Ontem fiz a última consulta com a psicóloga! Contei aqui que desde a primeira eliminei um peso enorme que estava carregando! Eu sempre tive uma visão muito prática de mim mesma e dos acontecimentos da vida. Os imprevistos e desacertos sempre são encarados como aprendizado, apesar da dor que causam algumas vezes. Quando tive dois abortos espontâneos eu sabia que havia muito aprendizado ali. Mas ser mãe apenas espiritual, que era como eu me via, acabou me desorientando por um tempo, porque as pessoas a minha volta não enxergam além do material, como eu estava vendo.
Depois que saí da consulta fiquei pensando e refletindo sobre os acontecimentos anteriores a gravidez e a descoberta. E qual não foi minha surpresa ao lembrar de mim mesma me colocando a disposição da espiritualidade para isso! Sim, eu havia me colocado a disposição da espiritualidade para que trazer para a matéria, mesmo que por pouco tempo, espíritos que necessitassem e eu não lembrava. Acredito que estava pronta para isso, tanto que conscientemente me coloquei a disposição, mas naquele momento porque passava pelo retorno dos meus filhos a erraticidade nunca me passou pela cabeça o que havia feito. Apenas agora, depois de toda confusão, sofrimento e da ajuda da psicóloga foi que lembrei da minha atitude!
A confusão que sentia era um misto de medo de ter causado o abortamento por alguma causa inconsciente ou de ter causado sem querer algum sofrimento aos meus filhos. Mas consegui compreender que nenhuma das duas situações aconteceram. Era assim que deveria ter acontecido! Eu os amei, eu os amo! Sei que temos uma ligação de outras vidas, talvez não de mãe e filhos, mas de amizade e amor. E isso se fortaleceu com essa terapia, porque eu entendi que eles são meus filhos, eu os tive aqui, eles estão aqui no meu coração.
Agradeço por ter podido viver esta experiência, por ter conseguido amar duas pessoas só por amar mesmo. Sou grata por terem me escolhido! E sou muito agradecida a Ceires por ter me ajudado a enxergar isso, por me ajudar a me apropriar dos meus filhos, da minha maternidade, que eu sentia, mas não conseguia me apropriar com receio de que as pessoas não me compreendessem. A verdade é que, muito provavelmente, elas não compreenderão. Mas está tudo bem, cada um tem seu tempo e sua jornada. Esta é a minha, estou compartilhando para que, caso alguém esteja numa situação semelhante veja que não está só. Busque ajuda se não estiver se sentindo forte e segura para encarar as coisas sozinha! Tenha fé em si mesma, tenha amor por si e siga a sua jornada de forma leve, tão leve quanto puder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário