Escrever livremente é uma experiência bem interessante.
Sempre lembro de uma fala do Mário Quintana, na qual ele diz que sua técnica de
escrita era ir colocando as ideias no papel de forma aleatória, sem tentar
escrever uma história específica. Depois disso ele relia seus escritos e via o
que tinha ali, muitas vezes haviam mais de um poema ou história.
Logo que fui pra faculdade de jornalismo tentei esta técnica
várias vezes. Em algumas ocasiões obtive textos bem legais, cheios de criatividade.
Outros eu escrevia no calor da emoção, seguindo a ideia de pôr tudo no papel, conforme
ia sentindo, transmitindo tudo que sentia. Desta forma acredito que escrevi
minhas histórias mais tocantes.
Estas técnicas também me ajudam a não ter medo de escrever
coisas sem sentido. Sou muito cricri, e acabo sempre querendo que as coisas
saiam perfeitas, com sentido, enfim... Escrever assim, como se fossem várias
palavras e frases soltas, me deixa um pouco apreensiva, mas com o desenrolar do
exercício tudo vai se encaixando e o texto fica bom.
Gostaria de poder escrever diariamente, mas nem sempre é
possível devido a maternidade! Os planos são sempre perfeitos no papel, na
prática as coisas são bem diferentes! Em alguns dias a coisa flui bem, a bebê
dorme e consigo ler, escrever e até me exercitar. Em outros a coisa foge
completamente do controle. A função do mamar ocupa todo o tempo disponível,
depois precisamos brincar, dançar e cantar e as “obrigações” não obrigatórias costumo
deixar para lá.
#escritatividade #lura10dias
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