Mas o frango do Irmãos Coragem tinha algo de diferente. Além de ser comprado, além de ser de um bar e vir acompanhado com umas polentinhas, tinha algo mais. Não sei se é porque na minha cabecinha de criança poderia acontecer de sair lá de dentro da cozinha o Tarcísio Meira na pele do João Coragem, ou o Cláudio Marzo com o uniforme de futebol do Duda, ou quem sabe o Cláudio Cavalcante, com toda a meiguice do seu Jerônimo. Confesso que meu "Irmão Coragem" favorito era o "Jerômo".
O bar serviu de referência para mim aoir buscar meu irmão no colégio com minha prima, pois eu sabia que ali tinha a parada do ônibus aonde eu deveria embarcar para voltar pra casa. Também era por ele que deveríamos passar para, três quadras depois chegar ao Instituto São Benedito, onde ele estudava.
Para mim o Irmãos Coragem era a referência de um bom frango, depois do da minha avó, óbvio.
Podia ser a singela lembrança da novela, que um monte de gente diz que eu não assisti, porque era um bebê, mas da qual eu lembro várias passagens muito claramente. Podia só ser um ponto de referência no meu caminho. E é, incontestavelmente, uma boa lembrança de tempos idos. É um lugar do qual sempre lembro, assim como o Café Aquarios, o Trekos, a Beiro (olha eu aí entregando a idade!), O pássaro Azul, o forno, a Luzo, e por aí... É, sou saudosista sim, não há como negar.
São lembranças tão queridas e que me fazem tão bem, que não há como esquecer. Acalento-as com carinho e compartilho com vocês, meus amigos queridos. Quem já se deliciou com um frango do Irmãos Coragem sabe do que digo! Claro, hoje em dia o sabor não deve ser o mesmo, como diz minha mãe, nada mais tem o mesmo gosto! Mas o boteco está lá, quem sabe...
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