Eu não sou efusivamente positiva, tão pouco sou sonhadora. Na verdade eu acredito que o pensamento é sim um imã que atrai coisas boas e ruins, conforme a nossa freqüência. Mas não vivo como a Poliana fazendo o jogo do contente, embora racionalmente eu compreenda e entenda que tudo tem seu lado bom algumas coisas magoam fundo e não há pensamento positivo que diga o contrário até o tempo passar e levar com ele a tristeza.
Sendo assim me vejo como uma pessoa com o pé no chão, que crê que sonhar é importante e tem sonhos, mas que não vive deles. Até por que, como cantam uns artistas de rua aqui de Pelotas "quem vive de sonho é o padeiro e quem sonha que tá mijando, acorda mijado". De tudo isso o que me conforta é que no final das contas o saldo positivo é muito maior do que o negativo. Mesmo existindo mágoas e decepções. Há poucos dias eu tive uma decepção, magoou fundo, fiquei triste e tal. Me decepcionei comigo por ter avaliado tal pessoa de forma tão errada. Resolvi rever minhas atitudes, meu jeito e quero realmente mudar algumas coisas. Mas em relação a esta pessoa específica não encontrei pisada na bola de minha parte. Enxuguei as lágrimas e segui em frente.
Uma vez ou outra surge a situação da decepção, mas eu dissipo ela com a mão e penso no quanto estou feliz em rever um amigo que há dois anos eu não via. A verdade é que não podemos prever coisas que envolvam outras pessoas, pois suas reações são imprevisíveis. Eu sempre penso, quando uma situação assim acontece que o diálogo na frente do espelho é, na verdade um monólogo. O verdadeiro diálogo saí de dentro da cabeça de outra pessoa.
Então, num balanço rápido de final de ano posso dizer que ganhei muito mais do que perdi. Vivi momentos muito bons e alegres, concluí uma especialização e estou pensando em mestrado ou doutorado, reencontrei amigos, fiz outros novos, aprendi receitas novas, perdi alguns medos. Para o próximo ano até já tenho uma listinha com coisinhas para mudar, amigos para reencontrar, passeios para fazer, risadas para dar. As decepções, é claro, é possível que surjam. Mas o saldo de alegrias com certeza será maior.
Bom natal pra todos e um ano novo cheio de paz e muitas alegrias.
Contos de todo o tipo, historinhas da vida real, crônicas do cotidiano, contos, sonhos e desejos, todos mudando conforme as fases da lua.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Voltar pra escola
Quando me convidaram para fazer o técnico em Contabilidade eu pensei que seria muito chato voltar para uma sala de aula do "segundo grau". Imaginei que não me adaptaria por já ter passado pela faculdade e estar acabando uma pós-graduação em áreas totalmentes diferentes. Confesso que, algumas professoras me dão nos nervos e tratam a todos como crianças de pré-escolar. Mas alguns "coleguinhas" merecem.
Agora estou acabando o primeiro ano do técnico acreditava que teria muita dificuldade em aprender coisas como matemática, estatística e a própria contabilidade. Na verdade matemática ainda está sendo um caroço pra mim, tenho provas pra fazer ainda.
No entanto, o melhor de tudo foi voltar a estudar no mesmo colégio em que fiz parte do meu "primeiro grau", o fundamental de agora. Lembro dos colegas com quem compartilhei quatro anos da minha vida. Guris de quem gostei, amigos que fiz e que guardo no peito mesmo sem vê-los com freqüência. E agora, com o horário de verão chego na escola com os dias ainda claros e vejo aquele Ipê roxo (na verdade eu não sei se é ipê ou jacarandá, mas é um dos dois)florido, com suas florzinhas lilás azuladas e lembro das aulas de educação física, do recreio... tantas lembranças! Não resisti e tiri uma foto de um cantinho especial, da árvore. No muros de um lado ficavam alguns dos guris o Sandro, o Emerson, o Endrigo, o Pichê. Do outro ficava o Marcelo - "Pixote" e a turminha dele. Na quadra de futebol o Jeferson e a turminha dele sempre jogando bola. Na de volei era o Cristiano, o Juliano, o Carlos, o Geléia. Onde eu e minhas amigas ficávamos agora é uma espécie de arquibancada.
