terça-feira, 29 de setembro de 2009

Hotel Manta


Quando eu era pequena, digo criança, porque pequena eu ainda sou, eu via o luminoso do Hotel Manta lá da minha casa. A cidade era menor, tinham menos prédios e era possível lá de longe avistar as letras que mudavam de cor quase no céu. O bairro onde eu morava é um bairro pobre, suas ruas são de saibro e terra e nos tempos de chuva viram de barro.
Eu nasci e me criei naquela rua, naquela casa. Rua 36, número 105 do Jardim Europa. Passei praticamente toda a minha vida lá. A casa começou pequeninha, partiu de um chalé de duas peças onde meus pais moravam, depois eu cheguei. Daí a casa foi aumentando e a família também. Três anos depois de mim veio meu mano e mais três depois veio o nenê. Tínhamos um pátio grande, tínhamos árvores nos fundos da casa e algumas vezes meu mano teve cachorros. O nenê teve uma gata, a Natacha. Eu nunca tive bichos de estimação não. Gostava mesmo era das garagens onde ficava dançando sem parar, e do meu quarto claro, com posteres de cantores e atores de quem gosto até hoje. Foi lá que nasceu minha mania de escrever.
Esta casa traz muitas recordações, é nela que estamos na maioria das fotos e é nela que estamos, meus irmãos e eu, na foto que eu mais gosto da gente. Quanta saudade!
Nesta rua eu conhecia todos os vizinhos, minha tia morava do lado da nossa casa e do lado da casa dela uma vó postiça que todos amávamos, a vó Didi. O mano e eu passamos algumas férias na casa dela no interior de Piratini. No piratinizinho do Vilmar (filho da vó Didi). Confesso que não lembro o nome dela, porque eu sempre a chamei de vó Didi e pronto.
Que tempo bom, que não volta nunca mais! Ainda bem que tem as lembranças todas guardadas na memória e no coração. Muitas festas da minha mãe e turma dela de faculdade, muitos natais, muitas jantas de amigo secreto e abraços de ano novo com os vizinhos da rua. Quando me mudei para o apartamento em que moro hoje, achei que nunca sentiria saudade da minha casa. Demorou alguns anos para a saudade bater. Na verdade eu lembro com carinho e a recordação das coisas, dos lugares da casa vem nitidamente. Na minha lembrança posso caminhar pela casa e revisitar minha infância e adolescência. E toda esta nostalgia foi despertada pelo luminoso do Hotel Manta, que vejo todos os dias do corredor da escola aonde faço o técnico em contabilidade a noite.

PS.: Na foto batida da porta da cozinha estamos o mano, eu e o nenê. Eu era maior que eles, hoje só subindo num banquinho.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bisavó


Minha bisavó chamava-se Elmira, mas este era apenas o nome dela, para todos os bisnetos ela era a vó Mila. Para os netos ela era a "ová". Não sei qual o motivo da troca, mas é assim que minha mãe e minhas tias se referem a ela até hoje.
Lembro direitinho dela, seus cabelos negros e crespos, sempre presos num coque, com aquele prendedor que ficou comigo, ou numa trança. Suas mãos magrinhas, cheias de veias que eu apertava de leve e elas formavam minhoquinhas sobre suas mãos.
Quando íamos para a casa da minha vó, da esquina já víamos a vó Mila na frente, encostada no muro, com a cabeça apoiada no braço olhando os passantes. Ela era meiga e doce, mas também era disciplinadora e forte. Era rígida e carinhosa. Dizia o que pensava para quem quer que fosse.
Viveu num tempo de muita miséria e passou muito trabalho para criar seus filhos na colônia, tentando tirar da terra o sustento para eles. Depois de vir pra cidade ajudou a criar os netos e dedicou sua vida a minha tia avó Edite. Esta minha tia sofria de uma doença mental degenerativa, dizem que quem sofre desta doença não passa dos 25 anos de idade. Mas graças a Deus ela esteve muito tempo junto com a gente. Eu lembro dela já na cadeira de rodas, quase sem falar. Não é possível falar da vó Mila sem falar na Edite. Nunca vou me esquecer do que ela dizia sempre a Deus, "que ela vivesse mais do que a filha", por que é triste perder um filho, mas ninguém cuidaria de um filho doente como a mãe. E era isto que ela queria, cuidar da filha até seu último dia, depois disso ela iria embora sem reclamar.
Deus fez sua vontade, a Edite foi antes dela, se não me engano um ano. E a vó Mila que sofria muito de falta de ar, foi se embora, sem reclamar, em 1989. Ela foi sem sofrer. Minha mãe conta que ela estava conversando, deu um bocejo e foi embora, leve como uma borboleta que voa procurando outra flor para pousar. Foi muito difícil para minha mãe ir na vó e não ver mais a sua "ová". Para mim também era muito estranho não ver a vó Mila no muro ou sentada no banquinho no pátio, esperando a gente chegar. Eu também sentia muita falta da cadeira de rodas com a Edite. Confesso que quando pequena sentia um pouco de medo. Não sei de quê, não sei explicar. Acho que é porque ela era braba. Sei lá. Só sei do sentimento de vazio que ficou quando ela foi embora e do vazio que aumentou quando a vó Mila se foi. Sempre que vejo esta flor da foto lembro da vó Mila.
PS.: Na foto acima estamos, eu a mãe, a minha prima Lili, a tia Ieda, tio Jocely, minha vó Amália e minha bisa Mila.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Uma saudade enorme

Desde a primeira série sempre dividi a carteira com guris. O principal motivo era porque eu conversava demais e as professoras acreditavam que com os meninos não falaria tanto. Foi assim que me apaixonei pela primeira vez, o nome dele é Moisés. Neste tempo eu já gostava de caras mais altos, e ele era bem mais alto, nesta época eu deveria medir 1,20 e ele 1,50, sei lá.
Depois na segunda série eu sentava ao lado do Vaguinho, que também era meu vizinho. Nós íamos juntos para o colégio. Quando eu adoecia ele levava a matéria pra eu copiar. Anos depois ele ficou muito amigo do meu irmão Cristian, e muito mais anos depois a gente chegou a ter um namorico rápido. Mas não deu certo, porque pra mim ele é como um irmão.
Apesar de parecer namoradeira (o que fui só no tempo da faculdade, agora estou mais calma) na época de colégio nunca fui. Eu me apaixonava toda a semana por um guri diferente, era assim mesmo, toda a semana, mas era um flerte, aquele gostar de longe. Tipo a música do Seu Jorge, "tô namorando aquela mina, mas não sei se ela me namora" lálálálálálá.
Foi quando mudei de colégio que conheci um grande amor e um grande amigo. Na nova escola as carteiras eram individuais, cada um tinha a sua. Na sexta série eu conheci o Alexandre Godinho. Óbvio que ele era mais alto do que eu, e ele sentava na minha frente o que impedia minha visão. Nós trocamos de lugar e com toda a proximidade que tínhamos ficamos amigos. Ele era tido na escola como garoto problema, não estudava, se metia em confusões e passava as aulas inteiras desenhando. Como eu sentava na classe da frente, para falar com ele tinha de virar para trás, o que foi motivo de muitas chamadas da professora de português. Acho que ele foi meu grande amor de adolescência mesmo.
Quase todos os dias nós brigávamos, eu dizia que nunca mais iria falar com ele. No dia seguinte quando eu o via já saia falando sem freios na língua, contando coisas e ele perguntava: "_Tu não disse que nunca mais ia falar comigo, abobrinha?", e começava a rir. Eu sempre esquecia que tinha dito adeus pra sempre. Ainda bem, ficar junto dele era muito bom.

O Alexandre me deu um apelido infame, "abobrinha". E não era porque eu falava muita besteira não, a alcunha veio pelo fato de, com 11, 12 anos, eu já ter bastante seio. Vejam só! Mas eu não conseguia ficar brava com ele. No fundo eu gostava. Depois de ter levado tantas xingadas por estar conversando eu criei a táctica de jogar as coisas dele no chão. Enquanto ele juntava não me perturbava. Ele também nunca ficou bravo comigo, nunca brigamos de verdade.
Minhas duas melhores amigas nesta época também eram apaixonadas por ele, a Adriana e a Consuelo. Eu era, mas não admitia nem sob tortura! Só nunca consegui enganar minha mãe. Ela sempre soube. No último ano em que estudamos juntos teve uma festinha de despedida, fizemos amigo secreto e tudo. Não lembro quem tinha tirado de amigo secreto, mas o Alexandre foi quem me tirou. Ele me deu de presente umas meias, que guardei durante muito tempo sem usar e outro tanto quando elas já estavam velhinhas. Nunca mais nos vimos. Ele mudou de cidade. Nossos caminhos nunca mais se cruzaram. Sinto uma saudade tamanha daquele tempo. Das risadas, de estar junto, do cheiro, do jeito dele. Não tenho foto, nem endereço, nem telefone dele. Já procurei no google e no orkut, mas não o encontrei. Mas tenho uma coisa que me faz vê-lo nitidamente diante de mim naquela sala de aula, tenho dois desenhos que guardo com muito carinho.
Gostaria de ter preservado melhor esta amizade. Lembro bem que a vida dele era meio tumultuada na época, pais separados e outras coisas que, não recordo bem, mas faziam com que ele tivesse a fama de mau. A questão é que o Alexandre era, na verdade, apenas um guri carente. Espero que ele esteja muito feliz hoje e que eu seja uma boa recordação da adolescência dele.
P.s: O primeiro desenho ele fez na sala de aula pra mim. O segundo foi um trabalho de educação artística com a professora Dionéia.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ele não estava tão afim

