A história foi contada inúmeras vezes e entre as pessoas que a contavam estava a minha bisavó Corália, uma mulher muito séria, que não mentia. A dona Corália era mãe do meu avô Dorocildo, pai da minha mãe. Naquela casa, lá em Porto Alegre aconteciam fenômenos inexplicáveis. A bisavó, contava pra minha mãe e meus tios que dos armários saltavam sacos de farinha, arroz, açúcar.
Que uma vez, naquela casa vinham tesouras e facas direto na direção deles, no ar, não se sabe como elas pararam sem atingir ninguém.
As histórias aterrorizavam a imaginação da minha mãe! Diz que uma das tias era de encarar os desafios, e que eles deitavam na cama e aquela coisa jogava as cobertas longe. Esta tia resolveu enfrentar e disse que duvidava aquilo acontecer com ela. Deitou e cobriu-se, e veio a força e jogou a coberta pra fora da cama. Ela puxou a coberta e disse, quero ver? E lá se foi o cobertor pra longe dela.
Algo inexplicável acontecia por lá! Parou de acontecer, assim como começou, sem nenhuma explicação. Nos perguntamos porque coisas como estas acontecem numa família, mas nenhuma explicação nos chegou. Dizem que um poltergeist pode acontecer quando uma menina, ou garota entrando na adolescência sofre algum tipo de abuso sexual e sua energia acaba por realizar os fenômenos. Não sei se dentro da doutrina espírita isso é falado. Mas, somos energia e a energia de uma pessoa em situação de abuso deve realmente ser muito forte!
O que sei, pela doutrina Espírita, provado cientificamente, os médiuns de efeitos físicos. Pessoas que pela sua presença tem a aptidão de produzir fenômenos materiais. Diz no livro dos médiuns questão 160 "Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais como os movimentos dos corpos inertes, os ruídos, etc. Podem ser divididos em médiuns facultativos e médiuns involuntários. (Ver 2ª parte, caps. II e IV)."
Contam, também que próximo de onde era a Pepsi-Cola, aqui em Pelotas, que havia uma casa aonde aconteciam fenômenos inexplicáveis. Estes aconteciam sob a "tutela" de um gurizinho. Falam que também objetos eram movidos sem que ninguém os tocasse, coisas voam. Lembro da minha mãe contar que os talheres se entortavam e quebravam, no melhor estilo Uri Geller. As histórias acontecidas aqui, bem pertinho de mim deixavam meus cabelos em pé!
Eram barulhos de louça sendo lavada, colchões pegando fogo e mais uma série de acontecidos que povoavam minha mente infantil de medo. Hoje, através do estudo da doutrina Espírita encontro algumas explicações e sinto-me menos apavorada com este tipo de acontecimento, pois todo o efeito tem causa. Mas esta história da família da minha mãe, do lado do meu vô, estes pacotes voando pelo ar sem que ninguém os jogassem ainda é um fato intrigante.
Um comentário:
Essas histórias estão ficando boas...
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