A escola tá um pouco diferente, mas no fundo é o Pedro Osório e suas histórias de fantasmas no auditório, de pessoas em forma de espírito nos corredores e aparições do próprio coronel Pedro Osório nos vidros.
Um amigo meu, professor, outro dia comentou que os alunos hoje em dia parecem uns selvagens. Eu mexi com ele que eram "selvagens sem motocicleta". Pensem em como chocou a "juventude transviada" do James Dean e os "selvagem da motocicleta" com Marlon Brando. Agora potencialize isso. Dê uma carga de violência, de falta de limites, de liberalidade, de descontrole. Estes são os alunos de hoje. Não a culpa não é só dos professores, é dos pais também. Os pais deixam os filhos para serem educados na escola, lá eles vão para se instruir, educação, respeito, limites tem que ser dados em casa. Uma das minhas professoras também estava comentando em como as crianças são revoltadas, agressivas, desobedientes. Eu imagino que pra ela deva ter sido horrível, pois se na nossa aula, como todos adultos se alguém fala ela já manda fazer silêncio, imaginem numa sala de segunda série? O mais engraçado foi ela dizendo que não podia liberar os alunos e não tinha como controlá-los em sala de aula, daqui a pouco um disse que ia sair, ela disse que não e ele ameaçou que se jogaria da janela e diria que a professora tinha empurrado ele. Aí de mim se respondesse pra professora! Como dizem aqui pro sul,"o pau comia", levava umas boas palmadas e ficava de castigo.
Mas agora não pode existir castigo assim. Os professores praticamente não podem corrigir os alunos. O que se pode esperar?
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Passante
Tem coisas que eu acho que só acontecem comigo. Passar na rua e ser abordada ou seguida por alguém por exemplo. Não são muitas as pessoas que comentam este tipo de história, mas comigo acontece sempre. Conheci meu amigo Miguel assim, eu estava na fila do banco e ele mais na frente. Depois de ser atendido ele saiu e ficou numa loja em frente observando a mim e fingindo olhar uma vitrina. Quando eu saí do banco ele foi atrás de mim.
Logo na primeira quadra eu vi que aquele moço, com uma gravata vermelha estava me seguindo, mas deixei pra lá. Até que chegou perto do prédio onde eu trabalhava. Virei para trás e dei-lhe um susto perguntando se ele estava me seguindo. Foi engraçado. O Miguel ficou bem desconcertado, disse que não estava me seguindo e que morava li por perto e se foi.
De noite nos encontramos na faculdade. O mais engraçado foi que eu o vi no exato momento em que contava pra minha amiga Ana Paula que havia sido seguida. Ele veio falar comigo e aí acabamos ficando amigos.
Ontem me aconteceu algo parecido. Passei por um cara na rua. Eu a pé, ele de bicicleta. Apenas olhei e segui, ele não me despertou nenhum interesse. Mas o cara voltou, chama-se Fernando. Não falamos nada de importante, ele queria o número do meu telefone ou msn e eu não quis dar. Daí, para acabar o assunto peguei o número do celular dele. Fato é que o interessante é que eu estava pensando em algumas coisas que não foram resolvidas na minha vida e entre estas coisas estão algumas relacionadas a amor, a namoros e casos que não foram sequer acabados. Situações pelas quais passei e que vez por outra ainda doem um pouquinho. então, no meio daquele monte de cantadas velhas e ultrapassadas ele diz: "pensa bem, caso teu namorado ou marido pise na bola, não que eu queira isso, mas pensa, que se ele não quiser, tem quem queira!"
Este não é meu ditado popular preferido, tenho dois que me acompanham há muito tempo, mas este me fez pensar. Pensar nos momentos que perdi o sono e que fiquei tentando achar uma explicação para as coisas inexplicáveis que aconteciam, nos sumiços inesperados, nos telefonemas de retorno após meses sem uma palavra. Nestes casos eu nunca sei o que fazer ou como agir.
Acabo fazendo como sempre, sou apenas uma passante.
Logo na primeira quadra eu vi que aquele moço, com uma gravata vermelha estava me seguindo, mas deixei pra lá. Até que chegou perto do prédio onde eu trabalhava. Virei para trás e dei-lhe um susto perguntando se ele estava me seguindo. Foi engraçado. O Miguel ficou bem desconcertado, disse que não estava me seguindo e que morava li por perto e se foi.
De noite nos encontramos na faculdade. O mais engraçado foi que eu o vi no exato momento em que contava pra minha amiga Ana Paula que havia sido seguida. Ele veio falar comigo e aí acabamos ficando amigos.
Ontem me aconteceu algo parecido. Passei por um cara na rua. Eu a pé, ele de bicicleta. Apenas olhei e segui, ele não me despertou nenhum interesse. Mas o cara voltou, chama-se Fernando. Não falamos nada de importante, ele queria o número do meu telefone ou msn e eu não quis dar. Daí, para acabar o assunto peguei o número do celular dele. Fato é que o interessante é que eu estava pensando em algumas coisas que não foram resolvidas na minha vida e entre estas coisas estão algumas relacionadas a amor, a namoros e casos que não foram sequer acabados. Situações pelas quais passei e que vez por outra ainda doem um pouquinho. então, no meio daquele monte de cantadas velhas e ultrapassadas ele diz: "pensa bem, caso teu namorado ou marido pise na bola, não que eu queira isso, mas pensa, que se ele não quiser, tem quem queira!"
Este não é meu ditado popular preferido, tenho dois que me acompanham há muito tempo, mas este me fez pensar. Pensar nos momentos que perdi o sono e que fiquei tentando achar uma explicação para as coisas inexplicáveis que aconteciam, nos sumiços inesperados, nos telefonemas de retorno após meses sem uma palavra. Nestes casos eu nunca sei o que fazer ou como agir.
Acabo fazendo como sempre, sou apenas uma passante.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
"Com açúcar, com afeto"
Com açúcar, com sal, com pimenta, com manjericão, orégano, enfim... acredito que cozinhar é um ato de amor. Um ato singelo, onde o "amador" pode colocar todo o seu amor, seu carinho, mesmo que não curta muito cozinhar, como acontece com a minha mãe. É um carinho, um cuidado.
E cozinhar para quem se ama é um pouco como cozinhar no domingo. A comidinha caseira do dia-a-dia é corrida, sem tanta elaboração no cardápio. Já a de domingo é preguiiiçosa, não tem horário, pode ser curtida passo-a-passo em fogo brando, com experimentações diversas. E vai além do arroz e feijão cotidiano, tem sempre algum petisco, um prato principal do agrado de todos e o gran finale que é aquela sobremesa caprichada, com muito açúcar e muito afeto.
Pra falar a verdade, até o café da tarde que geralmente é um pãozinho com manteiga, no domingo tem um sabor especial. A gente sempre inventa um bolinho de cenoura pra acompanhar o "café preto passadinho na hora", ou um pão de queijo, bolachinhas amanteigadas que derretem na boca.
Como a preparação para o amor. Começa com a organização da "cozinhação", abre-se as janelas para o vapor sair e junto com ele aquele cheiro bom de comida no fogo. Separa-se os ingredientes, mede-se o tempo para que, quando o convidado especial chegue esteja tudo adiantado e a gente possa conversar um pouquinho, tomar um vinho e fazer umas poses perto do caldeirão, digo, da panela. Todos os temperos são importantes, mas o capricho e o carinho na mistura dos ingredientes são essenciais.