Ano passado eu me envolvi num relacionamento com uma pessoa a quem conhecia há algum tempo. Não nos conhecíamos tão bem, mas estudamos no mesmo colégio durante nossa adolescência e tínhamos alguns amigos em comum. Tempos depois o reencontrei e já estávamos na faculdade. Nos afastamos por uns anos e, no ano passado, os nossos caminhos haviam voltado a se cruzar. As coisas começaram devagar, com o pedido de um beijo. Logo após o beijo ficamos uns meses sem nos ver até que num belo dia tudo fazia sentido. Calma! Eu explico. Haviam me dito que apareceria alguém, a quem eu não conhecia muito bem, mas já conhecia a bastante tempo, que seria algo que eu deveria aproveitar enquanto durasse, pois não seria um relacionamento longo. Mas mesmo assim, após umas horas de conversa eu veria que tínhamos muito em comum. Dito isto fiquei imaginando todas as pessoas que conhecia há muito tempo, mas não tinha intimidade. Até encontrá-lo no corredor do prédio onde trabalho. Daquele dia em diante ficamos próximos. Saíamos, passávamos os finais de semana juntos, enfim, namorávamos. Embora esta palavra fosse um tabu para ele, que recusava-se a namorar, comigo.
Como já havia sido alertada de que a coisa seria por aí, levei tudo de forma tranquila, nunca costumo cobrar compromisso num relacionamento. Apenas deixo que as coisas aconteçam, se ambos querem ficar juntos o nome que se dá a isso é o que menos importa. O que mais me incomodava nesse relacionamento eram as DRs sobre o fato de não estarmos namorando e o quanto isto incomodava a ele, pois ele não queria namorar. E me irritava, porque eu nunca pedi que a gente namorasse, nem que me apresentasse a família dele, ou que me levasse ao cinema. Queria ficar junto dele, isto me fazia feliz, o resto era coisa que não rolava na minha mente. Mas rolava na dele.
Então, de uma forma muito adulta e bem resolvida, ele não me procurou mais. Não ligou, não apareceu. Fez como em algumas novelas em que o cara vai ali, comprar cigarros e volta 20 anos depois, com a mesma cara, de pau.
Dei alguns dias e então procurei. Perguntei o que estava acontecendo, mas não tive resposta. Quando estava desencanada de tudo, já havia sofrido com o abandono e me recuperado, qual não é a minha surpresa? Ele resolveu ligar para saber como eu estava. Diante da minha frieza e distanciamento, me contou que havia se apaixonado, que não queria ter feito aquilo, e tal e coisa. Oquei, pensei eu. Embora não quisesse mais saber qual o motivo do seu sumiço. Pedi meus livros que havia emprestado e só. Não precisa nem encontrar comigo, apenas deixe-os na portaria do prédio onde trabalho, assim não haverá constrangimentos, expliquei. Demoraram alguns meses e nada de meus livros serem devolvidos. Voltei a procurá-lo pedindo por eles. Foi neste momento que me senti ultrajada. Além de me ligar com um tom de, estou escondido ligando pra ti, me disse que eu precisava tomar cuidado com as mensagens ou torpedos que mandasse pra ele, pois agora estava namorando. Isto me feriu! Não pelo fato de estar namorando, mas por achar que eu faria alguma coisa que fosse atrapalhar o romance. Neste dia acabou não só a amizade que tinha por ele, mas também o carinho e a admiração. Pedi apenas que devolvesse meus livros o quanto antes e afirmei sem exitação que não se preocupasse, pois jamais iria procurá-lo novamente.
Algum tempo atrás ele me mandou um email, coisa do tipo conhecido simpático querendo fazer uma amizade. Mas não quero reatar este laço. Fiz um julgamento errado do sentimento de amizade que existia entre a gente, e se algo que parecia ser tão legal para nós os dois acabou da forma como acabou, é melhor que fiquemos cada um na sua. Respondi educadamente o email, sem réplicas e réplicas, como costuma acontecer com os amigos de verdade. Foi bom enquanto durou, é pena que tenha ficado este final chato para uma historinha que parecia bem bonitinha.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Patrick Swayze


Infelizmente o câncer venceu e Patrick Swayze partiu. Apesar de todos os avanços tecnológicos e pesquisas o paciente com diagnóstico de câncer, de certo modo, ainda sente-se como se sentenciado a morte. Isto deveria ser tirado de letra por nós, afinal de contas a única certeza que temos desde o dia em que encarnamos é que, mais cedo ou mais tarde, de preferência bem mais tarde, iremos morrer. Creio que, alguém irá concordar comigo, o pior não é a nossa partida e sim a partida daqueles a quem amamos.
Patrick lutou bravamente e com certeza seus trabalhos marcarão para sempre este ator em nossas memórias, seja como bailarino em Dirty dancing ou como surfista ladrão de bancos, como fantasma ou ainda como dragequeen. Seu trabalho foi impecável!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Egeo, um cheiro no ar

