O amor é o maior sentimento do mundo! É aquele capaz de tudo! Foi o único pedido do Cristo "amai-vos uns aos outros"! Mas o amor é uma coisa simples, mas é complicado senti-lo de verdade no meio de tanto sentimento mesquinho e egoísta que enganadamente chamamos de amor. Chamamos de amor o apego, a paixão, o sentimento de posse. E acreditamos firmemente que eles são amor e cobramos que o objeto do nosso amor nos ame igualmente, na mesma intensidade, com a mesma voracidade. O amor é sublime, o amor é querer ver o outro feliz e bem, mesmo que para isto eu sofra abrindo mão da sua convivência. O amor liberta, permite que o outro seja ele mesmo e tu sejas tu mesma com tuas limitações, medos, angustias e inseguranças.
O amor não força a barra e não cobra retorno. O que acontece é que o amor é tão lindo, tão fantástico que tu pode direcionar teu amor de mil formas, ou de uma só, pra uma só pessoa, mas se for o amor de verdade, que liberte e não prende tu receberás amor de mil formas, de muitas pessoas diferentes. Porque o amor é assim, ele te preenche, te realiza, te torna mais bonito, te faz superar e buscar ser melhor!
O casal Gecié Marlene Franchini e Adão Inácio Nunes são um exemplo. Ela com 73 anos e ele com 69 anos celebraram seu amor na Igreja da Gratidão. Aliás, achei este nome maravilhoso para uma igreja, ainda mais quando as duas pessoas que se casam nela já viveram muitos anos e tem deficiências mentais e físicas. Ah! O amor, este sentimento que te diz e te leva adiante, mesmo que todo o resto diga que não é possível! Ela nasceu com uma deficiência mental e paraplegia, também possui deformidades articulares severas. Gecié não caminha. Precisa do auxílio de uma caixa de madeira e é amparada por Adão. Ele também nasceu com retardo mental, tem deficiência motora, agravada por insuficiência vascular dos membros inferiores. "Já andou em cadeira de rodas e com o auxílio de um andador. Atualmente, para caminhar, apoia-se na caixa da parceira e a conduz a todas as atividades da instituição. Ele é o braço direito dela. O esquerdo também. E as pernas. Ela é o apoio dele, a bússola que aponta para aonde ir. Os dois se completam."
A história de Gê e Adão é linda e quem conta é O Informativo do Vale, através da repórter Cristiane Lautert Soares.
Contos de todo o tipo, historinhas da vida real, crônicas do cotidiano, contos, sonhos e desejos, todos mudando conforme as fases da lua.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Homologações
Desde que comecei a trabalhar no escritório com meu pai, pra ajudar a pagar a faculdade, atuo no departamento pessoal. O pessoal é aquele setor de contratação de funcionários, que calcula salários, horas, impostos da folha de pagamento, férias e as temidas rescisões. Neste tempo todo, raramente ia aos sindicatos fazer as homologações, geralmente quem fazia isto era o meu pai.
Não vou falar na crise, não vou falar de política ou de direitos trabalhistas, muitos falam sobre isto sempre. É importante, talvez algum dia eu venha falar disto, mas noutra ocasião. Nesta vou falar do lado humano de uma demissão.
Este ano pessoas queridas com muitos anos de trabalho na mesma empresa foram demitidos, entre eles amigas queridas, com mais de uma década de casa. Pessoas que vestiram a camiseta da empresa, que de tantos anos labutando no mesmo lugar sentiam que a firma era sua segunda casa. Todas elas foram pegas de surpresa. Em nenhum momento lhes passou pela cabeça que seus patrões estivessem insatisfeitos com seu trabalho, jamais lhes reclamaram atrasos ou faltas e nunca disseram que faltou fazer isto ou aquilo. Exatamente por isto o aviso prévio foi um choque! Ser demitido quando não se espera é como se o chão fosse tirado debaixo dos nossos pés, se pensa nas contas, na família, no final do mês, se pensa pra onde vou agora, o que farei se meu cotidiano era da casa pro trabalho, do trabalho pra casa? A gente costuma pensar que pertence a um lugar, principalmente quando ele faz parte do nosso dia-a-dia. E também pensa que aquele lugar nos pertence, afinal de contas 18 ou 20 anos de trabalho na mesma empresa não são 20 dias, é uma vida! Conhecemos a família do chefe e o chefe a nossa. Sabemos o quanto foi duro e o quanto ele progrediu e investiu na empresa, no crescimento econômico do setor e até no crescimento da cidade onde está o empreendimento. Temos até orgulho de dizer que somos funcionários daquela pessoa que começou a empresa numa saleta dividida com outros colegas e que hoje tem mais de cem funcionários. É como aquele primo ou amigo de infância que se forma médico depois de tanto esforço.
