segunda-feira, 9 de março de 2015

Deficiente mental porque fui um?

Acabei de ler os relatos destes espíritos que vieram em sua última encarnação com algum grau de deficiência mental. O livro joga por terra aquela ideia de regra quanto ao motivo de alguém reencarnar com limitações físicas ou mentais. São várias histórias contadas pelos próprios espíritos e depois comentada pelo mentor Antonio Carlos. Vamos encontrar histórias de suicidas, ex-usuários de drogas, delatores torturados pelo remorso, pessoas que praticaram mal contra seus semelhantes e até o caso de um rapaz que reencarnou para aproximar a família da espiritualidade. Cada caso é um caso isto o livro deixa bem claro. Aliás, o relato deste jovem me emocionou muito. Ele nasceu sem nenhuma deficiência, mas tornou-se deficiente por conta de um acidente de transito, no qual deveria desencarnar. Como sentia-se em dívida, pois não havia conseguido fazer com que a família se espiritualiza-se pediu permissão para continuar encarnado, sobre o que foi alertado pelo seu mentor que, caso ocorresse, ele viveria com muitas limitações, sofrimento e dor. Ele insistiu e lhe foram concedidos mais alguns anos. Sua missão foi plenamente realizada! Como antes do acidente ele já frequentava o centro espírita e estudava a doutrina, seus companheiros do grupo jovem daquela casa passaram a lhe visitar e mais tarde outras pessoas do centro, com isto a família começou a interessar-se pelo Espiritismo e tornou-se seguidora da doutrina. Quando ele de fato desencarnou, noutro acidente a família compreendeu o desencarne, sabendo que tudo não passava de uma separação momentânea.
Enquanto lia, pensei em várias pessoas e famílias que conheço e que tem em seu seio alguém com uma deficiência. Eu mesma tenho dois afilhados com limitações, que são cercados de muito amor, condição imprescindível para o bom desenvolvimento destas pessoas.
Outro relato que muito me tocou foi o do Benedito, que nasceu com deficiência devido a sífilis de que os pais eram portadores. Na sua família todos os irmãos tinham algum grau de deficiência, mas ele foi o mais afetado. Ainda assim, era muito ativo, trabalhava com os pais na lavoura e depois, quando passou a viver na cidade começou a trabalhar rachando lenha na casa das pessoas. Mesmo com o trabalho pesado cuidou dos avós com muito carinho até seu desencarne e depois dos pais. No plano espiritual não ficou com nenhuma sequela da deficiência, visto que seu perispírito não havia sido afetado, mas apenas o corpo físico.
Para quem não crê no espírito, na reencarnação tudo pode parecer apenas uma forma de alento aqueles que sofrem. De toda forma o que devemos ter claro é que precisamos sempre amar. Uma vida não vale a pena se não amarmos.
Recomendo a leitura!

Nenhum comentário: