segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Procura-se um príncipe

Ontem estava olhando o fantástico, coisa que não faço quase nunca, mas com o temporal que se formava por aqui todos os outros canais de tevê saíram do ar. Esclareço, não assisto dito programa porque não há mais notícias, apenas variedades, uma liga para ajudar mulheres com problemas, entradas ao vivo para falar do novo reality show, debates sobre as cenas polêmicas das novelas da emissora, futebol e esportes, enfim mil informações que podem até ser importantíssimos para uns, mas que de um modo geral podem muito bem ficar naquela área da memória temporária e ser completamente descartada daqui há algumas horas. Então estava lá esperando que eles falassem da música de Raul Seixas que seria exibida pela primeira vez na televisão e a dita liga das mulheres estava empenhada em ajudar uma moçoila que quer casar. A moça não encontrou ninguém, apesar da mulherada da liga encontrar dois bons partidos para ela, caras bonitões, com vida estável, emprego e que ficaram afim dela. Mas ela... Ela está a procura de um príncipe. Sua ânsia é pela perda da fala, o suor nas mãos, o fogo nas entranhas, o coração acelerado e, claro, não pode ser paixão se não houver as borboletas no estômago.
Na minha visão ela não fez uma boa coisa. Não fez porque quando a gente busca uma paixão assim, um amor de filme romântico, não dá pra ir procurar num programa de tevê, com gente dando palpite. A gente tem que estar com os olhos bem abertos, com os sentidos estimulados para não só ver, mas sentir tudo. E daí a mulher, esta que busca o príncipe, padece de um mal que é trabalhar demais e não gostar de sair. Por isso, depois de um dia exaustivo ela vai pra casa e fica horas assistindo filmes de amorr. Eu também faço isto, mas tenho consciência de que meu amor verdadeiro não vai bater na minha porta, porque a vida não é um filme com diretor que diz que é assim que as coisas vão acontecer afinal está no roteiro.
Vá lá que ela não goste de balada, ninguém é obrigado a gostar e eu até acredito que em balada não seja o local mais adequado para encontrar alguém para um "compromisso" como ela quer. Mas uma caminhada, cinema, sair com amigos, se divertir consigo é o princípio. Quem não gosta de si, não consegue fazer com que outra pessoa goste.
Acho que ela precisa colocar o pé no chão, conscientizar, não sou a Meg Ryan e o Nicolas Caige não vai deixar de ser anjo pra ficar comigo. Agora vou procurar um cara de verdade, carne e osso, com qualidades maravilhosas e defeitos irritantes. Ela deve continuar a querer as borboletas no estômago, só que talvez procurar não seja a melhor estratégia. Mas tem que ser vista, circular, aparecer, afinal, diz o ditado "quem não é visto, não é lembrado".

2 comentários:

Nina disse...

Mas o que mt gente quer é aparecer né Leli? quem sabe assim, depois do fantástico, ela ache alguém?
Mas sabe, a gente nao acha alguém, é alguém que acha a gente, vc tem razão, correr atrás e ficar sonhando com um romantismo que não existe, não dá, é bobagem, mas é fato que tem que estar aberto ao novo. Tem que sair, tem que colocar prioridades, tem que sorrir pra vida, mesmo!!! tem que andar de sorriso no rosto, tem que ter mais que beleza. Tem que ter conhecimento, tem que viajar, passear. tem que ler. tem que sair de frente da tv/pc um pouco, tem que abrir a porta mesmo...
e principalmente, abrir o coracão e entender que definitivamente, príncipes perfeitos NĀO existem!

Léli disse...

Concordo contigo Nina, alguém acha a gente.
Beijão e brigada pela vistia, volte sempre