segunda-feira, 31 de agosto de 2009

32

Outro dia estava pensando, quando criança achava que no ano 2000 eu estaria muito velha. Hoje, no ano 2009, as vésperas de completar 32 anos me sinto muito jovem. É claro que tem algumas marquinhas de expressões (e eu faço muitas expressões e movimentos com as mãos quando falo), mas estou bem. Principalmente, tô bem comigo. Como toda mulher tem coisas que quero mudar e tal, mesmo assim, no geral, eu gosto do que sou hoje. E confesso que o que sou hoje é muito de tudo que fui quando criança e quando adolescente.Trinta e dois tá legal.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Veranico de agosto

Eu adoro o verão. Não gosto de frio, nem de andar toda cheia de roupas. Este ano, ao invés do veranico de maio, tivemos o veranico de agosto. Os dias estão claros e ensolarados. E quentes. Inverno com quase 30º eu nunca tinha visto. Tõ gostando, apesar de ter pego uma baita gripe e estar com uma tosse horrorosa, que meu tio Jocely costuma chamar de "garrotilho". Já estou sabendo que semana que vem chove e volta a esfriar. Eu já esperava, afinal de contas no meu aniversário sempre faz frio, ou chove, ou ambos. Mas não podia ser muito diferente né? Afinal eu nasci no inverno, apesar de não gostar. E nasci cedinho da manhã, vinte para às seis, apesar de não gostar de acordar cedo também.
Acho que vou aproveitar o tempo bom e fazer um faxinão no roupeiro, limpar a poeira, colocar o que não usei neste inverno e nem em outros anteriores para dar a quem precisa e fará bom uso, renovar energias e me preparar para o novo ano que começa, para mim, depois do meu aniversário. Tenho uma sensação de que algo de muito bom tá por vir.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

às vezes eu me sinto assim ó



Dá uma visitada aqui e se delicie com o jardim da Clara. Mas na maioria das vezes sou muito parecida com a Joana.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Cantada ruim

Eu já contei aqui que tem coisas que só acontecem comigo, tipo caras me seguirem na rua e depois eu descobrir que somos colegas, pessoas ligarem por engano e ficar batendo papo, coisas assim. Pois então, ontem foi o dia de coisas que só acontecem comigo acontecerem. Na verdade, a coisa começou na noite anterior quando alguém por quem tenho muito carinho ligou, depois de muito tempo e quis me encontrar, mas esta é outra história. Enfim, a coisa começou no sábado. No domingo, fiz um bolo de laranja e cenoura e me preparei para ir até a casa da minha amiga Angeli, onde aconteceria o seu chá de cegonha, ou, como é conhecido em outros lugares, chá de fralda ou de bebê. Primeiro liguei para outras amigas para saber se elas iriam e pegar referências de como chegar lá, já que só tinha ido uma vez. Saí bem lépida e fagueira num dia realmente bonito de sol para pegar o ônibus e chegar lá. No caminho sou abordada por um rapaz. Digo logo de cara que a cantada foi muito ruim, do tipo:
_Oi, desculpa te atacar assim na rua, mas teu nome não é Tatiana?
Ao que respondi com um sorriso que dizia, esta é velha: _ Não, meu nome não é Tatiana.
_Não, como é teu nome?
_Danieli.
_Tu não foi numa festa...
Neste momento me deu vontade de deixar o cara falando sozinho e ir embora sem olhar pra trás.
_Olha amigo, eu já fui a muitas festas e posso te garantir, nós não nos conhecemos de nenhuma. A gente se vê na rua, porque tu costumas passar por aqui.
_Mas tu podia me dar teu telefone, daí nós podíamos nos conhecer.
A esta altura, eu já estava com cara de "aí, meu Deus do céu!!!". Então resolvi dar o telefone e seguir meu caminho, que era longo até a casa da Angeli e dependia de um ônibus, que eu não fazia ideia de que horário e com que frequência costuma passar aos domingos. É neste momento que o vivente, não se dando por satisfeito de ter o número do telefone, resolve me atrasar mais um pouco e ir comigo até um pedaço do caminho. Com perguntas insistentes de onde eu morava, o que fazia e se era casada ou viúva ou desquitada. Eu sempre respondi, tentei, com cordialidade que não gostava de falar de coisas da minha vida para desconhecidos. No entanto, eu não contava que ele fosse tão insistente. Daí revelou que não havia me confundido, mas que me achava bonita e quis falar comigo. Agradeci o elogio e disse que realmente tinha que ir embora, que tinha um compromisso e estava atrasada. "Oh! Deus!" Ele seguiu querendo que eu marcasse um encontro para a noite.
Com algum custo consegui me desvencilhar do cidadão e segui meu rumo. Esperei por uma hora o dito ônibus, pois além de me alugar, o cara me fez perder o "buzum". Quando estava desistindo de ir e caminhava para voltar para casa veio o coletivo. Já tinha andado um pedaço e precisei voltar rápido para não perder o ônibus. Fui até a casa da Angeli, o chá era na igrejinha, exatamente na parada onde eu tinha descido. Então eu fui até a casa da minha amiga e voltei duas quadras. Mas valeu a pena, estava com muita saudade dela e sua barriguinha de grávida esta linda.
Fiquei lá papeando com ela e outros amigos, até a noite. E quando estou pegando minha bolsa para ir pra casa o telefone toca. Adivinha quem era?
Pois é, o carinha insistindo em me encontrar. Daí expliquei que não dava, que não etava em casa. Então veio a gota d'água, ele perguntou de forma invasiva onde é que eu estava. Tive que ser um pouco grosseira e respondi que não era da conta dele. Cara! Como é que as pessoas podem ser assim? Tu conversa por cinco minutos e eles acham que sabem tudo de ti. Fiquei de cara com aquilo, me senti invadida.
E pra completar o cara me veio com uma cantada ruim. Não foi nem engraçada, sabe? O que é que deu nesta gente, nestes homens? E ele ainda tentou argumentar que eu estava achando que ele era guri, mas que tinha 29 anos. Pensei com meus botôes, 29 é... mas a cantada é ruim.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Romário


