_Nossa história de amor podia ter começado assim: "De tanto levar frechada do teu olhar/ Meu peito até parece sabe o quê?/Táubua de tiro ao álvaro/Não tem mais onde furar/Táuba de tiro ao álvaro/Não tem mais onde furar [...]", disse ela sorrindo.
Ele pensativo respondeu, olhando nos olhos, como naquele dia:
_É? Foi meu olhar que te frechou????
_Sim, eu nem estava pensando em nada, tinha entrado no boteco para beber com os amigos, dar umas risadas e só...
Enquanto falava lembrava mentalmente do que sentiu quando viu seus olhos verdes sorrindo pra ela. Mas, na verdade a música que fazia com que ela lembrasse dele era "quem te viu, quem te vê". Ela virou para ele e não o viu na velha cadeira de balanço. Erguia-se do sofá, com um pouco de dificuldade quando escutou a voz do Chico cantarolando "Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala/Você era a favorita onde eu era mestre-sala/Hoje a gente nem se fala mas a festa continua/Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua".
Seu amor vinha, os pés arrastando as pantufas sovadas, pegou-a pela mão e foi até o centro da sala. Enlaçou seu corpo em posição de dança, aproximou-se dela. Beijou-a na testa e perguntou:
_Lembra desta minha véia?
Ela não respondeu, apenas sorriu. Então ele questionou:
_Tu gosta de Chico?
Ala não conteve a gargalhada frouxa.
Então, pela primeira vez, em 50 anos de união ele dançou com ela...
Ela olhou para o amado, já de cabelos e barba branca e percebeu que no cantinho do olho corria uma lágrima e falou:
_Adoro Chico e te amo, pra sempre!
Contos de todo o tipo, historinhas da vida real, crônicas do cotidiano, contos, sonhos e desejos, todos mudando conforme as fases da lua.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
"Eu te amo, não esquece nunca!"
Cansada de sofrer por um amor não correspondido resolveu botar um ponto final. Não dava para continuar sofrendo! As palavras que disse ao amado serviam mais para si própria do que para ele, que não sofria qualquer culpa, que não compartilhava das dúvidas e dos medos dela. A intimidade dos dois serviu como ponto de partida para entrar no assunto, que para ela, a cada palavra proferida se tornava mais difícil.
Acabou seu discurso aos prantos, desculpou-se por não ser tão livre como gostaria de ser. Cada frase lhe batia de volta como um bumerangue.
_Te amo, mas não posso continuar ficando contigo... não te cobro nada... e sei que teu amor por mim é diferente... sei que não tens intenção de mais nada além do que já dizia Cazuza 'sexo e amizade'... cobro demais é de mim mesma, que não quero sentir o que sinto para não te cobrar o que não devo... nem posso.
Tudo foi dito sem intervalo, sem tempo para réplicas. Ele não deveria dizer nada. Como aconteceu diante do espelho, ninguém retrucou. Foi seguindo, ou pensava que seguia, o roteiro imaginado. Mas ele não poderia dizer nada. Tocá-la menos ainda. Sentir o calor de suas mãos seria covardia demais. Com certeza esqueceria o roteiro, os planos e a decisão definitiva que havia tomado de mudar a situação. Aquele momento era a virada de mesa para ela. O agora ou nunca!
Como previsto ele deixou que ela falasse compulsivamente. Ouviu com atenção os argumentos e ficou os olhos nos olhos dela. Crispou a sobrancelha quando lhe perguntou se ela tinha mesmo segurança de que não queria mais amá-lo, mesmo que sem compromisso, mesmo que apenas uma vez lá que outra? Ela seguiu firme na decisão apesar das lágrimas rolando pelo rosto e a voz fraca que quase não saia.
Ele segurou sua mão trêmula e disse que para ele tudo aquilo era loucura, deveriam continuar como estavam. Ele também a amava e ela sabia.
Ela ergue-se do chão aonde estava sentada e disse que sabia de tudo o que ele estava falando, que acreditava em tudo, por mais incrível que parecesse e embora suas amigas, sua mãe e até ela mesma lhe dissessem que deveria esquecer o que um dia aconteceu entre eles.
_Sempre terei este amor em mim. És parte de mim, mas quero outras coisas.
Ele replicou duro:
_Queres casar? E completou a pergunta com um sorriso irônico.
Ela ficou ferida demais para responder ao sarcasmo. Disse apenas que não sabia, talvez casasse ou não. Não sabia o que queria, sabia apenas que não queria aquela situação.
_Não quero ser objeto apenas de desejos, não quero ser confidente . Não quero mais ouvir o homem que eu amo falando de outras mulheres. Não quero mais não saber afinal de contas o que sou tua, o que somos nós!
O rapaz manteve-se sério, sentado olhando para ela de pé diante dele. Houve um momento de silêncio. Apenas os olhos vermelhos dela pousados, agora com serenidade, nos olhos dele, quase indiferentes.
_Vou embora...
Foi saindo, deixando para trás toda a angústia que viera carregando. Enxugou o rosto. Olhou no espelho do hall e cerrou a porta sem olhar para trás.
Saiu com a certeza de que tu voltara a ser como antes do primeiro beijo que trocaram. Ficou livre daquela dor disfarçada de amor. Sabia que aquilo não era o que buscava. Desespero, incerteza, angústia, dor, nada, nada daquilo foi parecido com o amor que já havia sentido. Cogitava muitas hipóteses e teorias, como era costumeiro. Talvez doesse tanto porque não era correspondida como desejava. Não sabia, não fazia ideia! Também não tinha a menor importância.
Não precisou pensar em como seria o próximo encontro com ele pois demoraria alguns meses, já que ele iria viajar por mais de um mês. Durante este tempo, os dias passaram claros, calmos. No retorno, logo procurou por ela. Marcou um encontro, um café, um conhaque, mas ainda naquele dia. Antes de desligar disse solene...
_"Eu te amo! Não esquece nunca!"
Do outro lado ela sorriu vitoriosa, embora já tivesse escutado a declaração, embora tenha sido ele o primeiro a usar o termo na relação, embora ela nunca tenha tido dúvida nas vezes anteriores... desta vez pareceu-lhe mais verídico, mais sincero. Apenas respondeu calma: _Eu também!
A noite optaram pelo conhaque. Conversaram muito, como de costume ele contou seus projetos, pediu conselhos. Surpreendeu quando perguntou para ela de seu coração. Não pode disfarçar a surpresa, pois ficou corada. Sem jeito respondeu:
_Esta bem, porque a pergunta?
_Quero saber de ti, me interesso, porque a estranheza?
_Nada, apenas me surpreendi, tu nunca perguntou sobre isto antes.
Caminharam lado a lado até a casa dela. Na despedida ele repetiu a declaração pela qual ela tanto ansiou escutar.
_"Eu te amo, não esquece nunca!"
Ela sorriu...
_Eu também...
Ele beijou -a na testa.. O beijo era o selo de autenticação.
Daquele dia em diante, depois que ela disse que não o queria mais, cada despedida era para ele a tentativa de reconquistá-la. Sua declaração a fazia sorrir sempre e sentir, como se finalmente tivesse atingido seu objetivo de ser amada por ele. Agora já não importava, mas era muito bom ouvir.
Teve certeza de ser amada quando resolveu não amá-lo mais.
Acabou seu discurso aos prantos, desculpou-se por não ser tão livre como gostaria de ser. Cada frase lhe batia de volta como um bumerangue.
_Te amo, mas não posso continuar ficando contigo... não te cobro nada... e sei que teu amor por mim é diferente... sei que não tens intenção de mais nada além do que já dizia Cazuza 'sexo e amizade'... cobro demais é de mim mesma, que não quero sentir o que sinto para não te cobrar o que não devo... nem posso.
Tudo foi dito sem intervalo, sem tempo para réplicas. Ele não deveria dizer nada. Como aconteceu diante do espelho, ninguém retrucou. Foi seguindo, ou pensava que seguia, o roteiro imaginado. Mas ele não poderia dizer nada. Tocá-la menos ainda. Sentir o calor de suas mãos seria covardia demais. Com certeza esqueceria o roteiro, os planos e a decisão definitiva que havia tomado de mudar a situação. Aquele momento era a virada de mesa para ela. O agora ou nunca!