Não pode existir medo de errar, nem de alterar a receita, tampouco de substituir ingredientes, devemos seguir os instintos, exatamente como no amor.
No final, é só saborear os pratos e ouvir os elogios. Ah! E não esqueça, o melhor elogio é o prato vazio e deixe pra lá aquela história de que o melhor tempero é a fome. No próximo post coloco umas receitas de prato principal e sobremesa.
E cozinhar para quem se ama é um pouco como cozinhar no domingo. A comidinha caseira do dia-a-dia é corrida, sem tanta elaboração no cardápio. Já a de domingo é preguiiiçosa, não tem horário, pode ser curtida passo-a-passo em fogo brando, com experimentações diversas. E vai além do arroz e feijão cotidiano, tem sempre algum petisco, um prato principal do agrado de todos e o gran finale que é aquela sobremesa caprichada, com muito açúcar e muito afeto.
Pra falar a verdade, até o café da tarde que geralmente é um pãozinho com manteiga, no domingo tem um sabor especial. A gente sempre inventa um bolinho de cenoura pra acompanhar o "café preto passadinho na hora", ou um pão de queijo, bolachinhas amanteigadas que derretem na boca.
Como a preparação para o amor. Começa com a organização da "cozinhação", abre-se as janelas para o vapor sair e junto com ele aquele cheiro bom de comida no fogo. Separa-se os ingredientes, mede-se o tempo para que, quando o convidado especial chegue esteja tudo adiantado e a gente possa conversar um pouquinho, tomar um vinho e fazer umas poses perto do caldeirão, digo, da panela. Todos os temperos são importantes, mas o capricho e o carinho na mistura dos ingredientes são essenciais.
Não pode existir medo de errar, nem de alterar a receita, tampouco de substituir ingredientes, devemos seguir os instintos, exatamente como no amor.
No final, é só saborear os pratos e ouvir os elogios. Ah! E não esqueça, o melhor elogio é o prato vazio e deixe pra lá aquela história de que o melhor tempero é a fome. No próximo post coloco umas receitas de prato principal e sobremesa.
Que língua falo eu?
Minha mãe costuma dizer que devo ser mais serena, deixar a agressividade contida no meu tom de voz de lado, excluí-la da minha vida. Talvez por conter esta "violência" na locução das palavras é que me sinto mais a vontade para exprimir meus sentimentos através da escrita. Sei que quando escrevo utilizo bem a ironia, que é realmente um recurso do qual faça bastante uso; e até mesmo alguma doçura e coração.
Mas tem gente que não me entende. Enquanto minha mãe e eu pensamos de forma muito parecida, embora a gente discorde em algumas coisas, a maioria das pessoas com quem o meu convívio é ralo não entende o que eu digo. As pessoas são capazes de brincar comigo e jamais reconhecer quando eu faço uma brincadeira.
Depois de um afastamento forçado entre um amigo e eu, forçado por ele, vamos deixar claro, nós nos reencontramos. Confesso que sou bem implicante, fato em que somos parecidos pois ele também o é, mesmo depois de várias semanas sem falar comigo. Após este reencontro, senti que poderia escrever pra ele um depoimento, dizendo como gosto dele, mas não diretamente. Pensei em utilizar um pouco de ironia e humor no que escrevi. Só que ele entendeu tudo como uma crítica pessoal.
Resultado de tudo isso, não sei que língua eu falo. Deve ser algum dialeto ou algum idioma morto há milhares de anos, daqueles que pouquíssimos arqueólogos conhecem e que só o conhecem por ser parte do trabalho. Pode ser por isso que eles se vão sem dizer tchau. Vai saber!
Mas tem gente que não me entende. Enquanto minha mãe e eu pensamos de forma muito parecida, embora a gente discorde em algumas coisas, a maioria das pessoas com quem o meu convívio é ralo não entende o que eu digo. As pessoas são capazes de brincar comigo e jamais reconhecer quando eu faço uma brincadeira.
Depois de um afastamento forçado entre um amigo e eu, forçado por ele, vamos deixar claro, nós nos reencontramos. Confesso que sou bem implicante, fato em que somos parecidos pois ele também o é, mesmo depois de várias semanas sem falar comigo. Após este reencontro, senti que poderia escrever pra ele um depoimento, dizendo como gosto dele, mas não diretamente. Pensei em utilizar um pouco de ironia e humor no que escrevi. Só que ele entendeu tudo como uma crítica pessoal.
Resultado de tudo isso, não sei que língua eu falo. Deve ser algum dialeto ou algum idioma morto há milhares de anos, daqueles que pouquíssimos arqueólogos conhecem e que só o conhecem por ser parte do trabalho. Pode ser por isso que eles se vão sem dizer tchau. Vai saber!
Dia das bruxas
Embora venha da cultura americana, a qual não aprecio muito, gosto da Wicca. Toda a ideologia das bruxas, que vem da união das pessoas com a natureza e do respeito pelas coisas da Grande Deusa mexem muito comigo. Gosto e acredito que tudo é energia, que tem magia e uma razão de ser. Principalmente em relação a própria natureza as plantas, aos animais, aos quatro elementos. Creio que quem cresce sendo educado dentro desta filosofia dá muito mais valor a tudo que o cerca, consegue enxergar o outro como realmente parte de si, merecedor de amor.
A magia não está apenas em realizar rituais, está em cada momento do nosso dia-a-dia, desde o momento em que abrimos a janela do quarto para a luz e a energia do sol entrar. Portanto, aproveite estas maravilhas que a grande mãe nos dá de graça.
A magia não está apenas em realizar rituais, está em cada momento do nosso dia-a-dia, desde o momento em que abrimos a janela do quarto para a luz e a energia do sol entrar. Portanto, aproveite estas maravilhas que a grande mãe nos dá de graça.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Eles vão sem dizer adeus
Eu já tinha começado este post, falando de como é estranho acabar um relacionamento sem que as partes realmente o acabem. Comigo as coisas são assim, os homens vão embora sem dar tchau, alguns reaparecem tempos depois com um novo corte de cabelo, casados e até com filhos e comportam-se como aqueles amigos que foram no passado. Não tenho o que reclamar destes, ou deste, acho que foi apenas um. Ele sumiu sem dar notícias, mas quando voltou foi tão amigo como nunca teria sido se não tivessemos aquele passado em comum.
Durante muito tempo estes sumiços me causavam dor. Na verdade alguns ainda causam, mais pela espectativa que eu mesma criei sobre aqueles relacionamentos que existiam apenas na minha cabeça.
Mas isto vem de longe, desde meus primeiros passos no mundo dos amores. No primário eu tive um "namorado", exatamento como aqueles que tu deves ter tido, se nasceste no século passado, ou seja, pessoas que nasceram antes da década de 90. Eu estava na segunda série, portanto com sete anos. Eu tinha três colegas que diziam gostar de mim, o Cristiano e dois Leonardos. Eles cantavam pra mim na hora do recreio, conversavam comigo na sala de aula, até que resolveram que eu tinha que decidir com quem ia "namorar". Argumentei que não podia namorar, que meus pais não deixavam e nós éramos crianças. Não adiantou. Então eu resolvi que gostava do Cristiano. Como símbolo do nosso compromisso eu dei a ele um anel, que tinha um pé. Não sei quanto tempo este pseudo namoro durou, porque quando somos crianças o tempo parece imeenso e agora me parece que devem ter sido poucos dias. Mas enfim, ele me devolveu o anel, acabou o nosso relacionamento porque estava gostando de uma prima e iria namorar com ela. Foi o primeiro namoro que tive e ele acabou comigo. Na verdade, lembro que quando ele me devolveu o anel eu nem fazia idéia de que aquele anel estava com ele, não recordava que éramos namorados "com compromisso".