O Deibidi foi meu amiguinho por muito tempo. Eu amava aquele bicho de pelúcia. Depois eu tive uma ursa, porque nem lembro o que aconteceu com o Deibidi, mas ele sumiu. Esta era feita artesanalmente, veio com vestidinho e avental, olhos e boca daqueles que são colados e em pouco tempo virou um bichinho de pelúcia sem cara. Mas eu dormia com ela sempre. Até que ganhei um snif snif. Meu cachorrinho bege, com manchas pretas e um topete fofinho. Deste eu não me perdi. Durmo com ele até hoje. Apesar de já ser titia. O nome do meu snifsnif é Romário. Já ouvi amigos querendo que eu mude o nome, porque o jogador é problemático, faz coisas não muito legais e sei-lá-mais-o-quê. Mas eu gosto do Romário, o jogador, apesar dos pesares. E são mais de 20 anos que meu cachorro de pelúcia se chama Romário, então, não dá.
Hoje em dia meu Romário já está carequinha, como o jogador, mas continua do meu lado nas noites frias ou quentes. Na foto vocês podem nos ver num momento de carinho mútuo. (risos) Esta é a lembrança física da infância da qual eu nunca me afastei.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lembrança


Ontem estava pensando nos tempos de criança. Um pouco por causa das histórias da Nina, a Menina Feliz que divide suas experiências com a gente no blog, sempre ilustradas com desenhos lindinhos. Me peguei pensando no primeiro bicho de pelúcia que lembro de ter ganhado. Não lembro a marca, só que ele era marrom escuro, seu dedo encaixava na boca e eu o batizei de "Deibidi". Sim, bem assim, porque eu era criança e pra mim não tinha diferença entro o que eu dizia e o que estava escrito. Esclareço que era assim que eu pronunciava o nome "deibidi". O nome foi escolhido por causa do seriado do incrível Hulk que passava na televisão e David era o nome do cientista antes de ficar verde e virar Hulk. Sim, o incrível Hulk, apesar de verde, era meu personagem de história em quadrinhos ou super herói favorito. Junto com ele eu gostava da mulher maravilha, mas isto por pura vontade de ser a Mulher maravilha, confesso.
Acho que o que mais me fascinava no hulk era ver o homem franzino no momento da raiva virar um homenzarrão poderoso, embora totalmente irracional. O mais legal é que por conta da minha fascinação eu ganhei de aniversário uma camiseta do Hulk, lembro direitinho e tenho até foto com a blusa amarela, com ribanas vermelhas e o desenho do super herói verde na frente. Sinto saudade dos episódios e do final, sempre com aquela música tocada ao piano e o David indo embora, com a bolsa no ombro e uma camisa xadrez.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dias de nostalgia e saudade do vendedor de livros mais lindo