Como previsto ele deixou que ela falasse compulsivamente. Ouviu com atenção os argumentos e ficou os olhos nos olhos dela. Crispou a sobrancelha quando lhe perguntou se ela tinha mesmo segurança de que não queria mais amá-lo, mesmo que sem compromisso, mesmo que apenas uma vez lá que outra? Ela seguiu firme na decisão apesar das lágrimas rolando pelo rosto e a voz fraca que quase não saia.
Ele segurou sua mão trêmula e disse que para ele tudo aquilo era loucura, deveriam continuar como estavam. Ele também a amava e ela sabia.
Ela ergue-se do chão aonde estava sentada e disse que sabia de tudo o que ele estava falando, que acreditava em tudo, por mais incrível que parecesse e embora suas amigas, sua mãe e até ela mesma lhe dissessem que deveria esquecer o que um dia aconteceu entre eles.
_Sempre terei este amor em mim. És parte de mim, mas quero outras coisas.
Ele replicou duro:
_Queres casar? E completou a pergunta com um sorriso irônico.
Ela ficou ferida demais para responder ao sarcasmo. Disse apenas que não sabia, talvez casasse ou não. Não sabia o que queria, sabia apenas que não queria aquela situação.
_Não quero ser objeto apenas de desejos, não quero ser confidente . Não quero mais ouvir o homem que eu amo falando de outras mulheres. Não quero mais não saber afinal de contas o que sou tua, o que somos nós!
O rapaz manteve-se sério, sentado olhando para ela de pé diante dele. Houve um momento de silêncio. Apenas os olhos vermelhos dela pousados, agora com serenidade, nos olhos dele, quase indiferentes.
_Vou embora...
Foi saindo, deixando para trás toda a angústia que viera carregando. Enxugou o rosto. Olhou no espelho do hall e cerrou a porta sem olhar para trás.
Saiu com a certeza de que tu voltara a ser como antes do primeiro beijo que trocaram. Ficou livre daquela dor disfarçada de amor. Sabia que aquilo não era o que buscava. Desespero, incerteza, angústia, dor, nada, nada daquilo foi parecido com o amor que já havia sentido. Cogitava muitas hipóteses e teorias, como era costumeiro. Talvez doesse tanto porque não era correspondida como desejava. Não sabia, não fazia ideia! Também não tinha a menor importância.
Não precisou pensar em como seria o próximo encontro com ele pois demoraria alguns meses, já que ele iria viajar por mais de um mês. Durante este tempo, os dias passaram claros, calmos. No retorno, logo procurou por ela. Marcou um encontro, um café, um conhaque, mas ainda naquele dia. Antes de desligar disse solene...
_"Eu te amo! Não esquece nunca!"
Do outro lado ela sorriu vitoriosa, embora já tivesse escutado a declaração, embora tenha sido ele o primeiro a usar o termo na relação, embora ela nunca tenha tido dúvida nas vezes anteriores... desta vez pareceu-lhe mais verídico, mais sincero. Apenas respondeu calma: _Eu também!
A noite optaram pelo conhaque. Conversaram muito, como de costume ele contou seus projetos, pediu conselhos. Surpreendeu quando perguntou para ela de seu coração. Não pode disfarçar a surpresa, pois ficou corada. Sem jeito respondeu:
_Esta bem, porque a pergunta?
_Quero saber de ti, me interesso, porque a estranheza?
_Nada, apenas me surpreendi, tu nunca perguntou sobre isto antes.
Caminharam lado a lado até a casa dela. Na despedida ele repetiu a declaração pela qual ela tanto ansiou escutar.
_"Eu te amo, não esquece nunca!"
Ela sorriu...
_Eu também...
Ele beijou -a na testa.. O beijo era o selo de autenticação.
Daquele dia em diante, depois que ela disse que não o queria mais, cada despedida era para ele a tentativa de reconquistá-la. Sua declaração a fazia sorrir sempre e sentir, como se finalmente tivesse atingido seu objetivo de ser amada por ele. Agora já não importava, mas era muito bom ouvir.
Teve certeza de ser amada quando resolveu não amá-lo mais.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
É por isto que sou a favor de homens barbudos
"Espuma de barbear
São tão malignos que você não quer nem saber o que há neles. Sério.
Se ficou curioso, veja a lista: butano (o conhecido gás de cozinha), uréia de diazolidinyl (que libera formaldeído, substância que pode causar dificuldades respiratórias), trietanolamina (um importante ingrediente do gás mostarda, arma química criada durante a Segunda Guerra Mundial e que pode causar câncer), parabeno (que enfraquecem imitadores de estrogênio, presentes nas pílulas anticoncepcionais).
