quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Onze de setembro

Não fosse pelo aniversário de algumas amigas nem teria lembrado que hoje era 11 de setembro. Aquela data, que depois de 2001 virou o dia em que muitos lembram dos aviões chocando-se contra as torres gêmeas nos Estados Unidos e lembram também o que faziam naquela fatídica manhã em que muitos morreram. Eu não sou fã dos "isteites", não mesmo. Mas também não me agrada nada saber que tanta gente morreu por intolerância de ambos os lados, afinal Tio Sam não é nada santo. Vários anos depois do acidente com o World Trade Center escrevi textos contestando a bondade e magnificência dos EUA, sua pose de vítima inocente. E tanto tempo depois sigo questionando sua autoridade sob tantos países e povos. O triste é saber que ou eles interferem de forma brutal ou ignoram os problemas em outros países.
 Vou reproduzir um dos textos que escrevi logo após o acontecido. Espero que gostem.

"Quem são as verdadeiras vítimas?
É impressionante a solidariedade do mundo com os Estados Unidos em relação aos atentados de 11 de setembro, quando foram destruídas as torres gêmeas do World Trade Center (WTC). No entanto, a mim particularmente, não comovem as palavras do "Mr. president" George W. Busch. Os mortos, é claro, sejam eles americanos ou não, que trabalhavam no WTC no momento dos atentados merecem todo o respeito. Mas há uma pergunta que não quer calar, quando irá começar as homenagens, os minutos de silêncio pelos mortos em Hiroshima e Nagasaki, no Vietnã, na Segunda Guerra Mundial, na Guerra do Golfo só para citar alguns exemplos de países vítimas da ira dos E.U.A? Quando o mundo será solidário aos mortos direta e indiretamente pelos americanos?

O país, que também não poupou seus inimigos e seus próprios antepassados, afinal dizimaram os índios que habitavam seu território, foi responsável por várias guerras, testou armas nucleares com alto poder de destruição, teve participação direta e indireta na morte de várias pessoas em diversos países. Não bastando esse histórico, que não traz apenas ajuda ao terceiro mundo, mas também guerras "Mr. Busch" apoiado pelo "Mr. Tony Blair" - primeiro ministro inglês - quer bombardear o Iraque, de Saddam Hussein. De acordo com os argumentos de Bush, o Iraque possui armas nucleares e químicas e está pronto para atacar sua "santa terrinha". Em outros tempos já haveria iraquianos mortos, mas os países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) não apoiam um ataque americano ao Iraque.

O 11 de setembro, marcado nos calendários do mundo todo, mostrou que os Estados Unidos não é inatingível ou acima do bem e do mal. O país foi atingido e mostra que o tio Sam não é o xerife do mundo, embora "eles" pensem isso, e, o mais importante, não tem direito de fazer o que bem querem com quem quer que seja sem sofrer as consequências. O anticristo anunciado nas profecias de Nostradamus, com certeza não é Saddam ou Bin Laden. Ele se assemelha sim ao cínico George Bush, que está tentando provocar uma guerra - se não por causa do petróleo - e possui tantas ou mais armas químicas que o Iraque. Além do armamento bélico o país possui um "jeitinho" de fazer com que o mundo todo, mesmo os países explorados por ele, fiquem não só solidários como também com "peninha" dos coitados.
Ora! "Coitadinhos"! Quem foi que durante a guerra fria comercializou armas? E quem é que sempre vendeu armamento para os países do Oriente Médio, para que estes guerreassem entre si? Qual país financiou o grupo de Bin Laden - Al Qaeda - fornecendo-lhes armas e dinheiro para que "defendessem" suas fronteiras da ex-União Soviética? Pobre tio Sam! Atingido bem no meio da sua arrogância! Seus símbolos de inteligência, segurança e finanças foram destruídos ou abalados fazendo várias vítimas inocentes (o que adoram frisar) estão mortas e outras tantas foram feridas.

Ontem, 11 de setembro, o mundo inteiro realizou homenagens a elas. Mas, por acaso, no Oriente Médio e em regiões atingidas pela ira dos Estados Unidos não há vítimas inocentes? Ah! Sim, claro, são de outra nacionalidade, crença, país. Por isso não são vítimas? Deixam de ser inocentes? Quem sabe até se não são os culpados de tudo, das desgraças que caíram sobre eles mesmos e sobre os outros? Vai saber?! Estando contra  os Estados Unidos são os maus."

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