Minha leitura atual se ambienta na França de Catarina de Médici!Uma rainha cruel, que sob o manto da defesa de Deus e da igreja organizou um massacre de luteranos e calvinistas. Sempre que leio ou assisto filmes sobre a "noite de São Bartolomeu" sinto-me profundamente chocada com a capacidade de usar o nome de Deus para matar pessoas! Óbvio que essa foi uma boa desculpa para muitos se livrarem de desafetos seus, adversário políticos, rivais no coração de alguma dama, enfim...
Nesse romance espírita psicografado por Yvone do Amaral Pereira a história que se desenrola se dá após o ataque do capitão da Fé, Luis de Narbonne, a família de huguenotes Bretencourt de La-Chapelle. O ataque culmina acontece após o filho mais velho da família, Carlos negar-se a apresentar-se diante do capitão e renegar sua fé. A chacina não poupou ninguém! Foram executados adultos, crianças, patrões, empregados, vizinhos e amigos presentes no culto do evangelho que Carlos realizava todos os domingos para estudar o evangelho de Jesus.
Sem desconfiar de nada Luis de Narbonne crê ter aniquilado a família, mas uma sobrevivente existe. Ruth Carolina, que após jurar no leito de morte da amiga de infância e cunhada Otília de Louvigny, vai a corte em busca de vingança.
Tramas na corte, jogos de interesse, uma Rainha que controla com mão de ferro os filhos fracos que herdariam o trono fazendo todo o possível para afastar os perigos de golpe de filhos bastardos ou sucessores indiretos, como os Valois. A primeira parte conta como se deu a chacina dos La Chapelle, como ficou Ruth desamparada e como arquitetou todo o plano de vingança a moribunda Otília de Louvigny, que teve seu sonho de amor ceifado pelo assassinato de Carlos, seu noivo e irmão de Ruth.
Esta parte também nos ambienta na Paris de 1572 e conta-nos o encontro entre de Narbonne e aquela que seria seu amor e perdição.
Yvone do Amaral Pereira nos dá muitos e ricos detalhes sobre as relações, sobre os locais e as pessoas. Vale muito a pena a leitura.
Outra obra que fala do mesmo tema é o livro de Rochester "A noite de São Bartolomeu" do qual falei aqui. Apesar de apenas estar no início da segunda parte posso perceber que a busca pela vingança aprisionou as almas destas três personagens de forma muito avassaladora. Assim que concluir venho até aqui comentar essa segunda parte!
Contos de todo o tipo, historinhas da vida real, crônicas do cotidiano, contos, sonhos e desejos, todos mudando conforme as fases da lua.
terça-feira, 23 de abril de 2019
quarta-feira, 10 de abril de 2019
Quatro anos sem Claudia Hartleben
Sempre falo que a pior coisa que pode acontecer a uma mãe é ter um filho desaparecido. É não saber o que aconteceu, onde está seu filho! Deve ser a pior sensação do mundo para uma mãe não ter a certeza se o filho está vivo ou morto! Não sou capaz de dizer se é pior que saber que o filho desencarnou. Mas digo, com toda certeza de que é profundamente cruel, que é uma chaga que se abre continuamente, justamente pela "possibilidade" daquele desaparecido voltar.
O coração de mãe não se engana, mas ele não deveria viver este luto interminável! Fico tentando, sem sucesso,imaginar como não está o coração de dona Zilá, mãe da professora Cláudia. Tenho plena consciência de que a fé dessa mãe é que a ajuda a manter-se de pé e com a firmeza moral que lhe é visível, desde a primeira entrevista.
Dona Zilá é firme, é forte e consegue consolar e argumentar conosco para que não fiquemos revoltados contra a Justiça. Ela está resignada! Ela escreve a sua filha e a liberta confiando na Justiça Divina. E com essa grandeza e esse amor consegue tocar o nosso coração, nos fazendo pensar como seria nossa reação se estivéssemos no seu lugar.
Peço que Deus e a espiritualidade console o coração desta mãe que, pela crueldade de alguém, foi privada da companhia da filha amada! Que Cláudia seja protegida e auxiliada na espiritualidade, onde, tudo leva crer, já se encontra.
A seguir reproduzo a carta de dona Zilá, publicada no blog Para Cláudia!
"Cláudia minha filha, a Maria Júlia me disse: quer coisa ou motivo maior ou melhor que saber que os que amamos estão bem?!Procura a renovação mental, pensando em todas as coisas boas que vivencias no momento.
O coração de mãe não se engana, mas ele não deveria viver este luto interminável! Fico tentando, sem sucesso,imaginar como não está o coração de dona Zilá, mãe da professora Cláudia. Tenho plena consciência de que a fé dessa mãe é que a ajuda a manter-se de pé e com a firmeza moral que lhe é visível, desde a primeira entrevista.
Dona Zilá é firme, é forte e consegue consolar e argumentar conosco para que não fiquemos revoltados contra a Justiça. Ela está resignada! Ela escreve a sua filha e a liberta confiando na Justiça Divina. E com essa grandeza e esse amor consegue tocar o nosso coração, nos fazendo pensar como seria nossa reação se estivéssemos no seu lugar.
Peço que Deus e a espiritualidade console o coração desta mãe que, pela crueldade de alguém, foi privada da companhia da filha amada! Que Cláudia seja protegida e auxiliada na espiritualidade, onde, tudo leva crer, já se encontra.
A seguir reproduzo a carta de dona Zilá, publicada no blog Para Cláudia!
"Cláudia minha filha, a Maria Júlia me disse: quer coisa ou motivo maior ou melhor que saber que os que amamos estão bem?!Procura a renovação mental, pensando em todas as coisas boas que vivencias no momento.
A justiça dos homens não é a justiça de Deus, então é preciso que vivas esses bons momentos na tua vida e deixa que aquelas folhas que se vão vão vão…
A alegria e a emoção me invadiram naquele momento, em saber que estás usufruindo tudo de bom que plantastes aqui na terra.
Aqui as homenagens se sucedem, nos enchendo de orgulho.
O nosso reencontro será lindo! Que Deus me ajude que eu consiga ir para onde estás filha.
A tua Paineira está toda florida e as Nogueiras cheias de frutos. Estás aqui em todos os lugares e momentos!
Te amo filha!
Que Jesus te abençoe e te guarde e Maria Santíssima te cubra com seu Sagrado manto.
Te amamos,
Mãe"
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