Para ficar longe de todas essas toxinas, faça a barba com óleos orgânicos, como óleo de amêndoas, géis de barbear ou adote um visual lenhador e não faça a barba."
Claro que além de proteger os homens destas malignas substâncias também acho que eles ficam um charme com a barba por fazer. Mas preferências pessoais a parte, é interessante ficar a par da composição de produtos que corriqueiramente usamos, achando-os tão inofensivos. Clica lá no link da Super e fique por dentro. Afinal de contas, como diz a máxima popular "é melhor prevenir do que remediar"!
São tão malignos que você não quer nem saber o que há neles. Sério.
Se ficou curioso, veja a lista: butano (o conhecido gás de cozinha), uréia de diazolidinyl (que libera formaldeído, substância que pode causar dificuldades respiratórias), trietanolamina (um importante ingrediente do gás mostarda, arma química criada durante a Segunda Guerra Mundial e que pode causar câncer), parabeno (que enfraquecem imitadores de estrogênio, presentes nas pílulas anticoncepcionais).
Para ficar longe de todas essas toxinas, faça a barba com óleos orgânicos, como óleo de amêndoas, géis de barbear ou adote um visual lenhador e não faça a barba."
Claro que além de proteger os homens destas malignas substâncias também acho que eles ficam um charme com a barba por fazer. Mas preferências pessoais a parte, é interessante ficar a par da composição de produtos que corriqueiramente usamos, achando-os tão inofensivos. Clica lá no link da Super e fique por dentro. Afinal de contas, como diz a máxima popular "é melhor prevenir do que remediar"!
Sou a mulher maravilha, ou não
Calma, antes de mais deixem que eu esclareça, não estou me achando não. O título é uma homenagem a minha heroína de infância. Confesso que nas minhas preferências ela vinha depois do incrível Hulk, de quem eu tinha um pouco de pena, pois ele era um incompreendido (na minha avaliação) e todos o perseguiam e o irritavam, até que ele ficasse verde e quebrasse tudo. Pura identificação!!!! A mulher maravilha era toda bonitona, uma das únicas mulheres da liga da Justiça, sempre maravilhosa, sempre uma maravilha. Não me idenficava muito não. Nunca me achei charmosa ou elegante. Sempre fui de falar alto, esbravejar quando irritada, me alterar quando vejo injustiças, enfim... muito mais Hulk, só que menos verde.
Mas o título do post vem por outro motivo, nada a ver com minhas semelhanças psicológicas com este ou aquele personagem de histórias em quadrinhos. O caso que vou relatar é verídico e engraçado. Agora, relembrando o fato, me passou pela cabeça de que a pequena dor no ombro que estou tento há dias se deva a ele. Bem, vamos ao relato.
Alguns dias atrás, acho que umas três semanas, por aí, fui com meus pais para o nosso sítio, na colônia de Pelotas (para quem não é daqui fica difícil compreender esta expressão, mas a colônia nada mais é do que a zona rural da cidade, a expressão também pode ser substituída por "Lá fora", ao que se refere a fora da cidade, centro urbano). Quando chegamos ainda fiquei mais um pouco dentro do carro. Estava com muita preguiça e sono. Como minha sobrinha não havia ido conosco, fui no banco de trás, aonde geralmente ela exige a presença da minha mãe. Fiquei por ali, enquanto meu pai e minha mãe descarregavam a camionete que vinha cheia, como de costume, ração para as galinhas, comida para os cavalos, coisas compradas para o final de semana.
Após alguns minutos de preguiça dentro do carro, peguei minha sacola, com coisas apenas para o final de semana e desci. E qual não é a surpresa? O carro saiu andando, descendo o pequeno declive e eu tive que agarra-lo a unha, quase. Não tinha idéia de que tinha tanta força. Pedi ajuda, claro. Mas meu pai, com as mãos cheias de sacolas queria que eu puxasse o freio de mão, sendo que pra mim, da porta trazeira seria impossível tal façanha. Na minha cabeça, se eu voltasse para dentro do carro aí sim é que ele sairia em disparada e entraria na horta. Isto se não fosse parado pela amoreira. Mas, vai saber né?