Hoje, fecho os olhos e tento lembrar dele, loirinho de olhos azuis, completamente diferentes dos homens que namorei e pelo tipo físico por quem me sinto atraída. Mas ele foi super honesto comigo, disse que ia namorar outra, devolveu o anel que tinha lhe dado e o qual a prima queria ficar.
Depois disso, durante um longo tempo, até a adolescência ocupava meu tempo livre com ídolos como o Dominó, os Menudos e o New Kids on The Block. Tinha muitos amigos no colégio, mas meu coração era ocupado pelo Nil do Dominó e não sobrava espaço pra mais ninguém. Se bem que... tinha um cantinho que era do Alexandre Godinho, mas eu nunca admiti isso pra ele, nem pra ninguém. Quando comecei a dividir minha atenção entre as estrelas e os guris reais, na adolescência, me apaixonava cada semana por um menino diferente. Minha mãe ficava doida comigo falando sobre o fulano. Aquilo durava alguns dias, de repente eu chegava triste, chorava trancada no quarto e no dia seguinte estava completamente seduzida por outro fulaninho.
Quando comecei mesmo a namorar ou a ficar, como queiram, geralmente era eu quem terminava. Ou porque o cara era um galinha e estava ficndo com outra ou porque eu já estava noutra.
Foi na idade adulta que eles começaram a ir embora sem dar tchau. Algo tipo vou: "vou ali comprar cigarros e já volto!", mas nunca mais voltavam. E a ferida ficava aberta, sendo remexida todo dia pelas lembranças e pelos planos e fantasias que eu havia tido sozinha. Com o meu primeiro namorado de verdade foi difícil, ele não foi "ali comprar cigarros". As coisas foram acontecendo de forma estranha, morávamos quilômetros de distância um do outro e eu, na sua ausência, resolvi que o melhor era acabar. Depois disso, foram alguma sucessões de sumiços e coisas mal resolvidas ou inacabadas.
Durante muito tempo estes sumiços me causavam dor. Na verdade alguns ainda causam, mais pela espectativa que eu mesma criei sobre aqueles relacionamentos que existiam apenas na minha cabeça.
Mas isto vem de longe, desde meus primeiros passos no mundo dos amores. No primário eu tive um "namorado", exatamento como aqueles que tu deves ter tido, se nasceste no século passado, ou seja, pessoas que nasceram antes da década de 90. Eu estava na segunda série, portanto com sete anos. Eu tinha três colegas que diziam gostar de mim, o Cristiano e dois Leonardos. Eles cantavam pra mim na hora do recreio, conversavam comigo na sala de aula, até que resolveram que eu tinha que decidir com quem ia "namorar". Argumentei que não podia namorar, que meus pais não deixavam e nós éramos crianças. Não adiantou. Então eu resolvi que gostava do Cristiano. Como símbolo do nosso compromisso eu dei a ele um anel, que tinha um pé. Não sei quanto tempo este pseudo namoro durou, porque quando somos crianças o tempo parece imeenso e agora me parece que devem ter sido poucos dias. Mas enfim, ele me devolveu o anel, acabou o nosso relacionamento porque estava gostando de uma prima e iria namorar com ela. Foi o primeiro namoro que tive e ele acabou comigo. Na verdade, lembro que quando ele me devolveu o anel eu nem fazia idéia de que aquele anel estava com ele, não recordava que éramos namorados "com compromisso".
Hoje, fecho os olhos e tento lembrar dele, loirinho de olhos azuis, completamente diferentes dos homens que namorei e pelo tipo físico por quem me sinto atraída. Mas ele foi super honesto comigo, disse que ia namorar outra, devolveu o anel que tinha lhe dado e o qual a prima queria ficar.
