segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Crianças

Eu amo crianças! Foi um amor que foi sendo construído, foi aparecendo e crescendo pouco a pouco conforme iam nascendo os sobrinhos, os filhos dos primos e por fim os filhos dos amigos. Até a adolescência, até um momento da minha adolescência não era chegada em crianças. Talvez porque eu tivesse dois irmãos menores e muitas vezes a gente brigava e eu precisava reparar eles algumas outras e colocar o bico no mano quando ele chorava.  Esta de colocar o bico é bem marcante porque eu tinha 3 anos quando meu irmão nasceu, então um dia a mãe ocupada com alguma coisa, como sempre estava, me pede que dê a chupeta pro mano que tava chorando e eu respondo muito indignada, me sentindo até injustiçada talvez (não lembro os sentimentos) "que doga azente não pode nem caga mais depois que este guri nasceu!". É bem provável que esta convivência de perto, 24 horas por dia com meus manos tenha me feito evitar as crianças o quanto pude, naquela época em que eu também era criança.
Mas depois... foram chegando os meus sobrinhos. Veio o Igor e depois a Nathália, alguns anos depois a Larissa, o João Vitor, depois a Amandica. Mais uns aninhos passaram e veio o Yuri e depois o Pê e agora o Daniel. É impossível não gostar de estar com eles! Não se sentir responsável por eles. E eu que já tenho esta coisa de responsabilidade sinto ainda mais. Gostaria de poder tirar do caminho deles todas as pedras, os obstáculos e dificuldades. Queria poder espalhar flores, alegrias e realizações para que seus sorrisos se mantivessem sempre iluminando aquelas carinhas lindas. No entanto sei que posso ajudá-los a superar os obstáculos, posso dar-lhes algumas alegrias, garanto que estarei sempre ao lado, mas o caminho deles é individual.
Continuo acreditando que "o caminho se faz caminhando". Gostaria de ser para eles sempre uma boa amiga, um porto seguro, um colo protetor, um refúgio reconfortante. Não sei se conseguirei ajudar sempre, mas podem acreditar amarei sempre e pra sempre.

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