tio Lauro resolveu misturar bem e casou com a prima Marli. Teve 4 filhos, que são também seus primos.
Eu que não sou de me assustar nem cogito esta bobagem de sair da história por conta da confusão, gosto mais é que misture tudo mesmo. Só nunca namorei primo, porque pra mim eles são a mesma coisa que irmão. Tô pensando em desenhar a árvore genealógica, mas tô com receio de que fique tudo um borrão de tanta linha cruzada de cá pra lá que vai ter.

O texto, que acho foi inspirado na minha família está logo abaixo.
"O HOMEM QUE MORREU DE CONFUSÃO 

Foi encontrado no bolso de um suicida, em Maceió, a seguinte carta: 

Ilmo Sr. Delegado de polícia, não culpe ninguém pela minha morte. 
Deixei esta vida porque um dia a mais que eu vivesse, acabaria morrendo louco. 

Explico-lhe Sr. Delegado, tive o destino de casar-me com uma viúva, a qual tinha uma filha, se eu soubesse disso jamais teria me casado. 

Meu pai, para maior desgraça, era viúvo e quis ele se casar com a filha de 
minha mulher, resultou daí que minha mulher tornou-se sogra de meu pai, 
minha enteada ficou sendo minha mãe e meu pai era ao mesmo tempo meu genro. 

Após algum tempo, minha enteada trouxe ao mundo um menino que veio a ser meu irmão, porém neto de minha mulher de maneira que fiquei sendo avô do meu irmão. Com o decorrer do tempo, minha mulher deu a luz a um menino, que como irmão de minha mãe, era cunhado de meu pai e tio de seu filho, passando minha mulher a ser nora de sua própria filha. 

Eu, Sr. Delegado, fiquei sendo pai de minha mãe, tornando-me irmão de meu pai e de meus filhos e, minha mulher ficou sendo minha avó, já que é mãe de mamãe, assim acabei sendo avô de mim mesmo. 

Restando, Sr. Delegado, antes que a coisa se complique mais, resolvi 
despedir-me deste mundo. 

Perdão Sr. Delegado." 

Fonte do texto: Ivan Meyer

sábado, 15 de novembro de 2014

Para ajudar não tem idade - Um mundo melhor depende de nós

A primeira vez que ouvi falar de Ryan Hreljac pensei logo na expressão "o que é bom nasce feito". Não sei se vocês perceberam mas eu amo ditos e expressões populares e sempre uso sem moderação para ilustrar meus textos. E esta expressão representa bem o, hoje, rapaz Ryan que salvou milhares de pessoas de morrerem de sede ajudando a abrir poços na Africa. Com apenas seis anos de idade Ryan resolveu ajudar crianças  africanas que precisavam caminhar vários quilômetros para conseguir um pouco de água potável. Durante uma aula a professora contou que milhares de crianças africanas ficavam doentes ou até morriam por não ter acesso a água potável. Falou sobre as péssimas condições de saneamento. O garoto se comoveu com a história e perguntou a professora quanto custaria um poço d'água na África. Ela disse que seriam 70 dólares, pois lembrou da ONG WaterCan . O menino chegou em casa entusiasmado para ajudar e pediu o dinheiro para a mãe. Como condição para dar o dinheiro a mãe exigiu pequenos serviços. Depois de juntar o dinheiro mãe e filho foram a ONG para comprar o poço, mas descobriram que sairia bem mais caro.
Ryan não se deu por vencido e convenceu amigos e familiares a juntarem-se a ele. No final da empreitada conseguiram arrecadar 700 dólares, ainda não era o suficiente, mas a WaterCan comprometeu-se a pagar o restante.
Depois disso ele criou a fundação Ryan's Well (poço de Ryan) e desde então permitiu que mais de meio milhão de pessoas tivessem acesso a água potável. Ryan segue trabalhando e viajando o mundo todo para arrecadar apoios para os poços. Esta é uma história que vale a pena ser contada e divulgada mundo a fora. São estes exemplos de amor e caridade que devem ter publicidade. Nós precisamos, assim como Ryan, saber que milhares de pessoas morrem de sede, fome, peste e doenças e que podemos fazer algo, mesmo que pequeno. Não devemos nos intimidar com o tamanho do gesto que podemos fazer, afinal, um pequeno gesto pode tornar-se um grande movimento. Não dizem que quando uma borboleta bate as asas na Ásia o efeito pode ser sentido do outro lado do mundo? Nos podemos fazer o papel da borboleta e numa pequena ação fazer algo bom do outro lado do mundo.


Fonte Papo de homem , Rya's Well e Youtube

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Tábua de salvação

A primeira vez que ouvi falar na expressão "tábua de salvação" foi quando li, num livro que não recordo o nome. Lembro que eu era bem criança e achei a expressão estranha e sem muito sentido. Até que minha mãe me explicou dando um exemplo assim "tábua de salvação é uma tábua ou um escombro no qual a pessoa se agarra quando está se afogando", no caso de uso geral, a expressão significa alguém, ou alguma coisa, que ajudou quem estava em perigo a salvar-se. Daí fez sentido!
Depois disso várias vezes ouvi ou li a frase e na maioria das  vezes era no sentido de pessoas que foram salvas de situações dramáticas. E algumas outras vezes, conhecendo a história de algumas pessoas eu torci muito e rezei pra que elas encontrassem suas tábuas de salvação. Eu sei que ninguém salva alguém que não quer ser salvo. A ninguém é possível dar paz ao outro ou felicidade, porque ambas são interiores. Mas podemos estar ao lado e dar alguma segurança. Devemos mostrar aquela pessoa que ela não esta sozinha.
Um amigo me contou uma vez quando foi demitido de um trabalho que amava muito ficou terrivelmente deprimido. Ele destacou que ficou realmente muito mal, que não conseguia sair da cama, não comia e não dormia bem. Foram vários dias naquela deprê. E que uma amiga ficou todo o tempo que ele estava mal junto com ele. Chegava de manhã e ficava até a noite, sem falar uma palavra muitas vezes, mas estava lá. Mostrando que ele não estava só, que aquilo era só um obstáculo e que tudo ficaria bem. A amiga foi a "tábua de salvação" dele. Acho esta história, verdadeira muito linda, de um amor genuíno e de uma amizade pura e verdadeira.
Quero muito que duas pessoas que passam por problemas sérios encontrem suas "tábuas de salvação" e consigam romper o ciclo vicioso em que se encontram no momento. Rezo para que superem suas dificuldades e tenham muita felicidade em suas vidas.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Encontros e despedidas

Não sei lidar direito com despedidas! Durante um pouco mais de um ano fiquei indo e vindo e não importava quantas vezes eu embarcasse no ônibus aqui ou desembarcasse dar tchau era um exercício bem difícil, sempre regado de lágrimas e soluços. Foi um tempo de bom aprendizado, de crescimento pessoal e amadurecimento. E mais que tudo foi um tempo de descoberta de mim e da minha família.
Sempre fui muito ligada a minha mãe e ir pra longe, mesmo que o telefone ou a internet nos re-ligasse partir era uma dor terrível, digno de filme, tamanho era meu chororô. O lado bom foi aprender a ser independente, a agir por mim, tomar decisões. O lado ruim era sentir saudade, se sentir sozinha, não poder ver as pessoas que amava na hora que queria. Creio que o aprendizado maior foi descobrir o quanto minha família era importante pra mim. Não só o núcleo direto, pais, irmãos e sobrinhos. Mas todos! Minha avó, meus tios e tias, meus primos.
Para completar este período foi bem na época da novela Senhora do Destino que tinha o tema de abertura a música "Encontros e Despedidas" do Milton Nascimento cantado pela Maria Rita. E toda vez que eu entrava no ônibus a música começava a tocar na minha cabeça, numa trilha sonora de choro e "até logo".
Depois deste tempo a despedida que me arrancava lágrimas era da minha sobrinha, que pequenininha não queria ficar ou nos deixar ir embora. Que dor sentia vendo aquela guriazinha chorando. Hoje a história se repete com outro sobrinho. A agonia é a mesma. Ver os olhinhos cheios de lágrimas parte meu coração. E como as despedidas não me são nada fáceis fico destruída e aos prantos. A trilha sonora volta a mente na voz de Elis Regina e o choro rola frouxo.

sábado, 8 de novembro de 2014

Um mundo melhor é a gente que faz II

Desde que me conheço por gente o centro espírita Pai Bernardo Jaime de Carvalho realiza atividades de orientação e tratamento espiritual, passe, assistência a carentes. São mais de 60 anos de atuação ininterrupta. Aliás, pensando melhor, bem antes de eu me conhecer por gente, pelo menos nesta existência.
Eles recebem doação de alimentos não perecíveis e roupas que são entregues a várias famílias cadastradas e que moram ali na região do porto. Os dias de atendimento são segundas e quintas, até as 20 horas, momento em que fecham as portas para o início do trabalho. Aos sábados o trabalho acontece a tarde, às 16 horas.
O centro fica na Rua Três de Maio, n° 67, Pelotas. Quem precisar de auxílio ou quiser ajudar será bem vindo!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Amofinada

Acho muito estranho quando não tenho assunto para escrever. Pra mim escrever é ordenar pensamentos, é compreender sentimentos, expurgar tristezas. E quando estou Sentindo muitas coisas ao mesmo tempo e não consigo escrever isto me deixa apreensiva, porque sei que vai demorar um pouco mais a digerir o que acontece e consequentemente minha harmonia interior não será a mesma. Geralmente quando isto me ocorre eu me recolho e fico quieta. Choro um pouco... ou muito e com o passar dos dias as coisas se acomodam e eu enxergo melhor tudo.
São preocupações nas quais não posso agir. São aquelas coisas que a gente tem que entender e respeitar, para as quais a gente pode fazer prece e dizer, lembrar que está a disposição, que está apostos, mas que independem totalmente da gente. São decisões e escolhas dos outros. É a caminhada do outro e nós só podemos fazer companhia, a escolha do caminho é do outro.
Talvez seja o mais difícil exercício do amor, deixar que as pessoas passem e aprendam o que precisam aprender por si. Quando os pais ensinam o certo e o errado, dizem não, dão carinho e amor devem ficar com a consciência tranquila e confiar no bom trabalho que fizeram. Mesmo assim é difícil não se amofinar com as dificuldades naturais que os filhos enfrentam na sua jornada.
É, eu que não tenho filhos me amofino do mesmo jeito.  Neste momento me sinto amofinada e sem palavras para explicar. Mas ao mesmo tempo grata por poder exercitar o amor.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O mordomo da Casa Branca

Mesmo que não tenhamos vivido tanto é impressionante como as coisas mudaram em um tempo relativamente curto. No filme "O mordomo da Casa Branca" do diretor Lee Daniels várias lutas e conquistas podem ser vistas durante a existência Eugene Allen. É um drama que nos faz chorar por muitas vezes, principalmente quando nos damos conta de que esta história é recente.
É uma longa trajetória de um campo de algodão, onde Eugene trabalhava com os pais, até a Casa Branca. Ainda menino, ainda escravo, ele presencia o assassinato de seu pai após o estupro de sua mãe pelo filho da dona da fazenda onde trabalhavam. Depois do ocorrido Annabeth Westfall decide tornar Eugene um negro da casa e ensina a ele como servir a mesa, boas maneiras e como servir convidados, também ensina-o a ler. A mãe, após a violência sofrida fica alheia aos acontecimentos ao redor. Logo que pode ele decide ir embora da fazenda e acaba trabalhando num hotel, onde é "descoberto" pelo responsável pelas contratações de funcionários da Casa Branca.
Eugene passa por vários presidentes, sempre servindo dedicada e lealmente. Mas sua vida é um tanto caótica, cheia de desentendimentos com o filho Louis, que segue a filosofia de Martin Luther King  e luta pela liberdade dos negros americanos. Também passa por momentos difíceis com a mulher Gloria, que não se conforma com sua ausência em casa e supre suas insatisfações com a bebida.
Eugene perde o filho mais caçula na guerra do Vietnã. Só após ser convidado pela esposa do presidente Ronald Reagan consegue compreender a luta do filho mais velho pela igualdade.
Ele passou pela escravidão, pela luta pelos direitos civis negros, pela guerra do Vietnã, pela perda dos pais, pela perda dos filhos, pelo assassinato de John Kennedy e a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama.
Quando coloquei o dvd não esperava muito, mas foi uma grata e boa surpresa. Oprah Winfrey se saiu muito bem como atriz. Forest Whitaker está muito bem como Eugene Allen.
Alguns atores estão irreconhecíveis nos papeis dos presidentes e suas esposas. Jane Fonda como Nancy Reagan é um exemplo. John Cusack está no papel de Nixon. Lenny Kravitz e Cuba Gooding Jr. são companheiros de trabalho e amigos de Eugene.
Foi uma boa pedida para um domingo nublado e chuvoso. Vale para reflexão, principalmente depois que acabamos vendo tantos discursos de ódio nas redes sociais. Recomendo!

Foto: AdoroCinema

domingo, 2 de novembro de 2014

Café e esperança - Um mundo melhor é a gente que faz

São pequenos gestos que fazem toda a diferença. Pensamos, muitas vezes, que para ajudar alguém ou fazer a diferença no mundo precisamos fazer algo grandioso, ser um gênio da ciência ou um milionário, no entanto, pequenas atitudes podem significar muito para quem necessita. Não é necessário dispor de horas e horas para praticar o bem e o amor ao próximo, uma palavra, um sorriso, um elogio sincero podem mudar o dia de uma pessoa.
Um exemplo de gesto simples e grandioso é o que faz Harry Dandison Dewey. Ele é morador do Michigan, nos Estados Unidos e começou a comprar café quando seu pai fazia um tratamento de câncer de próstata. Dan, como é conhecido saia para comprar café para o pai e perguntava aos outros pacientes se gostariam de alguma coisa. Mesmo depois que o pai teve alta do tratamento ele seguiu levando café para os pacientes. Assim surgiu o "Dan's Coffee Run" ("Corrida do café do Dan"). Ele leva cerca de 90 copos de café do Satrbucks para desconhecidos em dois centros diferentes de tratamento de câncer em Michigan todas as semanas. 
Muito mais que um cafezinho Dan leva boa conversa e muitas risadas para pacientes que enfrentam a quimioterapia. A comunidade ficou tão grata que criou uma página no facebook falando do trabalho do Dan e como ajudá-lo com doações. 
Tal como Dan nós também podemos realizar algo assim, simples e bom. Caso não tenhamos como comprar o café podemos oferecer apenas a boa conversa, podemos ajudar crianças numa creche ou idosos num asilo, enfim. Também existem instituições que nos ajudam a ajudar como a Parceiros Voluntários. É colocar as mãos a obra.

Eu tirei as informações do site "Hypeness".