Depois disso, durante um longo tempo, até a adolescência ocupava meu tempo livre com ídolos como o Dominó, os Menudos e o New Kids on The Block. Tinha muitos amigos no colégio, mas meu coração era ocupado pelo Nil do Dominó e não sobrava espaço pra mais ninguém. Se bem que... tinha um cantinho que era do Alexandre Godinho, mas eu nunca admiti isso pra ele, nem pra ninguém. Quando comecei a dividir minha atenção entre as estrelas e os guris reais, na adolescência, me apaixonava cada semana por um menino diferente. Minha mãe ficava doida comigo falando sobre o fulano. Aquilo durava alguns dias, de repente eu chegava triste, chorava trancada no quarto e no dia seguinte estava completamente seduzida por outro fulaninho.
Quando comecei mesmo a namorar ou a ficar, como queiram, geralmente era eu quem terminava. Ou porque o cara era um galinha e estava ficndo com outra ou porque eu já estava noutra.
Foi na idade adulta que eles começaram a ir embora sem dar tchau. Algo tipo vou: "vou ali comprar cigarros e já volto!", mas nunca mais voltavam. E a ferida ficava aberta, sendo remexida todo dia pelas lembranças e pelos planos e fantasias que eu havia tido sozinha. Com o meu primeiro namorado de verdade foi difícil, ele não foi "ali comprar cigarros". As coisas foram acontecendo de forma estranha, morávamos quilômetros de distância um do outro e eu, na sua ausência, resolvi que o melhor era acabar. Depois disso, foram alguma sucessões de sumiços e coisas mal resolvidas ou inacabadas.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Caipirinha de maracujá
Eu invento algumas receitas de vez enquando. Não só de bebida como também de comidas e doces. a justo dizer que eu não inventei a caipirinha de maracujá, vi a Fafá de Belém falando dela e fiz a minha que é assim:
Bate a polpa de um maracujá no liquidificador com 4 colheres de sopa de açúcar, acrescenta-se meia garrafa de cachaça. É claro que a quantidade de açúcar e canha fica ao gosto do bebedor, pois as mulheres, em sua maioria preferem bebidas doces, enquanto os homens preferem as mais fortes. Eu prefiro bebida forte e não muito doce. Isso vale pra caipira, pra café, para os vinhos que devem ser brancos e secos, na minha opinião.
Ah! Eu acho sim que sexo e boa mesa tem tudo a ver. Pois em geral, tirando as anorexas que não comem nunca, ambos andam juntos. Não necessariamente nesta mesma ordem.
Bate a polpa de um maracujá no liquidificador com 4 colheres de sopa de açúcar, acrescenta-se meia garrafa de cachaça. É claro que a quantidade de açúcar e canha fica ao gosto do bebedor, pois as mulheres, em sua maioria preferem bebidas doces, enquanto os homens preferem as mais fortes. Eu prefiro bebida forte e não muito doce. Isso vale pra caipira, pra café, para os vinhos que devem ser brancos e secos, na minha opinião.
Ah! Eu acho sim que sexo e boa mesa tem tudo a ver. Pois em geral, tirando as anorexas que não comem nunca, ambos andam juntos. Não necessariamente nesta mesma ordem.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Silêncios que machucam
Ela não quer ouvir o silêncio do telefone, nem o tic-tac do relógio lhe dizendo que os minutos passam incansáveis. Tentando conter o fluxo de pensamentos que lhe fazem sofrer com a falta de seu homem liga o rádio. Mas a música só lhe dá mais gana de gritar e chorar. Então, começa a limpar a casa, liga o aspirador e deixa que o barulho do eletrodoméstico invada o espaço. Desde a adolescência é assim, se algo lhe torna triste, arruma os armários, limpa a casa, lava os vidros, tira o pó, como se a ação de limpar, limpasse sua mente, seu coração e tirasse toda a "sujeira" acumulada no peito.
O cansaço físico também ajudava a amortecer aquela tristeza chata que teimava e persistia.
Mesmo sem querer olha ansiosa para o relógio do celular, pensando o que acontece com ele há alguns quilômetros dali. Será que também pensa nela nem que seja uma vez, um minuto de seu dia?, pergunta-se. E ela sabe que sim, talvez o pensamento que ele devote a ela não seja cheio de carinho como ela romanticamente espera, mas já é algo.