Fiquei ali, tentando manter o carro firme. E meu pai me olhando com cara de que eu tinha que ser ágil. Resultado??? Tive que dizer pra ele, vai me ajudar ou solto o carro???
Gente do céu, foi uma coisa muito estranha!!! Minha mãe quase morreu rindo da minha cara, tentando segurar o carro, logo eu, pra quem ela dá as sacoles mais leves quando vamos ao super.
O mais engraçado é que muitas vezes tive que ajudar a empurrar carros. Tentar mantê-los em algum lugar foi a primeira vez. Confesso que empurrar é mais fácil! E eu que queria ser a Mulher Maravilha quando criança. Acho que mesmo acreditando ser um desenho animado, nunca teria conseguido imaginar que iria segurar um carro. Pelo menos não assim. Afinal, parecendo tanto com o Hulk talvez o mais provável fosse jogar o veículo contra alguém que me tivesse perseguindo.
Mas o título do post vem por outro motivo, nada a ver com minhas semelhanças psicológicas com este ou aquele personagem de histórias em quadrinhos. O caso que vou relatar é verídico e engraçado. Agora, relembrando o fato, me passou pela cabeça de que a pequena dor no ombro que estou tento há dias se deva a ele. Bem, vamos ao relato.
Alguns dias atrás, acho que umas três semanas, por aí, fui com meus pais para o nosso sítio, na colônia de Pelotas (para quem não é daqui fica difícil compreender esta expressão, mas a colônia nada mais é do que a zona rural da cidade, a expressão também pode ser substituída por "Lá fora", ao que se refere a fora da cidade, centro urbano). Quando chegamos ainda fiquei mais um pouco dentro do carro. Estava com muita preguiça e sono. Como minha sobrinha não havia ido conosco, fui no banco de trás, aonde geralmente ela exige a presença da minha mãe. Fiquei por ali, enquanto meu pai e minha mãe descarregavam a camionete que vinha cheia, como de costume, ração para as galinhas, comida para os cavalos, coisas compradas para o final de semana.
Após alguns minutos de preguiça dentro do carro, peguei minha sacola, com coisas apenas para o final de semana e desci. E qual não é a surpresa? O carro saiu andando, descendo o pequeno declive e eu tive que agarra-lo a unha, quase. Não tinha idéia de que tinha tanta força. Pedi ajuda, claro. Mas meu pai, com as mãos cheias de sacolas queria que eu puxasse o freio de mão, sendo que pra mim, da porta trazeira seria impossível tal façanha. Na minha cabeça, se eu voltasse para dentro do carro aí sim é que ele sairia em disparada e entraria na horta. Isto se não fosse parado pela amoreira. Mas, vai saber né?
Fiquei ali, tentando manter o carro firme. E meu pai me olhando com cara de que eu tinha que ser ágil. Resultado??? Tive que dizer pra ele, vai me ajudar ou solto o carro???
Gente do céu, foi uma coisa muito estranha!!! Minha mãe quase morreu rindo da minha cara, tentando segurar o carro, logo eu, pra quem ela dá as sacoles mais leves quando vamos ao super.
O mais engraçado é que muitas vezes tive que ajudar a empurrar carros. Tentar mantê-los em algum lugar foi a primeira vez. Confesso que empurrar é mais fácil! E eu que queria ser a Mulher Maravilha quando criança. Acho que mesmo acreditando ser um desenho animado, nunca teria conseguido imaginar que iria segurar um carro. Pelo menos não assim. Afinal, parecendo tanto com o Hulk talvez o mais provável fosse jogar o veículo contra alguém que me tivesse perseguindo.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Sonho mucho loco!!!!
Sempre ri muito dos sonhos que minha mãe tinha. Geralmente eram coisas sem pé nem cabeça.
De tanto rir dos outros, comecei a ter sonhos completamente doidos. No início eram apenas com pessoas conhecidas, mas sem nenhuma intimidade, como a dona do jornal da cidade, etc.
Mas o último sonho que tive foi muito louco. Mucho bicho!!!! Literalmente!!
