quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sonhos distantes

Nunca fui do tipo que ficaava apaixona muito tempo pelo mesmo cara, talvez esta falta de persistência seja meu ponto fraco. Gosto, me apixono, já amei, mas não costumo dar murro em ponta de faca como se diz, se a coisa não é mútua, não vale a pena, porque o outro é o outro e provavelmente não vá mudar. Então, eu abro o coração e os braços para uma nova pessoa, uma nova paixão, um novo amor.
Por outro lado sempre fui fiel aos homens que admirava como artistas. Tanto que amo de paixão o José Wilker, não consigo lembrar de nenhum papel que tenha visto com ele e que não tenha gostado. Acho-o inteligente, talentoso, charmoso e bonito.
Também morro de paixão pelo Jack Nicholson. Ele tem um olhar meio doido, mas seu talento é incomparável, seu sarcasmo é brilhante. E ele continua charmoso, apesar de estar um pouco acima do peso. E quando jovem era super lindo!
Com sua cara de mau e seu talento fascinante. Até hoje eu assisto qualquer filme que o tenha no elenco. Tá bem, "marte ataca" é horrível! Mas vale a pena por ele, claro. Também admiro muito Robert Deniro, Morgam Freeman, Clint Eastwood, Al Pacino e alguns mais jovens como George Cloney, Brad Pit, Harison Ford, são muitos. Mas minhas paixões primeiras são estas duas. Não tanto pelo talento, mas completamente pela beleza é o Antonio Banderas. Este minhs filhas se fizer "tititititi! vem cá vem!" Eu nem pisco. E eu assumo que sim, tenho uma queda por latinos e pelos afros também. Ultimamente povoam meus sonhos Hill Haper e o Gary Dourdan.
Fico sonhando acordada com estes deuses, enquanto o meu sapo não aparece para que eu possa beijá-lo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Frigideira ou caneca????

Acho que sempre achei que não ia me casar. Isto é desde criança. Minha mãe sempre conta que quando tinha uns três anos tomei meu primeiro porre. De vinho. Calma gente! Foi travessura minha! Minha mãe, minha tia e a sogra da minha tia estavam conversando e tomando vinho, e eu, que sou chegada numas biritas, tomei uns goles de vinho sem que elas vissem. Pelo menos é o que ela acha. Então, vinho vai, vinho vem, lá pelas cansadas, o vinho fazendo efeito, eu comecei a pular pra lá e pra cá, até que cai e comecei a chorar porque tinha me machucado. A dona Joana, sogra da minha tia, muito pacienciosa me disse: "_ Não chora minha filha, quando casar sara!" Mas eu, que sou uma questionadora deste futuro da minha própria vida amorosa indaguei: "_ E se eu não casar vovó?".
É impossível saber se isto é uma intuição que trouxe comigo de outras vidas ou se este fato pode ter me causado um trauma. Enfim, é praticamente impossível saber.
No entanto, isto não é tudo. O que me leva a questionar sempre este fato futuro de "casar ou não casar, eis a questão" é o será que fui preparada pra isto??? Porque viver sozinha não é tão bom assim, tem suas mazelas, por outro lado o ser humano não foi feito para a solidão. E isto Freud, Jung, Nietzche e mais uma penca de psicanalistas, psiquiatras e psicólogos explicam.
O engraçado é que me disseram mais de uma vez, "quando casar sara", "toda a panela tem sua tampa", "pra cada xícara tem um pires". Só que eu sou meio fora de padrão entende? E pode ser que no jogo de panelas eu seja a frigideira e na coberta de mesa, apesar de pequenininha, eu seja uma caneca. E sabe como é né, caneca não tem pires... frigideira não tem tampa... Por outro lado eu posso ser uma leiteira, hoje em dia elas já vem com tampas. Também tem aquelas tampas que se compra fora do jogo pra frigideira. Tá, se eu for caneca continuo sem pires. Mas pros machucados tem band aid, de repentenem precisa casar, coisa de um ou dois e passa logo.
Contudo eu percebi que mais importante que procurar a tampa certa está em divertir-se enquanto experimenta aquelas que estão erradas, pois é só deste jeito que percebemos qual delas é a que tem encaixe perfeito.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Reencontro