O título é grande, mas a nostalgia também. Alguns anos atrás eu o encontrei, na véspera de natal no Big, eu com minha sobrinha, ele com o filho. Foi muito engraçado aquele dia, porque eu estava descendo a escada e ele ficou parado na parte superior do supermercado me olhando, até que levantei os olhos e dei com ele, sorrindo. Sorri também e mexi com ele dizendo que era meu presente do papai noel.
Acho que depois disso só o vi mais uma vez.
É estranho como algumas pessoas não são tão íntimas, não são tão próximas e mesmo assim marcam significativamente nossas vidas, a ponto de termos saudade delas. Com o vendedor de livros é assim. Sempre que entro na livraria sinto que vou encontrá-lo. Na feira do livro pressinto que o verei, mesmo que de longe.
Quem sabe nossos caminhos não se cruzem de novo né? É como aquela música da Ana Carolina, numa hora ou outra minha vida encosta na tua.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O vendedor de livros

Ele podia ser um vendedor de sonhos, ou ser o dono do meu sonho. Quase todos os livros que tenho comprei com ele, sério! Eu entrava na salinha onde ficava a livraria e ele com aquele vozerão me invadia inteira. Sabe quando uma voz te enche, te abre, te invade? Não era só pelos ouvidos não, não era aquela oscilação do tímpano. Aquela voz, só a voz me despia inteira.
Depois tinha aquele olhar. Nossa! Eu sei que o olhar dele era uma retribuição do meu olhar abusado pra cima dele. Mas era um olhar de raio X.
Na verdade, nunca aconteceu nada, nós conversávamos sobre livros, ele me perguntava coisas sobre o Gabo, meu autor favorito e falava de alguns pedaços de livros que lia quando tinha tempo na livraria.
Na verdade o nome da minha biblioteca será em homenagem a ele, ao que ele se ofereceu para organizá-la. Pena é que ele não está mais na livraria e faz uns dois anos que não o vejo mais. Sinto saudade de vê-lo na Feira do livro.
agora ele é o vendedor de livros que só aparece no meu sonho.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Procura-se um príncipe

Ontem estava olhando o fantástico, coisa que não faço quase nunca, mas com o temporal que se formava por aqui todos os outros canais de tevê saíram do ar. Esclareço, não assisto dito programa porque não há mais notícias, apenas variedades, uma liga para ajudar mulheres com problemas, entradas ao vivo para falar do novo reality show, debates sobre as cenas polêmicas das novelas da emissora, futebol e esportes, enfim mil informações que podem até ser importantíssimos para uns, mas que de um modo geral podem muito bem ficar naquela área da memória temporária e ser completamente descartada daqui há algumas horas. Então estava lá esperando que eles falassem da música de Raul Seixas que seria exibida pela primeira vez na televisão e a dita liga das mulheres estava empenhada em ajudar uma moçoila que quer casar. A moça não encontrou ninguém, apesar da mulherada da liga encontrar dois bons partidos para ela, caras bonitões, com vida estável, emprego e que ficaram afim dela. Mas ela... Ela está a procura de um príncipe. Sua ânsia é pela perda da fala, o suor nas mãos, o fogo nas entranhas, o coração acelerado e, claro, não pode ser paixão se não houver as borboletas no estômago.
Na minha visão ela não fez uma boa coisa. Não fez porque quando a gente busca uma paixão assim, um amor de filme romântico, não dá pra ir procurar num programa de tevê, com gente dando palpite. A gente tem que estar com os olhos bem abertos, com os sentidos estimulados para não só ver, mas sentir tudo. E daí a mulher, esta que busca o príncipe, padece de um mal que é trabalhar demais e não gostar de sair. Por isso, depois de um dia exaustivo ela vai pra casa e fica horas assistindo filmes de amorr. Eu também faço isto, mas tenho consciência de que meu amor verdadeiro não vai bater na minha porta, porque a vida não é um filme com diretor que diz que é assim que as coisas vão acontecer afinal está no roteiro.
Vá lá que ela não goste de balada, ninguém é obrigado a gostar e eu até acredito que em balada não seja o local mais adequado para encontrar alguém para um "compromisso" como ela quer. Mas uma caminhada, cinema, sair com amigos, se divertir consigo é o princípio. Quem não gosta de si, não consegue fazer com que outra pessoa goste.
Acho que ela precisa colocar o pé no chão, conscientizar, não sou a Meg Ryan e o Nicolas Caige não vai deixar de ser anjo pra ficar comigo. Agora vou procurar um cara de verdade, carne e osso, com qualidades maravilhosas e defeitos irritantes. Ela deve continuar a querer as borboletas no estômago, só que talvez procurar não seja a melhor estratégia. Mas tem que ser vista, circular, aparecer, afinal, diz o ditado "quem não é visto, não é lembrado".