Agora, na hora de assinar o aviso, de se preparar para receber a demissão e seguir outro caminho é inevitável deixar de pensar "de que valeu"? Eu sempre sou de acreditar que tudo vale a pena! Mas é difícil viver este luto, compreender que talvez, realmente não tenha sido algo pessoal. Avaliamos o quanto de dedicação investimos naquele cotidiano, o quanto esperávamos, o quanto gostávamos, porque tem muita gente que trabalha com amor e satisfação. E pra mim é extremamente duro ir fazer a homologação da rescisão e ver os olhos daquelas pessoas me interrogando "porque?". Na grande maioria das vezes eu não faço ideia do motivo da demissão. Também muitas vezes fico tão chocada com o anuncio da demissão quanto quem recebeu!
Nestes últimos dias achei bem difícil fazer as homologações e fiquei consternada com a dor dos ex-funcionários. Foi uma delas que me falou que precisamos estar conscientes de que não pertencemos a lugar nenhum, mesmo que doa muito falar sobre isto e que nas primeiras semanas tenha sido quase impossível falar ou lembrar do ocorrido sem chorar.
Não vou falar na crise, não vou falar de política ou de direitos trabalhistas, muitos falam sobre isto sempre. É importante, talvez algum dia eu venha falar disto, mas noutra ocasião. Nesta vou falar do lado humano de uma demissão.
Este ano pessoas queridas com muitos anos de trabalho na mesma empresa foram demitidos, entre eles amigas queridas, com mais de uma década de casa. Pessoas que vestiram a camiseta da empresa, que de tantos anos labutando no mesmo lugar sentiam que a firma era sua segunda casa. Todas elas foram pegas de surpresa. Em nenhum momento lhes passou pela cabeça que seus patrões estivessem insatisfeitos com seu trabalho, jamais lhes reclamaram atrasos ou faltas e nunca disseram que faltou fazer isto ou aquilo. Exatamente por isto o aviso prévio foi um choque! Ser demitido quando não se espera é como se o chão fosse tirado debaixo dos nossos pés, se pensa nas contas, na família, no final do mês, se pensa pra onde vou agora, o que farei se meu cotidiano era da casa pro trabalho, do trabalho pra casa? A gente costuma pensar que pertence a um lugar, principalmente quando ele faz parte do nosso dia-a-dia. E também pensa que aquele lugar nos pertence, afinal de contas 18 ou 20 anos de trabalho na mesma empresa não são 20 dias, é uma vida! Conhecemos a família do chefe e o chefe a nossa. Sabemos o quanto foi duro e o quanto ele progrediu e investiu na empresa, no crescimento econômico do setor e até no crescimento da cidade onde está o empreendimento. Temos até orgulho de dizer que somos funcionários daquela pessoa que começou a empresa numa saleta dividida com outros colegas e que hoje tem mais de cem funcionários. É como aquele primo ou amigo de infância que se forma médico depois de tanto esforço.
Agora, na hora de assinar o aviso, de se preparar para receber a demissão e seguir outro caminho é inevitável deixar de pensar "de que valeu"? Eu sempre sou de acreditar que tudo vale a pena! Mas é difícil viver este luto, compreender que talvez, realmente não tenha sido algo pessoal. Avaliamos o quanto de dedicação investimos naquele cotidiano, o quanto esperávamos, o quanto gostávamos, porque tem muita gente que trabalha com amor e satisfação. E pra mim é extremamente duro ir fazer a homologação da rescisão e ver os olhos daquelas pessoas me interrogando "porque?". Na grande maioria das vezes eu não faço ideia do motivo da demissão. Também muitas vezes fico tão chocada com o anuncio da demissão quanto quem recebeu!
Nestes últimos dias achei bem difícil fazer as homologações e fiquei consternada com a dor dos ex-funcionários. Foi uma delas que me falou que precisamos estar conscientes de que não pertencemos a lugar nenhum, mesmo que doa muito falar sobre isto e que nas primeiras semanas tenha sido quase impossível falar ou lembrar do ocorrido sem chorar.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
#365 Dias De Notícias boas #6 A força de vontade te leva longe
Joaquim Corsino dos Santos, 63 anos de idade, pedreiro de profissão e o sonho de graduar-se em Direito. Para realizar seu sonho pedalava 21Km de ida e 21 Km de volta entre sua casa, na cidade de Cariacica até Vitória onde estudava. Sua meta é ser delegado de polícia e cá pra nós, não tenho dúvida alguma de que a alcance. O próximo passo é passar no exame da OAB.
Esta não é só uma notícia boa, é um exemplo de superação e motivação!
Eu fico realmente com meu coração cheio de felicidade quando sei de histórias como estas, onde as pessoas não desistem dos seus sonhos apesar de todas as dificuldades e do longo percurso, neste caso um percurso literalmente longo! Desejo de coração que seu Joaquim cumpra suas metas e torne-se um delegado de polícia, que faz cumprir a lei e que se inspira na Constituição.
