"Flashdance" a meu ver não é apenas o filme de uma mulher talentosa que não mede esforços para realizar seu sonho, como li na sinopse. Ele tem uma lição muito maior. Pode até parecer um filme, que alguns considerem como de "mulézinha". É óbvio que na época em que vi o filme, durante minha adolescência e minhas aulas de jazz, não percebia o filme desta forma.
Dois fatos neste filme me chamaram sempre muita atenção, a primeira o fato de uma moça que aspira ser bailarina, ao mesmo tempo trabalhar numa metalúrgica e a noite numa boate ou um bar - é uma dançarina (no link diz exótica) mas podemos dizer sensual. E o segundo era o fato de ela ter se apaixonado e não ter tido problema nenhum em transar com o cara de quem ela gostava. Diferença gritante entre outros filmes da mesma época, como por exemplo "a garota de rosa choque", aonde a moçoila não fazia nada se não suspirar e chorar pelo galã do filme. E cá pra nós o amigo "mucho loco" dela era bem mais interessante e com estilo.
"Flashdance" não diz apenas acredite em seus sonhos, vá atrás e lute. Diz, e mostra, que uma mulher pode sim muitas coisas. Dá até pra considerar um filme feminista. Eu considero! Porque a guria vai lá e faz acontecer e faz do jeito dela! O filme demonstra o preconceito escancarado, tipo: o cuturno de proteção da metalúrgica versus a delicada sapatilha de ponta cor-de-rosa. A mulher tomando a iniciativa do sexo enquanto o cara, num primeiro momento acha legal, mas depois já não tanto.
Com o filme aprendi que uma mulher pode ser sim: bonita, sensual, delicada, eficiente em seu trabalho (mesmo que seja um trabalho pesado) e ser realizada. Para que isto ocorra ela precisa, principalmente respeitar a si mesma. É este, entre outros filmes que me fazem lembrar dos anos 80 e 90, minha infância e adolescência maravilhosos!
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