Não foi bem um reencontro, porque não conversamos muito, foi mais um re-ver. Revi um (hoje) conhecido que há muito tempo não via e que (no passado) foi um amigo. Tirando os cabelos que ele cortou parece não ter mudado em nada. Rapidamente me disse que casou, separou e isso foi tudo porque eu tive que ir embora.
A verdade é que não senti vontade de ficar conversando e saber como ele está e o que anda fazendo. Não o abracei, apenas senti aquele olhar, o mesmo de muitos anos atrás, de cima pra baixo, sem encarar, me observando, talvez pensando que fora o cabelo eu também não mudei muito.
O reencontro foi bom. Foi legal ver alguém que há mais de 10 anos não via e que me reconheceu de primeira, acreditando que eu nem lembrava mais dele. Mas não teve emoção. Isso faltou...

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Deus deu uma vidinha pra cada um..."

Meu irmão costuma dizer que "Deus deu uma vidinha pra cada um, se tu queres cuidar de outra compra um cachorro". É pena que as pessoas insistam em cuidar da vida alheia e não da sua. Claro que não são todas as pessoas, mas muitas gentes consideram que sabem mais do que tu o que é melhor pra ti. Embora muitas vezes não tenham nem ideia (não me acostumo com esta idéia de que idéia não tem mais acento) do que é melhor pra elas mesmas.
É difícil viu, não ser grosseira, não mandar à merda, não mostrar com argumentos e exemplos o quanto a vidinha dela é pequeninha e tem tantas coisas para arrumar enquanto ela está ocupadíssima cuidando da MINHA VIDA. Respiro fundo e sigo em frente, digo que é isso que me faz feliz, é o que eu quero e que de tempos em tempos faço uma auto análise para aparar arestas e mudar características das quais não gosto em mim. Além disso, e mais importante de tudo, só mudo pelas pessoas que amo e aprendi que, se eu tenho que amar aos outros como eles são, quem não me ama como eu sou não merece o meu amor.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dos desejos secretos...

Às vezes me pego pensando se os desejos podem mesmo ser secretos. É claro que muitas coisas podemos não dizer, mas o nosso corpo fala tudo que a mente ou a boca guardam. Desejos sexuais são assim, existe sempre um arrepio que percorre o corpo, entumece os seios, amolece as pernas e faz exalar o cheiro do nosso anseio.
Muitas coisas eu não digo, claro. Mas gosto de escrever histórias que falam sobre mulheres desejosas de amor e de sexo. Assim como não tenho vergonha de conversar sobre certas coisas, acredito que faz bem pensar e expor nossas fantasias.
Quando pesquisava na Bibliotheca Publica, sempre via um cara que trabalhava por lá. Virava e mexia ele aparecia na sala onde estávamos pesquisando, conversava com o pessoal que trabalhava por lá e com o passar do tempo acabamos por nos considerar conhecidos. Na primeira vez que o vi parecia-me que já o conhecia. É um negro alto, bonito, de sorriso largo e jeito expansivo. Com o passar dos dias ansiava por vê-lo. Debaixo do óculos e da máscara cirúrgica que me protegia da alergia eu ficava medindo seu corpo, analisando seus gestos. Parecia que ele percebia meu interesse, volta e meia aparecia por lá pra jogar conversa fora e desfilar diante de meus olhos. Seu jeito me agrada, embora não saiba se eu o agrado. Conversamos sobre meu jeito de ser, meus desejos secretos, minhas fantasias... e, enquanto eu escrevo pra ele, fico pensando no quanto eu desejo sentir o seu toque, o seu cheiro, ouvir sua voz.
Talvez do outro lado da tela eu pressinta minha intenção mal disfarçada, meu quase descaramento, minha vontade de dizer que posso mostrar-lhe o que se passa na minha mente cara-a-cara, frente-a-frente. De quando em vez um certo pudor me invade, sigo falando dos meus desejos secretos por ele, pra ele, revelando detalhes e sentindo aquele arrepio que percorre o corpo, que entumece o seio, que me desestabiliza, sem dizer quem é o objeto do meu desejo.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Daqui e dali

