
Nesse romance espírita psicografado por Yvone do Amaral Pereira a história que se desenrola se dá após o ataque do capitão da Fé, Luis de Narbonne, a família de huguenotes Bretencourt de La-Chapelle. O ataque culmina acontece após o filho mais velho da família, Carlos negar-se a apresentar-se diante do capitão e renegar sua fé. A chacina não poupou ninguém! Foram executados adultos, crianças, patrões, empregados, vizinhos e amigos presentes no culto do evangelho que Carlos realizava todos os domingos para estudar o evangelho de Jesus.
Sem desconfiar de nada Luis de Narbonne crê ter aniquilado a família, mas uma sobrevivente existe. Ruth Carolina, que após jurar no leito de morte da amiga de infância e cunhada Otília de Louvigny, vai a corte em busca de vingança.
Tramas na corte, jogos de interesse, uma Rainha que controla com mão de ferro os filhos fracos que herdariam o trono fazendo todo o possível para afastar os perigos de golpe de filhos bastardos ou sucessores indiretos, como os Valois. A primeira parte conta como se deu a chacina dos La Chapelle, como ficou Ruth desamparada e como arquitetou todo o plano de vingança a moribunda Otília de Louvigny, que teve seu sonho de amor ceifado pelo assassinato de Carlos, seu noivo e irmão de Ruth.
Esta parte também nos ambienta na Paris de 1572 e conta-nos o encontro entre de Narbonne e aquela que seria seu amor e perdição.
Yvone do Amaral Pereira nos dá muitos e ricos detalhes sobre as relações, sobre os locais e as pessoas. Vale muito a pena a leitura.
Outra obra que fala do mesmo tema é o livro de Rochester "A noite de São Bartolomeu" do qual falei aqui. Apesar de apenas estar no início da segunda parte posso perceber que a busca pela vingança aprisionou as almas destas três personagens de forma muito avassaladora. Assim que concluir venho até aqui comentar essa segunda parte!
Nenhum comentário:
Postar um comentário