terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ramalhete #Primavera

Eu tive uma vó adotiva que partiu há uns 19 anos eu acho. A vó Didi era minha vizinha, morreu um ano depois que eu completei 15 anos, se não me engano dois dias depois do meu aniversário de 16. Fiquei bem triste, pois apesar de não existir um laço de sangue, ela era minha vó e existia um laço de amor, um laço de coração que nos unia e ligava, pra sempre.
Passei muito tempo da minha infância com ela, por aqui ou lá fora no Piratinizinho, como dizia o Vilmar, filho dela. Foi um tempo muito bom, do qual tenho saudade e vez por outra conto aqui.
A vó Didi sempre me fazia um ramalhete com esta... não sei se é uma flor isto, mas ela juntava algumas e com o talinho fazia um laço. Eu adorava aquele presentinho tão singelo e carinhoso!

Lá fora encontrei as mesmas plantinhas e na mesma hora lembrei da vó Didi, dos verões deitada embaixo da arueira, escutando rádio de pilha e olhando as nuvens no céu. Não pensava em nada, apenas aproveitava aquele momento mágico em que um simples pensamento me levava para qualquer lugar, bastava imaginar.
Ser criança é bom demais! Ainda bem que eu aproveitei o tempo e, principalmente, ainda bem que eu aproveitei a companhia das pessoas que estiveram comigo neste período. Algumas já partiram, mas a gente se encontra. Como diz a música do Milton Nascimento "Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar!"
Dedico a canção a todos os meus amigos, aqueles que estão bem pertinho, aqueles que estão morando longe, aqueles que partiram. Longe ou perto, vendo diariamente ou levando anos, fiquem sabendo que guardo todos vocês no coração! E daqui ninguém tira, vocês estão seguros!

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