Acho que estou ficando velha! Não pelo título de tia avó que já tenho deve fazer uns... dez anos talvez. Não sinto-me fisicamente velha, pelo contrário, sinto-me bem neste quesito. No entanto, percebo que minhas angústias e preocupações vão, diferentemente dos tempos de adolescência, muito pr'além do meu umbigo! Sei também que algumas pessoas me olham e, percebendo-me dura em relação as coisas e situações da vida, imaginam que eu pouco me importo com determinados assuntos aos quais sou consciente de que não me dizem respeito. Realmente não dizem, mas não quer dizer que não me importe!
Minha mãe diz (acho que todas as mães dizem isto!) que só saberemos do que os pais sentem, dos motivos das preocupações, somente quando formos pais. Como vocês sabem... eu não sou mãe. Na verdade não pari ninguém, mas tenho filhos de coração. Com quem me preocupo e me irrito muito ao ver que estão fazendo coisas que lhes fará mal. Aprendo muito observando as pessoas e o mundo, erro meu, pois por conta disso acabo me esquivando de cometer meus próprios erros presa no medo de errar. Parece bem complicado, e é. Até porque, contrariando a todos que me dizem segue teu coração, acabo metendo a cabeça e fazendo as coisas mais complicadas do que são. É justo por, preferir aprender com o erro dos outros que fico pensando... como ajudar alguém quando estamos percebendo que este está pronto para cometer um grande erro? Principalmente, como fazê-lo se a pessoa não quer ouvir ou saber a respeito de opiniões contrárias?
Pego-me pensando, mas não faço ideia da resposta. Provavelmente como muitas vezes estiveram minha mãe e meu pai diante DOS MEUS ERROS iminentes. Fazer o que não é?
Serei tia avó, mais uma vez, sendo que já o sou por 4 vezes. Destas quatro, conheço muito pouco as crianças e praticamente não convivi com esta minha irmã e sobrinhos. Este novo sobrinho neto ou sobrinha neta com certeza será diferente, pois virá através de minha sobrinha, que muito carreguei no colo e que disputou minha atenção com unhas e dentes com um ex-namorado. Ciúme do amor, que nunca poderia ser igual entre eles. Além de tia avó, é, estou repetindo pra ver se acostumo com a ideia, fui convidada para ser madrinha.
Embora aparentemente tudo esteja resolvido, sinto que as preocupações fervilham na sua mente. E as borbulhas de inquietação espalham-se feito lava quente pelas mentes e corações de várias pessoas que estão a volta. Como não se preocupar com uma gravidez na adolescência?
É impossível não pensar em todas as soluções e praticamente incontrolável a vontade de fazer tudo, acertar a meu próprio modo a vida alheia. Não posso! Não só porque não tenho direito de me meter na vida dos outros, mas porque cada um tem seu caminho a trilhar. É por isto que as pessoas olhando minhas atitudes crêem que EU NÃO ME IMPORTO, mas eu simplesmente sei que não tem o que eu possa fazer.
Estou bem preocupada, é verdade! Meu coração está apertado e meus olhos a pontos de explodir em lágrimas. Se alguém me pegar chorando vou dizer que é a emoção de ser tia avó, mas na verdade... é bem mais que isto.
Um comentário:
chora pequena, faz um bem danado...
olha léli, passei minha vida toda olhando como nao fazer certas coisas, as erradas, eu sei que queria pasar longe, tipo, fumar maconha, sabe? eu pensava, vou experimentar isso nada, vai q eu gosto e depois to ai, viciada e fudida como tanta gente...
e semmpre tinha quem oferecesse, tinha um amigo doidao que dizia; nina, qual é, tu quer me dizer que com esse teu jeitao hiponga de ser nunca fumou maconha???
nao, nunquinha!
o medo é importante pra nos proteger, Lelinha. Só nao se pode evitar tudo e todos, porque aí nao se dá passo em direcao a lugar nenhum, e isso é ruim, porque a gente nao cresce, nao se fortifica.
sei lá. é isso.
desejo sorte, titia vovó :-)
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