Leia toda a história dele aqui!
Fonte: G1
Esta não é só uma notícia boa, é um exemplo de superação e motivação!
Eu fico realmente com meu coração cheio de felicidade quando sei de histórias como estas, onde as pessoas não desistem dos seus sonhos apesar de todas as dificuldades e do longo percurso, neste caso um percurso literalmente longo! Desejo de coração que seu Joaquim cumpra suas metas e torne-se um delegado de polícia, que faz cumprir a lei e que se inspira na Constituição.
Leia toda a história dele aqui!
Fonte: G1
terça-feira, 15 de setembro de 2015
#365 Dias de Notícias Boas - Preconceito não é bom #5
Vivemos numa pátria agraciada. Uma terra livre de terremotos, tsunames, vulcões, um lugar rico de natureza, com diversidade ecológica. Um lugar abençoado sim, mas que nos últimos tempos tenho visto perder a mão e a razão. Tivemos aqui escravidão e exploração da pobreza como acontece e aconteceu em outros países, os tais países desenvolvidos. Nunca tivemos guerras de que fugir. Mas nossos irmãos nordestinos fugiram muito da seca que assolava e assola o sertão. Muitos são tão maltratados fora de seu estado de origem como hoje são maltratados senegaleses e sírios. Não existe nada de nosso por aqui, o que temos fica, só levamos o que somos, o bem que fizemos, o amor que damos.
Ainda assim tem gente que se crê melhor que um nordestino ou um africano. Pobre criatura cega de vaidade e orgulho! Talvez até bonita fisicamente, mas horrenda por dentro.
Nosso país tem tido episódios tristes de violência e preconceito de todas as ordens, mas eu sou uma otimista e creio que sim, existem mais pessoas boas. Estes episódios tem que ser divulgados porque não devem se repetir. Mas os bons são a maioria, só ainda estamos espalhados!
Então, quando vejo uma notícia de hostilidade contra pessoas que tentam fazer do nosso país sua casa, visto que suas casas anteriores estão em meio a violência da guerra e da fome, fico muito triste. Meu coração fica apertado e penso como alguém pode ser tão cruel com alguém que não conhece e que tanto sofrimento passa? Como pode se "compadecer" (porque algumas pessoas se compadecem apenas no feice, no seu interior se quer uma reflexão foi feita) ao ver uma foto de um menininho que morreu afogado fugindo da dor das guerras e não consegue ver neste que está diante de si um irmão? Como pode uma pessoa se compadecer com a dor de alguém há quilômetros de distância e não conseguir ver a dor do seu irmão, ou primo, ou pai ou mãe, ou vizinho que está ao seu lado? Como?
É a falsa caridade, é aquela que se faz jogando as moedas de forma que tilintem umas nas outras ao ponto de qualquer um ouvir e pensar, nossa como é boa esta pessoa que dá esmolas aos pobres.
Mas a caridade pura é feita com nossas próprias mãos de forma silenciosa e discreta.
Como a desta senhora de paranaense que pediu desculpas por um ato de racismo de outra mulher. Pessoas boas existem sim! Confere o vídeo aqui
Ainda assim tem gente que se crê melhor que um nordestino ou um africano. Pobre criatura cega de vaidade e orgulho! Talvez até bonita fisicamente, mas horrenda por dentro.
Nosso país tem tido episódios tristes de violência e preconceito de todas as ordens, mas eu sou uma otimista e creio que sim, existem mais pessoas boas. Estes episódios tem que ser divulgados porque não devem se repetir. Mas os bons são a maioria, só ainda estamos espalhados!
Então, quando vejo uma notícia de hostilidade contra pessoas que tentam fazer do nosso país sua casa, visto que suas casas anteriores estão em meio a violência da guerra e da fome, fico muito triste. Meu coração fica apertado e penso como alguém pode ser tão cruel com alguém que não conhece e que tanto sofrimento passa? Como pode se "compadecer" (porque algumas pessoas se compadecem apenas no feice, no seu interior se quer uma reflexão foi feita) ao ver uma foto de um menininho que morreu afogado fugindo da dor das guerras e não consegue ver neste que está diante de si um irmão? Como pode uma pessoa se compadecer com a dor de alguém há quilômetros de distância e não conseguir ver a dor do seu irmão, ou primo, ou pai ou mãe, ou vizinho que está ao seu lado? Como?
É a falsa caridade, é aquela que se faz jogando as moedas de forma que tilintem umas nas outras ao ponto de qualquer um ouvir e pensar, nossa como é boa esta pessoa que dá esmolas aos pobres.
Mas a caridade pura é feita com nossas próprias mãos de forma silenciosa e discreta.
Como a desta senhora de paranaense que pediu desculpas por um ato de racismo de outra mulher. Pessoas boas existem sim! Confere o vídeo aqui
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