Para ela a noite havia sido difícil, além de não ter notícias dele, teve sucessivos pesadelos. Coisa que não sabe entender.
Depois de arrumar a casa, tendo sido atacada muitas vezes pelas lembranças dele procura algo que lhe distraia. Pedala a máquina de costura, qualquer coisa que não lhe deixasse escutar as batidas de seu coração que vez ou outra acelerava-se na esperança vã de que ele bateria em sua porta ou ligaria para ouvir sua voz.
Seus olhos inundam-se de lágrimas e seu corpo queima. Um banho quente pode me dar algum conforto, espantar o frio que faz com que meu corpo se encolha e doa, pensa. Mais uma vez tenta respirar fundo e sufocar a vontade de chorar que lhe vem. Tenta respirar sim porque que inspirar e expirar o ar lhe dói. Chega o momento em que acredita que ligará pra ele fazendo cobranças e perguntando, afinal de contas o que está acontecendo? Instantes depois tenta se convencer de que está deixando seus pensamentos irem longe demais e que na verdade deve ser mais paciente.
Enche a banheira. Tira a roupa lentamente lembrando que junto dele passa muito tempo sem roupa. Coloca as mãos na água para ver a temperatura e mergulha de olhos fechados. Sente o corpo envolto pelo quentinho do banho. Acaricia se com a bucha vegetal contornando firme os seios. Desliza sua mão até a vagina e com movimentos muitos leves a massageia. Sente o tesão tomando conta do seu corpo arrepiado, os tugidos e a respiração ofegante. Goza suavemente com movimentos muito leves. Fica na água até sentir que começa a esfriar.
Agora mais tranqüila procura uma receita nova para o jantar. Mas o silêncio continua lhe machucando.
O cansaço físico também ajudava a amortecer aquela tristeza chata que teimava e persistia.
Mesmo sem querer olha ansiosa para o relógio do celular, pensando o que acontece com ele há alguns quilômetros dali. Será que também pensa nela nem que seja uma vez, um minuto de seu dia?, pergunta-se. E ela sabe que sim, talvez o pensamento que ele devote a ela não seja cheio de carinho como ela romanticamente espera, mas já é algo.
Para ela a noite havia sido difícil, além de não ter notícias dele, teve sucessivos pesadelos. Coisa que não sabe entender.
Depois de arrumar a casa, tendo sido atacada muitas vezes pelas lembranças dele procura algo que lhe distraia. Pedala a máquina de costura, qualquer coisa que não lhe deixasse escutar as batidas de seu coração que vez ou outra acelerava-se na esperança vã de que ele bateria em sua porta ou ligaria para ouvir sua voz.
Seus olhos inundam-se de lágrimas e seu corpo queima. Um banho quente pode me dar algum conforto, espantar o frio que faz com que meu corpo se encolha e doa, pensa. Mais uma vez tenta respirar fundo e sufocar a vontade de chorar que lhe vem. Tenta respirar sim porque que inspirar e expirar o ar lhe dói. Chega o momento em que acredita que ligará pra ele fazendo cobranças e perguntando, afinal de contas o que está acontecendo? Instantes depois tenta se convencer de que está deixando seus pensamentos irem longe demais e que na verdade deve ser mais paciente.
Enche a banheira. Tira a roupa lentamente lembrando que junto dele passa muito tempo sem roupa. Coloca as mãos na água para ver a temperatura e mergulha de olhos fechados. Sente o corpo envolto pelo quentinho do banho. Acaricia se com a bucha vegetal contornando firme os seios. Desliza sua mão até a vagina e com movimentos muitos leves a massageia. Sente o tesão tomando conta do seu corpo arrepiado, os tugidos e a respiração ofegante. Goza suavemente com movimentos muito leves. Fica na água até sentir que começa a esfriar.
Agora mais tranqüila procura uma receita nova para o jantar. Mas o silêncio continua lhe machucando.
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