

Cheguei no CAVG com 14 anos! Na minha festa de 15 foram poucos colegas, mas "se Maomé não vai a montanha..." eu levei o coquetel de frutas pro colégio! Juntamos nosso grupinho Leandra, eu, o Clóvis, o Vó, o Claudiomar, o Jaspion e mais uns e depois do almoço tomamos aquele o coquetel. E como a gente conversava e ria! E a gente estudava também, embora pareça mentira!

E meu amigo Vacaria me recitou a poesia, "Paisagens do açude grande - o fio dental"! Fiquei envergonhada de novo, mas era até bonitinhos os versos!
Muitas coisas aconteceram naqueles três anos! Quantos amigos que nunca mais vi! Darci, Giba, Charles, Robson! Nossa sorte é que a internet apareceu e podemos reencontrar alguns deles. Também é sorte que naquela época não tinha, porque nossa! Cada mico! hahaha

Depois do CAVG fui direto pra faculdade. No ano seguinte a mãe foi fazer história na federal e encontrei alguns colegas do CAVG lá e foi muito legal este reencontro. A amizade cresceu ainda mais e o laço segue firme até hoje!
Ser homenageada por ter vivido estes anos de CAVG é até uma redundância! É bom ser homenageada, mas melhor ainda é poder reencontrar os amigos, matar a saudade e relembrar aqueles dias tão bons da adolescência!

Os almoços no bandejão, as sobremesas musicais promovidas pelo Jorjão! Nossa, daqui a pouco começo a chorar! Estas lembranças estão tão vivas que custo mesmo a crer que já passaram 25 anos!
Só tenho a agradecer por tudo! Também aproveito a deixa para agradecer aos professores e aos funcionários da escola que tanto nos deram nestes anos! Agradeço às minhas amigas queridas! E vamos nos encontrar com mais frequência! ❤️
Acho que a poesia é essa:
PAISAGENS DO “AÇUDE GRANDE” FIO DENTAL
Jayme Caetno Braun
Eu tenteio mais um amate
olhando o “açude brabo”,
nesse barulhão do diabo
como estrondos de combate,
enquanto o meu cusco late,
pro lado do litoral,
vem cruzando, por sinal,
um lote lindo pelado,
com aquele troço engraçado
que chamam de “fio dental”.
É um barbante colorido,
de cor berrante e moderna,
passado no entrepernas,
e na cintura prendido,
o fio termina escondido
e reparte pelo meio,
pra mim que domo e tropeio,
lidando com qualquer bicho,
o nome certo, é rabicho,
pra segurar o arreio.
Eu sempre usei o palito,
de guanchuma ou pitangueira,
na vivência galponeira
que integra o meu infinito
e não posso achar bonito
algo que assim me confunda;
não há primeira sem segunda-feira
e a quarta sucede a quinta,
porém a graça despinta;
com esse barbante na bunda.