Sempre tive medo desta "brincadeira" que, em certa fase da vida, várias pessoas praticam para satisfazer curiosidades sobre seu futuro. Talvez o que mais tenha me causado medo tenha sido o filme "O exorcista" em que uma menina, no início da adolescência, é possuída por um espírito que atormenta toda a família chegando a tirar a vida de um dos padres que a tenta exorcizar. O filme frequentou meus pesadelos por dias seguidos depois de tê-lo assistido, coisa que não faço mais nem que me paguem.
Várias vezes na minha adolescência escutei falar de gente que fez o jogo do copo. No colégio aonde eu estudava contavam que uma guria tinha feito. Durante as perguntas o copo quebrou e a moça ficou estranha, perturbada. Possivelmente obsediada pelo espírito que veio responder seus questionamentos. Para quem não crê é bem provável que isto tudo pareça uma grande bobagem. Mas trata-se de contato com os espíritos, espíritos estes ainda não evoluídos visto que os que alcançaram algum grau na escala espiritual não tem tempo para joguinhos.
A situação que mais me impressionou foi a do ex-namorado de uma amiga. Estávamos eu, duas amigas e mais o namorado de uma delas. Elas resolveram fazer o tal jogo do oculto em que se escrevia o alfabeto, números e as palavras sim e não num caderno. Duas pessoas faziam um círculo com a mão, colocavam a caneta no meio e através da caneta, que apontava as letras, as perguntas eram respondidas. Este moço, não acreditava naquilo. Eu não quis participar da brincadeira, mas estava presente. Ele perguntou ao espírito se ele sofreria um acidente de moto, ao que teve uma resposta positiva. Várias vezes ele perguntou e todas as vezes teve a mesma resposta. Quando perguntou o dia a resposta foi de que tal pergunta não podia ser respondida. Algum tempo depois o rapaz sofreu um acidente de moto e perdeu uma das pernas. Não faço ideia de como está o rapaz hoje em dia.
Na época não era espírita. Embora já acreditasse na doutrina ainda não havia começado a estudar e tinha lido poucos livros sobre o assunto. Mas como já havia tido a péssima experiência do filme nunca gostei das tentativas de saber do futuro através de consultas aos espíritos justamente por saber que quem vem nos responder são zombeteiros, entre outros. Parto do princípio de que o esquecimento é uma benção, não lembro quem fui e o que fiz na outra encarnação como uma proteção a mim mesma. E o futuro virá, no momento que tiver que vir. Sendo que, na verdade, o futuro é hoje, é o presente.
Ontem na aula de Doutrina no Centro Jesus comentamos o quadro do fantástico, bem ruim por sinal, que fala sobre fantasmas. No programa falaram sobre o jogo do copo e outras aparições de espíritos num casarão em Recife, casa aonde morou o escritor Gilberto Freyre. Ainda que muitos fantasmas que vejamos por aí possam ser criação da nossa mente e, principalmente, do nosso medo, isto não estingue a existência deles. Dos 21 minutos de matéria a coisa mais importante foi dita no final, "NÃO FAÇA O JOGO DO COPO". A Federação Espírita alerta e confirma no vídeo os riscos de tal atitude!
Comentando o episódio do programa dominical lembrei do caso que relatei acima. E mais uma vez reforcei a ideia de que devemos respeitar os espíritos e aceitar a dádiva da ignorância quanto ao futuro.
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