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Maldade com os animais

Quando criança nunca tive cachorro ou gato, isto era com meu irmãos, um cachorreiro e o outro gateiro. Eu convivia com os bichinhos deles, dava comida, água e até limpava a sujeira, mas nunca quis ter um bicho meu. Talvez seja trauma de quando resolvi dar banho nos filhotes da gata da minha prima Lili, pois é, dias de recém nascidos e eu coloquei os gatinhos de molho num tanque cheio com água e sabão. Morreram todos! Acho que eu traumatizei! Calma gente! Eu tinha uns quatro ou cinco anos e não sabia que estava matando os bichos. Mas isto não impediu que sentisse culpa, até hoje me pergunto o porquê daquilo.
Enfim, nunca tive animais de estimação, meus. E agora que estou mais velha consigo conviver bem melhor com os animais, cães, gatos, passarinhos, cavalos, etc. Perdi um pouco do medo que tinha. Não sei também se este medo era que eles me fizessem alguma coisa ou se, de que eu fizesse para eles.
Embora não seja uma apaixonada por animais, e admito isto sem culpa, não gosto que maltratem os bichos. É por isto também que não os tenho, pois moro num apartamento pequeno, onde o espaço é restrito para as pessoas que entendem que seu espaço é restrito e o silêncio e o respeito com o outro são imprescindíveis.
No entanto, vários vizinhos meus tem cachorro e gato nos apartamentos. No geral vejo as pessoas passeando com seus pets, cuidando, mas tem uma vizinha que tem uma "cã", o que é aquilo, ontem o pobre do bicho passou chorando e uivando o dia todo. E isto não é forma de expressão não, ela uivou durante todo o dia, manhã, tarde e até uma meia noite (porque depois disso eu, consegui dormir). Outros vizinhos reclamam, mas o animal passa sempre os dias trancado e sozinho.
Para mim isto não é amor pelo animal, mas puro desrespeito. Isto não é jeito de ter um amigo, fala sério, deixar a cadela gritando durante horas?! Não pode ser amor.

Um nojinho de leve

Ao ler esta matéria, acabei não me identificando com quase nada destas histórias, porque uso diariamente só desodorante e creme hidratante. Depilo só a canela, as axilas e a virilha (bem pouquinho), gosto de ser cabeluda lá naquele lugar. Uso absorvente higiênico quando estou menstruada porque sou obrigada, por isso nunca uso os tais protetores de calcinhas, até porque tomo banho diariamente e lavo a dita cuja. E a única ocasião em que tenho um pouco de receio quanto ao meu cheiro lá, é quando vou a ginecologista e sei que isto é pura paranóia, afinal se faz apenas meia hora que me lavei, é impossível que eu já esteja fedendo. Fedendo sim, porque quando o odor natural exala, em situações naturais, sem pressão, sem estresse, sem medo o meu cheiro é bom. E o único cheiro que realmente pode tirar meu sossego é o das axilas.
Para evitar constrangimentos com o odor do "sovaco" eu não uso blusas ou camisetas que sejam de tecido que não deixam transpirar, estes "acrílicos". Só algodão e tecidos naturais.
Por isso ao ler esta matéria, não me senti parte destas mulheres de plástico sem cheiro de que eles falavam. Até porque estou bem fora do padrão de beleza que se incute nas mentes por aí a fora, sou baixinha, sou gordinha e tenho sardas.