Eu confesso que sou um pouquinho do que peguei daqui e dali. Vou absorvendo, observando e tentando ficar com o bom de todas as experiências e descartar o ruim, das experiências e de mim mesma. É bem difícil, porque geralmente a gente acha que só tem bom, os defeitos estão no outro.
Então eu vou aqui e ali juntando tudo, misturando, experimentando, sentindo, percebendo. Tô a léguas de distância de ser parecida com a pessoa que mais admiro no quesito ser bom, generoso e amoroso. Eu ainda brigo demais. Mas consegui melhorar algumas coisas que me incomodavam e não tenho mais uma angústia que me afligia muito. Tento ajudar aos outros da forma que me parece mais adequada, que é ouvindo-os. É claro que sempre dou pitaco, isto ainda é incontrolável em mim, quando vejo já dei conselho e falei o que EU faria no lugar daquela pessoa. Tento não impor meu ponto de vista e entender, imaginar e dimensionar o que o outro sente. Principalmente por entender que algumas mágoas e dores da alma doem também fisicamente.
Estou indo, acho que estou aprendendo. Como disse no post anterior ainda não consigo entender certas pessoas, mas resolvi fazer como o Saint Exupéry, pego meu desenho de jibóia, se as pessoas enxergarem um chapéu, eu fico falando banalidades, fofocas de estrelas, o capítulo da novela, etc. Agora, se elas vêem uma jibóia digerindo um elefante... bem, aí eu converso com elas o que realmente é importante, o quanto eu amo meus amigos, como aprendi a ver o mundo de outro jeito, como fico feliz em ouvir um pássaro cantar ou voar, como me encanta a cor da flor e o sorriso das crianças, como é importante amar, o quanto eu queria mudar o mundo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Incompreensão

Algumas pessoas eu não entendo. Às vezes eu tento compreender, mais do que ouvir, mais do que respeitar o que o outro pensa. Mas não consigo. Não mesmo. Outras vezes eu nem páro pra tentar, porque me irrito. Sei que também não estou certa. Só que não consigo agir de outra forma. Talvez tenha que tentar com mais verdade.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cueca branca

Eu já disse muitas vezes que tem coisas que só acontecem comigo. Tipo: ser seguida na rua por um cara, o cara dizer que não estava me seguindo e depois acabar amiga dele; receber uma ligação a pessoa do outro lado dizer que é engano e querer ficar conversando porque gostou da minha voz; receber uma rosa num bar de um cara que foi colega do meu pai em um dos seus primeiros trabalhos, há uns 30 anos atrás.
A mais nova coisa que aconteceu comigo e que só poderia ter acontecido comigo foi em plena sala de aula. Tenho um colega de quem gosto muito como amigo e colega. E é apenas isso mesmo. Este ano ele resolveu mudar o visual e passou a usar gravada, calça social e camisa. Combina sapato com cinto etc. Eu, debochada que sou, perguntei se a meia estava combinando com a calça e levantei um pouco a barra da calça para ver. Ao que ele respondeu dizendo que a roupa íntima também combinava. Num ato reflexo ele se aproximou de mim, abriu o zíper da calça e mostrou a cueca.
Calma, a sala não estava cheia, apenas meia dúzia de meninas. Todas começaram a rir do que ele fez. Então eu perguntei se a cueca era tipo boxer ou slim.
Para mim uma pessoa de cueca não está pelada. Esclareço desde já isso. Também acho que alguns amigos são tão próximos que parecem irmãos, e com estes eu não tenho problemas de vê-los em trajes menores. Até já tinha pensado que o veria de cueca, mas nunca me passou pela cabeça de que ele a mostraria assim, na sala de aula.