terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Constatações

Durante minha adolescência passei por um período em que achava mais interessante estar com as mães das minhas amigas do que com a tchurma! Acho que nunca tive paciência para crises existenciais e inconformismo adolescente, mesmo sendo uma. Com isto aprendi muito ouvindo as experiências, vendo exemplos. Observando determinados comportamentos pude fazer, sem dúvidas, escolhas que considero mais acertadas. Mas isto não importa, pois este post não é sobre mim, pelo menos não diretamente.

A verdade é que com 33 anos, solteira, sem filhos e sem ter casado pelo menos uma vez, as pessoas querem saber o que foi que aconteceu comigo. Por um longo tempo me incomodou muito a pergunta: "e o namorado?", "não vai casar, ter filhos?". Me sentia pressionada a fazer as coisas como as pessoas acreditavam ser O NORMAL. Foi daí que me dei conta de que EU NÃO SOU NORMAL! Não sou louca, não rasgo dinheiro e nem como cocô, mas não faço parte da massa que prefere estar infeliz tomando as decisões que o "mundo" considera normal. Escolho as coisas de acordo com meu coração, o que é melhor PARA MIM. É claro que tomar esta atitude incomoda as pessoas e elas vão pensar que tu tem algum problema. Se és mulher e não tem namorado pergunta é: "será lésbica?". Se tem muitos namorados é puta. E por aí vai o desvario. Porque as pessoas não conseguem não se incomodar com o que desconhecem?
Mas, aprendi que não tenho que me preocupar ou me incomodar com o que as pessoas pensam, porque eu não estou nem aí para o que elas pensam. Li uma vez n'algum lugar algo do tipo "o que os outros pensam de ti não te diz respeito!"  Portanto... filosofia da vaca*.
O bom de rever as coisas passadas, mesmo aquelas que incomodam ou são feridas (ainda não cicatrizadas), é que conseguimos ter consciência de que o que somos hoje é o resultado das escolhas que fizemos no passado. Como sabemos que nada é permanente ou imutável, se alguma coisa do que somos hoje não é o que queríamos podemos mudar, sempre podemos mudar! O passado não né? Óbvio!

Pode parecer arrogância (não é amigos, não é) mas a verdade é que estou satisfeita com as escolhas que fiz. Tem algumas coisas que quero pra mim hoje, acho que estou preparada. As coisas virão a seu tempo.
Peço desculpas se o texto parece uma viagem e por alguns momentos as ideias se misturam e não tem como entender. O objetivo é que eu consiga me ver através das minhas próprias palavras. São apenas constatações! Porque algumas pessoas reclamam e se vitimizam porque fazem isto ou aquilo e os outros não entendem ou não são o que os outros pensam. Então resolvi olhar pra mim e ver se não estou fazendo O MESMO.

*Filosofia da vaca = cagando e andando! =D

PS.: Reli o texto e percebi que... o post é sobre mim sim.

2 comentários:

Luiz Carlos Vaz disse...

Enquanto você
Se esforça pra ser
Um sujeito normal
E fazer tudo igual...

Eu do meu lado
Aprendendo a ser louco
Maluco total
Na loucura real...

Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez...

Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza...

E esse caminho
Que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
Por não ter onde ir...

Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Eeeeeeeeuu!...
Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez

Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Ficar com toda certeza
Maluco, maluco beleza...

Léli disse...

Pois é, Number One é Number One! Compreende a amiga sempre! Valeu Vaz!!!!