Alguns fatos não lembro bem. Aliás lembrar de partes dos sonhos é um grande feito pra mim que geralmente não lembro nada, fico apenas com a sensação de que foi bom ou não. Enfim, neste sonho lembro de estar com várias outras pessoas numa espécie de acampamento. Não era ao ar livre, mas era um galpão grande, com o teto super alto, onde voavam vários passarinhos e morcegos. Não sei porque estava imóvel. Meu pai me dizia que tinha um passarinho fazendo ninho na minha cabeça, só que eu não conseguia espantar o bicho, nem me mexer.
O ninho na minha cabeça era cheio de nós bem pequenininhos, vários trançadinhos que se ligavam um no outro. Para fazer os nós a ave bicava minha cabeça. O detalhe, que não tinha nada a ver é que em cada nó, em cada lugar aonde o pássaro bicou tinha uma tachinha. É, um preguinho dentro da minha cabeça. A dor era intensa. Ainda assim não consegui espantar a ave. Quando minha mãe a espantou ela disse: _ mas não tenho nada a ver com pregos!
Gênte! Que sonho doido!!!!!!
Minha mãe pegou um alicate e começou a desfazer os nós e retirar as tachas. No meio do ninho havia, além dos preguinhos, vários botões e palhas secas no meio do meu cabelo e olha que meu cabelo tava curto no sonho! Que loucura!!!!!! Nunca tinha tido um sonho tão viajandão como este!!
De tanto rir dos outros, comecei a ter sonhos completamente doidos. No início eram apenas com pessoas conhecidas, mas sem nenhuma intimidade, como a dona do jornal da cidade, etc.
Mas o último sonho que tive foi muito louco. Mucho bicho!!!! Literalmente!!
Alguns fatos não lembro bem. Aliás lembrar de partes dos sonhos é um grande feito pra mim que geralmente não lembro nada, fico apenas com a sensação de que foi bom ou não. Enfim, neste sonho lembro de estar com várias outras pessoas numa espécie de acampamento. Não era ao ar livre, mas era um galpão grande, com o teto super alto, onde voavam vários passarinhos e morcegos. Não sei porque estava imóvel. Meu pai me dizia que tinha um passarinho fazendo ninho na minha cabeça, só que eu não conseguia espantar o bicho, nem me mexer.
O ninho na minha cabeça era cheio de nós bem pequenininhos, vários trançadinhos que se ligavam um no outro. Para fazer os nós a ave bicava minha cabeça. O detalhe, que não tinha nada a ver é que em cada nó, em cada lugar aonde o pássaro bicou tinha uma tachinha. É, um preguinho dentro da minha cabeça. A dor era intensa. Ainda assim não consegui espantar a ave. Quando minha mãe a espantou ela disse: _ mas não tenho nada a ver com pregos!
Gênte! Que sonho doido!!!!!!
Minha mãe pegou um alicate e começou a desfazer os nós e retirar as tachas. No meio do ninho havia, além dos preguinhos, vários botões e palhas secas no meio do meu cabelo e olha que meu cabelo tava curto no sonho! Que loucura!!!!!! Nunca tinha tido um sonho tão viajandão como este!!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
"sou meio anegrada"
A risada do dia hoje aconteceu por conta da minha sobrinha. Ela estava lendo a ficha da rematrícula e se parou a questionar sobre ao item cor. Começou:
_Como assim cor vó? É a cor da minha pele?
_É, a cor da pele.
_Amarela? Quem que é amarelo?
_Os japoneses, coreanos, chineses são considerados amarelos.
_E eu sou branca????? Eu não sou branca!
Neste momento eu ri e perguntei:
_E tu te considera de que cor?
Ao que ela respondeu espontanea e firmemente:
_Ah! Eu sou mais ou menos "anegrada"!!!!
É a lógica das crianças, se minha pele não é branca e a raça se define pela cor dela, afinal de que raça eu sou? Por isto gosto tanto de crianças.
_Como assim cor vó? É a cor da minha pele?
_É, a cor da pele.
_Amarela? Quem que é amarelo?
_Os japoneses, coreanos, chineses são considerados amarelos.
_E eu sou branca????? Eu não sou branca!
Neste momento eu ri e perguntei:
_E tu te considera de que cor?
Ao que ela respondeu espontanea e firmemente:
_Ah! Eu sou mais ou menos "anegrada"!!!!
É a lógica das crianças, se minha pele não é branca e a raça se define pela cor dela, afinal de que raça eu sou? Por isto gosto tanto de crianças.
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