sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Que língua falo eu?

Minha mãe costuma dizer que devo ser mais serena, deixar a agressividade contida no meu tom de voz de lado, excluí-la da minha vida. Talvez por conter esta "violência" na locução das palavras é que me sinto mais a vontade para exprimir meus sentimentos através da escrita. Sei que quando escrevo utilizo bem a ironia, que é realmente um recurso do qual faça bastante uso; e até mesmo alguma doçura e coração.
Mas tem gente que não me entende. Enquanto minha mãe e eu pensamos de forma muito parecida, embora a gente discorde em algumas coisas, a maioria das pessoas com quem o meu convívio é ralo não entende o que eu digo. As pessoas são capazes de brincar comigo e jamais reconhecer quando eu faço uma brincadeira.
Depois de um afastamento forçado entre um amigo e eu, forçado por ele, vamos deixar claro, nós nos reencontramos. Confesso que sou bem implicante, fato em que somos parecidos pois ele também o é, mesmo depois de várias semanas sem falar comigo. Após este reencontro, senti que poderia escrever pra ele um depoimento, dizendo como gosto dele, mas não diretamente. Pensei em utilizar um pouco de ironia e humor no que escrevi. Só que ele entendeu tudo como uma crítica pessoal.
Resultado de tudo isso, não sei que língua eu falo. Deve ser algum dialeto ou algum idioma morto há milhares de anos, daqueles que pouquíssimos arqueólogos conhecem e que só o conhecem por ser parte do trabalho. Pode ser por isso que eles se vão sem dizer tchau. Vai saber!

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