Costumo dizer, sem medo de errar, que meu autor favorito é Gabriel García Marquéz. Tenho muitos autores de quem gosto, mas o Gabo é o de quem mais gosto. O engraçado é que não gosto nada de ficção científica, mas o realismo fantástico de Gabo me prende. Não acho interessante um cientista maluco que cria bombas, gosmas assassinas ou coisa que o valha. No entanto, fico presa querendo saber da vida da pequena menina que raspava com as unhas o reboco da parede para comer e sua maravilhosa explosão de borboletas.
Na forma de gabo escrever não parece absurdo que um homem fique mais de meio século a espera da morte de seu rival para, assim, poder conquistar finalmente o coração da sua amada. Tampouco soa esquisito que paguem a alguém para sonhar, ainda que alguns sonhos sejam os mais bizarros possíveis. García Márquez é aclamado como autor, mas sua postura política, sua amizade com Fidel Castro e outros homens de grande importância política também são admirados.
Voltando as personagens... as histórias...
Reli há poucos meses O amor nos tempos do cólera. É um livro lindo! E eu, como sou do contra, acabo sempre me apaixonando por Juvenal Urbino. Não gosto da personalidade sombria de Florentino Ariza. Urbino comete seus deslizes, mas o amor que dedica a Fermina na minha visão é mais bonito e puro. Enquanto o de Florentino é uma doença, uma obsessão que me assusta. O amor nos tempos do cólera é dos preferidos no mundo, tendo participação importante num filme protagonizado por John Cusack. Acho o filme muito bonitinho, é uma comédia romântica, que "deixa nas mãos do destino" o reencontro do casal. Ele busca na última página de uma edição de O amor nos tempos do cólera o número do telefone de Sara. Ela espera que uma nota com o número dele chegue até ela. É interessante ver o livro como "personagem".
Mas o personagem de Gabo de que mais gosto e sempre penso é José Arcádio. Pode ser que numa releitura tudo mude, mas sua personalidade me encanta, apesar da casmurrice, do seu fechamento em si mesmo. Torci muito para que não conseguisse se matar quando ficou viúvo. Seus cem anos de solidão, suas investidas pela alquimia e toda a sua família com inúmeros nomes repetidos.Não pude deixar de concordar com a Clara del Valle Trueba (A Casa dos Espíritos, Isabel Allende) quando ela diz que nomes repetidos confundem as memórias nos cadernos de anotar a vida. Gabo não viu problema nisto e foi batizando e rebatizando personagens com os mesmos nomes ou combinando uns com outros formando tantos outros nomes. Aconselho ao leitor de Cem anos de solidão que enquanto lê vá montando a árvore genealógica dos Buendía, mais no objetivo de não se perder na história.
São tantas personagens, são tantas histórias e até mesmo reportagens que ainda não li! Tenho muito o que ler do meu amado Gabo, depois de reler Cem anos de solidão faço uma resenha e lhes conto se sigo amando José Arcádio. E preciso ler, pelo menos mais três livros do Gabo que comprei e não consegui ler.
Vou contanto aqui o que me encanta neste escritor. Até breve!
Nenhum comentário:
Postar um comentário