terça-feira, 26 de agosto de 2014

8 coisas pra fazer antes de bater as botas

Fuxicando nas postagens deixadas de lado no blog encontro uma curiosa com o título: "8 coisas pra fazer antes de bater as botas" e me intriga o fato de eu não ter seguido o meme, coisa da qual eu gostcho muito!
A orientação é: "1) Escrever uma lista com 8 coisas que sonhamos fazer antes de morrer;2) Convidar 8 parceiros(as) de blogs amigos para responder também;3) Comentar no blog de quem nos convidou;4) Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da "intimação";5) Mencionar as regras."
Agora, lendo as regras, me vem a mente que... talvez eu não tenha uma, nunca antes na minha própria história de vida, pensado em oito coisas que sonhe fazer antes de bater a cassuleta! Coisa, alíás, que fiz muito pouco na minha vida foi "plano de vida"! Pois é, pode parecer estranho, vai ter gente que vai dizer, como que uma pessoa nascida sob o signo de virgem, com ascendente em virgem não faz lista de planos para a vida?! Como que vai deixar a vida acontecer assim, sem uma organização prévia?! Pois então... nunca fiz! Quando estava acabando o 1° grau (porque sou do século passado sim senhor e fiz foi primeiro grau!) tinha na minha cabeça uma meta, o propósito de fazer o 2° grau na Escola Técnica de Pelotas. E qual não é minha surpresa?! Não passei na escola técnica pra fazer Telecomunicações. Até tinha pensado em ser professora, mas nesta época já tinha mudado de ideia, tantas vezes quanto a ETFPel mudou de nome, tornando-se IFSul. Daí, como era regra fiz teste pra escola, pro CAVG e pro Pelotense. Naquele tempo meu pai não tentou fazer minha cabeça pra Contabilidade. E como os resultados na escola e no Pelotense foram negativos e o CAVG me recebeu de braços abertos me fui bem faceira fazer Economia Doméstica. Ainda com alguma esperança de ser chamada em segunda chamada na escola, mas nada feito. Então... como o destino mudou completamente (graças a Deus!) meu plano original de ser uma telecomunicadora desisti de fazer planos e metas, pelo menos a longo prazo .
No CAVG fiz amigas muito importantes pra minha vida! Uma amiga do coração que está sempre perto de mim, mesmo que esteja longe. Sem contar as inúmeros histórias, as olimpíadas das cores, os "shows" no auditório do colégio, as aulas gaseadas pra caminhar no Arco Íris, tomar umas biritas, os amigos, as risadas, enfim. Foi um tempo maravilhoso! Ah! E foi no Visconde da Graça que descobri que usava bastante o sarcasmo e a ironia nos meus textos, comecei a gostar mais de ler e decidi ser jornalista. Fiz o plano de ser uma grande jornalista, reconhecida e importante e tudo mais. Quem sabe até escrevesse um livro e me tornasse uma grande escritora?!
Passei no vestibular em primeira chamada, em 28° lugar, não era lá uma colocação muito boa mas e daí? Importante é que tinha passado e pra mim já tava de bom tamanho. Sonhava com um jornalismo daqueles, de alguma outra encarnação minha, aquele boêmio, verdadeiro, engajado e combativo, que formava opinião. Mas no fim das contas, amei a faculdade, fiz mais uma porção de amigos do coração, aprimorei minha forma de escrever, aprendi sobre um montão de coisas e descobri que o jornalismo não era do jeito que eu havia sonhado. Mas segui firme! Estudei bastante, me formei e saí mundo afora pra exercer meu talento jornalístico nos jornais e nos bares da vida. Foi então que descobri que o jornalismo não era mais como naquela minha outra encarnação. Os jornais independentes não existiam mais e haviam tornado-se empresas e como empresas visavam o lucro e tratavam a informação como mercadoria. O destino foi tentando me fazer desistir aos poucos, mas eu teimosa, seguia firme, mas me convenci de que ele estava certo e meu jornalismo era de outro século e pra exercer o deste século eu estava sofrendo demais. Ainda não escrevi meu livro, mas ainda há tempo. Quem sabe não é uma das "oito coisas pra fazer antes de bater as botas"?
Das duas vezes que planejei alguma coisa veio o destino que me fez mudar de ideia. Mas talvez eu seja comodista, ou me adapte bem as coisas, e segui tranquila.
Depois de decidir ficar por aqui e "ouvir meu roquizinho antigo que não assusta ninguém", fui me inscrever no técnico em Contabilidade no João XXIII, mas meu plano era não ser sorteada e não cursar. Mas, como todos os outros planos, de cinco pessoas que se inscreveram juntos fui a única sorteada. Como não sou de desperdiçar chance ou tirar vaga dos outros, fui cursar o técnico em Contabilidade. Novamente fiz mais uma penca de amigos maravilhosos e queridos. E fiquei aqui por casa, perto da família, trabalhando numa profissão da qual me orgulho e que me sustentou desde sempre.
Só ainda não faço ideia das oito coisas pra fazer antes de partir pra cidade dos pés juntos! Mas o exercício foi bom, visto que a pergunta que não quer calar ainda martela, um pouco na minha  cabeça. Foi bom pra eu perceber que não havia planejado o caminho, mas que fiz o caminho ao caminhar, como dizem deve ser feito. Não sei se é um ditado ou uma poesia, que diz que todo homem deve, "plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho". Eu não sei se vou seguir isto,até já plantei uma árvore, mas nunca mais soube notícias. Foi lá no CAVG. Entonces... vou tentar fazer a lista, com muitas possibilidades de mudar um item ou outro, porque não sei bem as respostas pra estas perguntas sobre o futuro.
1) Escrever um livro;
2) Realizar um trabalho voluntário
3) Organizar melhor meu tempo, para ter algum tempo sobrando
4) Conhecer o México, a Espanha, o Chile e Portugal
5) Plantar e cuidar uma árvore, frutífera de preferência
6) Comemorar um aniversário com uma festa a fantasia, quem sabe nos 40?
7) Aplaudir o amanhecer e o entardecer próxima da natureza
8) Viver bem!
Fazer o filho é a tal pergunta que não cala, e pra qual eu não tenho ideia da resposta, então...

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