segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Encontros e despedidas

Não sei lidar direito com despedidas! Durante um pouco mais de um ano fiquei indo e vindo e não importava quantas vezes eu embarcasse no ônibus aqui ou desembarcasse dar tchau era um exercício bem difícil, sempre regado de lágrimas e soluços. Foi um tempo de bom aprendizado, de crescimento pessoal e amadurecimento. E mais que tudo foi um tempo de descoberta de mim e da minha família.
Sempre fui muito ligada a minha mãe e ir pra longe, mesmo que o telefone ou a internet nos re-ligasse partir era uma dor terrível, digno de filme, tamanho era meu chororô. O lado bom foi aprender a ser independente, a agir por mim, tomar decisões. O lado ruim era sentir saudade, se sentir sozinha, não poder ver as pessoas que amava na hora que queria. Creio que o aprendizado maior foi descobrir o quanto minha família era importante pra mim. Não só o núcleo direto, pais, irmãos e sobrinhos. Mas todos! Minha avó, meus tios e tias, meus primos.
Para completar este período foi bem na época da novela Senhora do Destino que tinha o tema de abertura a música "Encontros e Despedidas" do Milton Nascimento cantado pela Maria Rita. E toda vez que eu entrava no ônibus a música começava a tocar na minha cabeça, numa trilha sonora de choro e "até logo".
Depois deste tempo a despedida que me arrancava lágrimas era da minha sobrinha, que pequenininha não queria ficar ou nos deixar ir embora. Que dor sentia vendo aquela guriazinha chorando. Hoje a história se repete com outro sobrinho. A agonia é a mesma. Ver os olhinhos cheios de lágrimas parte meu coração. E como as despedidas não me são nada fáceis fico destruída e aos prantos. A trilha sonora volta a mente na voz de Elis Regina e o choro rola frouxo.

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