Tem dois perfumes que me fazem lembrar pessoas legais do meu passado. Casualmente ambos são do Boticário. Não é merchandising, não! Mas como dizem que não existe coincidência... Um deles é o Stileto e lembra uma paixão de adolescência, o Rossano. Eu o conheci na festa de aniversário de uma colega, de quem ele era primo. Nós dançamos e eu senti este perfume pela primeira vez. Fiquei inebriada! Minhas colegas queriam armar para que o Rossano fosse o meu primeiro beijo. Infelizmente não rolou. Anos mais tarde nós nos reencontramos numa noite de verão. Agora minha memória me falha e não lembro se trocamos beijos ou não. Quero crer que sim, mas temo estar rememorando uma falsa lembrança.

Já o Egeo lembra um amor maduro, bonito e infinito enquanto durou. Creio que a minha Perdição, era assim que eu o chamava, foi o homem que mais amei em minha vida. Nós combinávamos em quase tudo, discordávamos só na política, e erámos harmônicos em todo o resto. Gostávamos de dançar e dançávamos bem juntos. Ele lembrava das piadas e das histórias que eu contava. Tinhámos vários códigos, trocávamos muitas mensagens durante o dia e ficávamos horas conversando e namorando sem cansar. Nosso caso de amor teve dois motivos para acabar, a primeira era o fato de ele ter um compromisso que não podia ser revogado, pois envolvia mais duas pessoas e depois disso vinha a distância. Como diz o ditado "o que os olhos não veem o coração não sente".
O bom de tudo isso foi não ter ficado nenhuma mágoa e sermos amigos até hoje. É claro que sempre pinta uma saudade, principalmente quando pela rua sinto o cheiro dele em alguém que passa. Quanta lembrança boa!!!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Doces lembranças e outras não tão doces

Eu já passei por cada encrenca que os amigos não imaginam! Quando morei fora de casa, por alguns poucos meses, mas que serviram para me mostrar que não sirvo para ficar sem minha família por aí, costumava passar os finais de semana na casa da mãe de uma amiga em Tupanciretã. Tupã, como é chamada, é uma cidade pequena, mas com muitas festas. As festas em Tupã eram muito legais e geralmente íamos ao Red ou ao Concórdia. Uma vez, eu e minha amiga Jô, estávamos sem grana. Então não poderíamos sair, mas descobrimos que mulheres não pagavam até meia noite. Só que o melhor da festa no Conca (Concórdia) era depois da uma hora da manhã, quando o pessoal chegava. O que fazer? Minha amiga Jô teve uma grande ideia, fomos para a boate antes da meia noite e ficamos no banheiro fazendo as unhas até o movimento aumentar. Pode?
Mas o pior estava por vir, ficamos mais ou menos uma hora no banheiro da boate. Depois saímos para dançar no salão. A festa estava boa, até que, começou uma briga. Os seguranças levaram o guri que tava brigando para fora e acabaram com a confusão. No entanto, a briga seguiu do lado de fora. O rapaz que foi retirado tinha feito recém 18 anos e acabou sendo morto pelo próprio irmão. Num consenso das histórias contada pelas testemunhas a coisa se deu da seguinte forma: O rapaz arrumou uma confusão dentro do Clube Concórdia, foi retirado pelos segurança, na rua a briga continuou e o irmão mais velho do rapaz, pegou a arma de um dos seguranças e atirou, acertando-o fatalmente. Ninguém conseguiu segurar o homem que invadiu a boate lavado em sangue, com a arma em uma das mãos e um facão na outra. O tumulto foi geral. As pessoas correram fugindo e derrubaram uma caixa de som da discoteca. Todos queriam se proteger, invadiram as salas do clube. Foi um auê! Eu estava bem no meio do salão, quando o cara entrou cheio de sangue parecia o Jaison, do sexta-feira 13. Fiquei parada olhando pra ver o que acontecia. Daí a Jô me puxou e me enfiou numa sala, que estava cheia. Ficamos esperando lá dentro até a confusão passar. Saímos da sala e o homem já havia sido preso, o cenário na boate era como se tivesse passado um furacão, cadeiras no chão, caixas de som caídas. Um horror!
Com toda a confusão e correria perdemos a carona. Tivemos que arrumar outra. E o moço era meio doido. Ficou indagando o que tinha acontecido e andava em zig-zag pela avenida. Pelo menos chegamos sã e salvas em casa.
Agora, alguns anos depois do susto, sempre damos risada quando lembramos deste fato. Esta foi apenas uma história das tantas que temos no Conca. "Ê tempo bom que não volta nunca mais".