quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O gosto

Eu sou uma pessoa que não gosta de tudo que os outros gostam. Parece que sou do contra, mas não é. Apenas não gosto! Respeito o gosto alheio, só não gosto de certas coisas que vira e mexe são moda ou são gostadas por todos. Por exemplo, algumas mulheres se sentem atraídas por homens de farda (polícia, bombeiro, militar, brigada) eu nunca gostei, nunca fiquei de olho, se o cara era do tipo que eu achava bonito, achava bonito se era feio... bom não era a farda que mudaria minha ideia, pelo contrário. Na época do Top Gun Tom Cruise era o galã do momento, muitas mulheres caiam de amores, nunca fez minha cabeça! Tom Cruise de militar??? Não, obrigada! Agora, depois de uma
certa idade até enxergo algum charme nele, mas não é meu preferido. Leonardo de Caprio também foi o bambambam! Aquele que fazia as adolescentes gritarem e tirarem foto da tela do cinema, mas não fazia meu gênero, a começar porque era loiro, de olho verde, todo certinho. Como ator? Maravilhoso! Devia ter ganho o oscar antes, mas não é o tipo de beleza que me faria a cabeça. Agora passado os anos...
Pois é, meu gosto é diferente. Aliás como diz aquele velho ditado "gosto e bunda cada um tem a sua"! Isso vale para avaliar belezas físicas ou belezas artísticas. E até avaliar artisticamente um profissional do ramo. No meu caso a avaliação seria totalmente amadora e muito, muito pessoal. Por exemplo, eu amo o Jack Nicholson e o Morgan Freeman. Amo de paixão e olho qualquer filme estrelado por eles. Pode ser até aquele filme que o povo todo diz que é uma bosta, eu dou cartaz sim, dou audiência mesmo. Já Jim Carey... Entenderam? O meu gosto pessoal não influencia nem é influenciado pelo gosto dos outros, aliás, nem mesmo pelas críticas profissas. Se gosto gosto e ponto final!
É a mesma coisa com desenho, pintura, escultura e por aí a fora! Não vou discutir se é ou não arte, se é ou não bonito, apenas acho que a ARTE NÃO DEVE NUNCA SER PROIBIDA.
Eu não gosto de filmes pornôs. Já digo assim, não vi nenhum mais de 15 minutos, se é que chegou a tal, acho escroto e fora da realidade. Acho uma bosta mesmo e não sinto nenhuma excitação. Mas não acho que devam ser proibidos. Os filmes que são feitos pela indústria, não aquelas gravações que são jogadas na internet por homem escroto e machista para expor a mulher, ou por pedófilos que ficam trocando experiências. Estes devem ser proibidos e os culpados punidos com rigor.
Não li 50 tons de cinza, por exemplo, mas não é o tipo de leitura erótica que me agrada. Sou muito mais Zélia Gattai em Crônicas de uma namorada, ou Jorge Amado ou Izabel Allende ou meu amado Gabo. Existe muito tesão na escrita destes últimos e está presente em vários livros. Livros que tem histórias além da f*da. Histórias próximas da realidade. No caso do Gabo histórias de um realismo fantástico! Não preciso do empresário engomadinho que exerce poder sobre uma jovem inexperiente e com visíveis sintomas de abuso. Mas não passou nunca na minha cabeça proibir qualquer livro por retratar amor, sexo ou a vida de uma forma diferente do que eu penso.
Também não vou ofertar qualquer filme, livro, série ou peça de teatro para qualquer dos meus sobrinhos sem analisar se eles tem capacidade de compreender aquela peça de ficão. Isso deveria ocorrer na casa de todo mundo. Tipo, crianças menores de 14 anos, não deveriam assistir big brother, na minha opinião. Talvez isso seja muito mais nocivo do que a exposição queer. Não que eu tenha achado alguma coisa bonita. Não achei! Mas compreender e avaliar a capacidade intelectual das crianças a respeito do que irão ver numa obra de arte é função dos pais. Mesmo que a escola convide para um passeio o estudante só vai com a permissão dos pais. Até hoje vai o bilhetinho pro pai ou a mãe assinar, dizendo quando, onde e do que se trata o passeio. Criar uma criança é dureza, requer disposição, interesse e muito boa vontade. Criar um sujeito crítico e que sabe a diferença entre o que é bom ou ruim, o que deve ou não ser feito é mais ainda. E é nossa obrigação. Os caráteres não são formados a partir, apenas do que dizemos que pode ou não pode, até porque eles testam os limites. Ele é formado pelo nosso exemplo. Não é dizer que não pode ver o sexy hot e ser pego no flagra. É explicar claramente, sem moralismo ou meias verdades porque não pode.
Nunca vou esquecer de uma vez assistindo uma propaganda de campanha contra Aids em que eu perguntei pra minha mãe o que era sexo oral. Eu devia ter uns oito, nove anos. Ela disse que eu ainda era muito nova pra saber e que quando eu fosse maior me explicaria. Eu aceitei a resposta porque ela não mentiu. Mas acabei descobrindo o que era em conversas com colegas, e no próprio colégio onde haviam várias campanhas contra a Aids. Atualmente pouco se vê falar sobre HIV/Aids na televisão, não há campanhas sistemáticas como havia na minha infância e adolescência. Não é por acaso que estejam sendo notificados tantos casos entre jovens. Porque está acontecendo? Não é pela ideia de que já existem remédios e agora a Aids não mata. Não é não! É porque não se fala, não se orienta, não tem campanha na televisão pra provocar o debate na mesa do jantar. É por isso! É porque surgiu um moralismo que dita que tudo é feio e errado, mas que como bem antigamente acontecia, o moralismo tá de cueca, porque a boca fala uma coisa e as atitudes mostram outra.
Tá faltando muita coerência por aí! Não quer que o filho aprenda com exposição que mostra sexo, pois bem, conversa com ele. Orienta, prepara pra vida. Essa é tua obrigação como pai ou mãe. Não fica achando que vai ter uma hora certa. A hora certa é quando o filho pergunta. O filho perguntou? Beleza, responde de forma simples o que tu achas que ele vai compreender. Geralmente eles se dão por satisfeitos. Se surgirem novas perguntas, responde. Não tem certeza se deve falar sobre aquele assunto ou não sabe um jeito mais light de falar dele, faz que nem a mãe, diz que quando ele for maior vai explicar. Só não foge do assunto. Não deixa pra escola, porque, na escola tá tudo sendo proibido. Se o livro mostra o aparelho reprodutor masculino as mães puritanas vão lá reclamar e dizer que a escola tá falando de pornografia. Se o boneco vem com pênis fazem campanha pra fechar a fábrica, se se fala em educação sexual e a escola entrega uma camisinha pras criaturinhas verem como é, os pais surtam e vão lá fazer protesto dizendo que a escola tá estimulando o sexo.
Para completar o pacote de como despreparar seu filho pra vida os pais não participam das reuniões, não conhecem os amigos dos filhos, não conversam e muitas vezes nem sabe onde os filhos estão porque estão muito ocupados no mundo deles. Quando acontece alguma coisa fica a pergunta a culpa é de quem? Quer levar pro culto, pra missa, pro centro espírita? Ótimo, leva, dou o maior apoio, se for da vontade deles ir, claro! Mas esclareça! Não cria teu filho como se ele estivesse numa redoma na qual está protegido, a vida não é assim, tu devia saber bem disso!
Termino com a seguinte conclusão, era uma exposição que não tinha quase nenhuma visibilidade, (pelo menos eu não tinha ouvido falar até o fechamento da mostra) agora tem. Por conta da pressão e do fechamento muitas mídias estão falando e mostrando as obras que tanto estão sendo criticadas. (Já pensou que teu filho já deve ter visto alguma delas???? )
Quem não ia ver porque não tinha interesse talvez tenha ficado bem curioso e resolva ver na internet. Aliás, outra cidade já se prontificou a receber a mostra. Então...

Fotos da internet achadas pelo google imagens

Nenhum comentário: