Eu, como boa virginiana que sou, não dispenso um bom banho no final do dia para relaxar e ter uma boa noite de sono. Há quem diga que não consegue acordar se não tomar um banho logo cedo pela manhã. Banho é muito bom, limpa, revigora as energias, ajuda a manter a temperatura e limpa o corpo.
Pra alguns o chuveiro vira um grande palco iluminado onde soltam a voz. Outros aproveitam para conectar-se com o divino através da água que limpa o corpo e purifica a alma. Tem até quem resolve os problemas durante o banho. Tanto é verdade que o matemático Arquimedes de Siracusa descobriu que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água movida quando este é submerso (princípio de Arquimedes) durante um banho de banheira. Daí que pronunciou Eureka! e saiu peladão pelas ruas de Siracusa para anunciar a todos a descoberta.
Infelizmente tem gente que não tem o prazer de um bom banho, de roupas limpas e cheirosas porque sua casa é a rua. Pra completar tem um monte de gente que torce o nariz quando passa por algum destes moradores de rua, que por conta da sua condição ficam dias sem tomar banho. Mas, aqui é um local para notícias boas, muitas notícias boas. Embora não seja uma iniciativa nacional e exista algumas pessoas fãs do Cascão, que não gosta de água de nenhum tipo, um empresário gente boa lá de Vitória da Conquista criou uma carreta do "banho solidário". Cláudio Lacerda tomou a iniciativa com o intuito de ajudar moradores de rua da sua cidade. Aqui em Pelotas o Sopão de rua também tem espaço para o pessoal fazer a sua higiene.
Lá em Vitória da Conquista são oferecidos água, xampu, sabonete e toalha. Lacerda também diz que doará roupas, escovas e pasta de dentes. Ele deu uma entrevista para o Blog do Anderson. É ou não é uma notícia tri boa!
Caso tu queiras colaborar com o "banho solidário" lá da Bahia ou o do Sopão de Rua, não te acanha pega tua doação e leva pro pessoal.
O Sopão de Rua fica na rua Padre Anchieta, 2697 e aceita doações de alimentos, roupas e gêneros de higiene, entre outros.
Fonte:A foto é do Blog do Anderson e eu li esta notícia no Catraca Livre
Contos de todo o tipo, historinhas da vida real, crônicas do cotidiano, contos, sonhos e desejos, todos mudando conforme as fases da lua.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
terça-feira, 6 de outubro de 2015
#365 Dias de Notícias Boas #8 O AMOR TEM MUITAS VERSÕES
O amor tem muitas versões, mas nenhuma delas é nó que sufoca, pelo contrário geralmente é laço e é liberto. É claro, que humanos que somos, queremos muuuito ser correspondidos em todo o amor que damos, mas... nem sempre conseguimos o que queremos. E a principal característica do amor verdadeiro e querer ver o outro bem, com a gente (que maravilha!) ou sem a gente (lágrima nos olhos, coração apertado, mas a certeza de que lá adiante esta pessoa vai estar feliz e nós por ela). Isto é desapego! Não quer dizer que não devamos querer ter reciprocidade. No entanto a maturidade nos faz perceber que não a ter e nutrir ódio ou raiva só causa mais dor. É saber que passaremos por um luto, por algum sofrimento e até dor, mas que vai passar.
Um amor desprendido acontece entre familiares, amigos, casais. E foi um amor destes que ajudou uma mulher que queria muito ser mãe ter seu filho nos braços. Lá em Pernambuco a Gabriela Souza queria um bebê, tentou algumas vezes, mas não tinha condições de gestar a criança e abortava espontaneamente, o que lhe doía demais. Pensou em entrar na fila de adoção, afinal podemos ser mães de coração, basta ter amor pra isto. Mas um dia ela fez um desabafo no feice e uma amiga virtual resolveu que podia ajudar no desejo da Gabriela. Foi então que, depois de matutar, Danielle Figueiredo ofereceu-se para ser barriga solidária.
O processo foi cuidadoso, mas correu super bem e depois de nove meses vieram ao mundo Martim e Pilar, enchendo a vida de Gabriela e do marido Eduardo Breckenfeld.
Podem dizer o que quiserem da humanidade eu não escuto, pois apenas um ato de amor verdadeiro, de caridade (tal qual aquele que Jesus pediu pra nós) é capaz de levar alguém a ajudar outro alguém de uma forma tão generosa como esta. O amor existe e sei que tem muita gente que ainda não aprendeu a amar. O bem também existe, mas acontece de forma discreta. Nós nos impressionamos com a violência e com o sofrimento porque a dor é grande e repercute muito mais. Não é que não devamos nos impressionar e agir para acabar com a dor. É que não devemos perder a esperança. O amor existe, tem muitas versões e se procurarmos bem todo dia veremos uma declaração de amor a nossa frente.
Fonte: Zero Hora
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS |
O processo foi cuidadoso, mas correu super bem e depois de nove meses vieram ao mundo Martim e Pilar, enchendo a vida de Gabriela e do marido Eduardo Breckenfeld.
Podem dizer o que quiserem da humanidade eu não escuto, pois apenas um ato de amor verdadeiro, de caridade (tal qual aquele que Jesus pediu pra nós) é capaz de levar alguém a ajudar outro alguém de uma forma tão generosa como esta. O amor existe e sei que tem muita gente que ainda não aprendeu a amar. O bem também existe, mas acontece de forma discreta. Nós nos impressionamos com a violência e com o sofrimento porque a dor é grande e repercute muito mais. Não é que não devamos nos impressionar e agir para acabar com a dor. É que não devemos perder a esperança. O amor existe, tem muitas versões e se procurarmos bem todo dia veremos uma declaração de amor a nossa frente.
Fonte: Zero Hora
terça-feira, 22 de setembro de 2015
#365 Dias de Notícias Boas #7 AMOR
O amor é o maior sentimento do mundo! É aquele capaz de tudo! Foi o único pedido do Cristo "amai-vos uns aos outros"! Mas o amor é uma coisa simples, mas é complicado senti-lo de verdade no meio de tanto sentimento mesquinho e egoísta que enganadamente chamamos de amor. Chamamos de amor o apego, a paixão, o sentimento de posse. E acreditamos firmemente que eles são amor e cobramos que o objeto do nosso amor nos ame igualmente, na mesma intensidade, com a mesma voracidade. O amor é sublime, o amor é querer ver o outro feliz e bem, mesmo que para isto eu sofra abrindo mão da sua convivência. O amor liberta, permite que o outro seja ele mesmo e tu sejas tu mesma com tuas limitações, medos, angustias e inseguranças.
O amor não força a barra e não cobra retorno. O que acontece é que o amor é tão lindo, tão fantástico que tu pode direcionar teu amor de mil formas, ou de uma só, pra uma só pessoa, mas se for o amor de verdade, que liberte e não prende tu receberás amor de mil formas, de muitas pessoas diferentes. Porque o amor é assim, ele te preenche, te realiza, te torna mais bonito, te faz superar e buscar ser melhor!
O casal Gecié Marlene Franchini e Adão Inácio Nunes são um exemplo. Ela com 73 anos e ele com 69 anos celebraram seu amor na Igreja da Gratidão. Aliás, achei este nome maravilhoso para uma igreja, ainda mais quando as duas pessoas que se casam nela já viveram muitos anos e tem deficiências mentais e físicas. Ah! O amor, este sentimento que te diz e te leva adiante, mesmo que todo o resto diga que não é possível! Ela nasceu com uma deficiência mental e paraplegia, também possui deformidades articulares severas. Gecié não caminha. Precisa do auxílio de uma caixa de madeira e é amparada por Adão. Ele também nasceu com retardo mental, tem deficiência motora, agravada por insuficiência vascular dos membros inferiores. "Já andou em cadeira de rodas e com o auxílio de um andador. Atualmente, para caminhar, apoia-se na caixa da parceira e a conduz a todas as atividades da instituição. Ele é o braço direito dela. O esquerdo também. E as pernas. Ela é o apoio dele, a bússola que aponta para aonde ir. Os dois se completam."
A história de Gê e Adão é linda e quem conta é O Informativo do Vale, através da repórter Cristiane Lautert Soares.
O amor não força a barra e não cobra retorno. O que acontece é que o amor é tão lindo, tão fantástico que tu pode direcionar teu amor de mil formas, ou de uma só, pra uma só pessoa, mas se for o amor de verdade, que liberte e não prende tu receberás amor de mil formas, de muitas pessoas diferentes. Porque o amor é assim, ele te preenche, te realiza, te torna mais bonito, te faz superar e buscar ser melhor!
O casal Gecié Marlene Franchini e Adão Inácio Nunes são um exemplo. Ela com 73 anos e ele com 69 anos celebraram seu amor na Igreja da Gratidão. Aliás, achei este nome maravilhoso para uma igreja, ainda mais quando as duas pessoas que se casam nela já viveram muitos anos e tem deficiências mentais e físicas. Ah! O amor, este sentimento que te diz e te leva adiante, mesmo que todo o resto diga que não é possível! Ela nasceu com uma deficiência mental e paraplegia, também possui deformidades articulares severas. Gecié não caminha. Precisa do auxílio de uma caixa de madeira e é amparada por Adão. Ele também nasceu com retardo mental, tem deficiência motora, agravada por insuficiência vascular dos membros inferiores. "Já andou em cadeira de rodas e com o auxílio de um andador. Atualmente, para caminhar, apoia-se na caixa da parceira e a conduz a todas as atividades da instituição. Ele é o braço direito dela. O esquerdo também. E as pernas. Ela é o apoio dele, a bússola que aponta para aonde ir. Os dois se completam."
A história de Gê e Adão é linda e quem conta é O Informativo do Vale, através da repórter Cristiane Lautert Soares.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Homologações
Desde que comecei a trabalhar no escritório com meu pai, pra ajudar a pagar a faculdade, atuo no departamento pessoal. O pessoal é aquele setor de contratação de funcionários, que calcula salários, horas, impostos da folha de pagamento, férias e as temidas rescisões. Neste tempo todo, raramente ia aos sindicatos fazer as homologações, geralmente quem fazia isto era o meu pai.
Não vou falar na crise, não vou falar de política ou de direitos trabalhistas, muitos falam sobre isto sempre. É importante, talvez algum dia eu venha falar disto, mas noutra ocasião. Nesta vou falar do lado humano de uma demissão.
Este ano pessoas queridas com muitos anos de trabalho na mesma empresa foram demitidos, entre eles amigas queridas, com mais de uma década de casa. Pessoas que vestiram a camiseta da empresa, que de tantos anos labutando no mesmo lugar sentiam que a firma era sua segunda casa. Todas elas foram pegas de surpresa. Em nenhum momento lhes passou pela cabeça que seus patrões estivessem insatisfeitos com seu trabalho, jamais lhes reclamaram atrasos ou faltas e nunca disseram que faltou fazer isto ou aquilo. Exatamente por isto o aviso prévio foi um choque! Ser demitido quando não se espera é como se o chão fosse tirado debaixo dos nossos pés, se pensa nas contas, na família, no final do mês, se pensa pra onde vou agora, o que farei se meu cotidiano era da casa pro trabalho, do trabalho pra casa? A gente costuma pensar que pertence a um lugar, principalmente quando ele faz parte do nosso dia-a-dia. E também pensa que aquele lugar nos pertence, afinal de contas 18 ou 20 anos de trabalho na mesma empresa não são 20 dias, é uma vida! Conhecemos a família do chefe e o chefe a nossa. Sabemos o quanto foi duro e o quanto ele progrediu e investiu na empresa, no crescimento econômico do setor e até no crescimento da cidade onde está o empreendimento. Temos até orgulho de dizer que somos funcionários daquela pessoa que começou a empresa numa saleta dividida com outros colegas e que hoje tem mais de cem funcionários. É como aquele primo ou amigo de infância que se forma médico depois de tanto esforço.
Agora, na hora de assinar o aviso, de se preparar para receber a demissão e seguir outro caminho é inevitável deixar de pensar "de que valeu"? Eu sempre sou de acreditar que tudo vale a pena! Mas é difícil viver este luto, compreender que talvez, realmente não tenha sido algo pessoal. Avaliamos o quanto de dedicação investimos naquele cotidiano, o quanto esperávamos, o quanto gostávamos, porque tem muita gente que trabalha com amor e satisfação. E pra mim é extremamente duro ir fazer a homologação da rescisão e ver os olhos daquelas pessoas me interrogando "porque?". Na grande maioria das vezes eu não faço ideia do motivo da demissão. Também muitas vezes fico tão chocada com o anuncio da demissão quanto quem recebeu!
Nestes últimos dias achei bem difícil fazer as homologações e fiquei consternada com a dor dos ex-funcionários. Foi uma delas que me falou que precisamos estar conscientes de que não pertencemos a lugar nenhum, mesmo que doa muito falar sobre isto e que nas primeiras semanas tenha sido quase impossível falar ou lembrar do ocorrido sem chorar.
Não vou falar na crise, não vou falar de política ou de direitos trabalhistas, muitos falam sobre isto sempre. É importante, talvez algum dia eu venha falar disto, mas noutra ocasião. Nesta vou falar do lado humano de uma demissão.
Este ano pessoas queridas com muitos anos de trabalho na mesma empresa foram demitidos, entre eles amigas queridas, com mais de uma década de casa. Pessoas que vestiram a camiseta da empresa, que de tantos anos labutando no mesmo lugar sentiam que a firma era sua segunda casa. Todas elas foram pegas de surpresa. Em nenhum momento lhes passou pela cabeça que seus patrões estivessem insatisfeitos com seu trabalho, jamais lhes reclamaram atrasos ou faltas e nunca disseram que faltou fazer isto ou aquilo. Exatamente por isto o aviso prévio foi um choque! Ser demitido quando não se espera é como se o chão fosse tirado debaixo dos nossos pés, se pensa nas contas, na família, no final do mês, se pensa pra onde vou agora, o que farei se meu cotidiano era da casa pro trabalho, do trabalho pra casa? A gente costuma pensar que pertence a um lugar, principalmente quando ele faz parte do nosso dia-a-dia. E também pensa que aquele lugar nos pertence, afinal de contas 18 ou 20 anos de trabalho na mesma empresa não são 20 dias, é uma vida! Conhecemos a família do chefe e o chefe a nossa. Sabemos o quanto foi duro e o quanto ele progrediu e investiu na empresa, no crescimento econômico do setor e até no crescimento da cidade onde está o empreendimento. Temos até orgulho de dizer que somos funcionários daquela pessoa que começou a empresa numa saleta dividida com outros colegas e que hoje tem mais de cem funcionários. É como aquele primo ou amigo de infância que se forma médico depois de tanto esforço.
Agora, na hora de assinar o aviso, de se preparar para receber a demissão e seguir outro caminho é inevitável deixar de pensar "de que valeu"? Eu sempre sou de acreditar que tudo vale a pena! Mas é difícil viver este luto, compreender que talvez, realmente não tenha sido algo pessoal. Avaliamos o quanto de dedicação investimos naquele cotidiano, o quanto esperávamos, o quanto gostávamos, porque tem muita gente que trabalha com amor e satisfação. E pra mim é extremamente duro ir fazer a homologação da rescisão e ver os olhos daquelas pessoas me interrogando "porque?". Na grande maioria das vezes eu não faço ideia do motivo da demissão. Também muitas vezes fico tão chocada com o anuncio da demissão quanto quem recebeu!
Nestes últimos dias achei bem difícil fazer as homologações e fiquei consternada com a dor dos ex-funcionários. Foi uma delas que me falou que precisamos estar conscientes de que não pertencemos a lugar nenhum, mesmo que doa muito falar sobre isto e que nas primeiras semanas tenha sido quase impossível falar ou lembrar do ocorrido sem chorar.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
#365 Dias De Notícias boas #6 A força de vontade te leva longe
Joaquim Corsino dos Santos, 63 anos de idade, pedreiro de profissão e o sonho de graduar-se em Direito. Para realizar seu sonho pedalava 21Km de ida e 21 Km de volta entre sua casa, na cidade de Cariacica até Vitória onde estudava. Sua meta é ser delegado de polícia e cá pra nós, não tenho dúvida alguma de que a alcance. O próximo passo é passar no exame da OAB.
Esta não é só uma notícia boa, é um exemplo de superação e motivação!
Eu fico realmente com meu coração cheio de felicidade quando sei de histórias como estas, onde as pessoas não desistem dos seus sonhos apesar de todas as dificuldades e do longo percurso, neste caso um percurso literalmente longo! Desejo de coração que seu Joaquim cumpra suas metas e torne-se um delegado de polícia, que faz cumprir a lei e que se inspira na Constituição.
Leia toda a história dele aqui!
Fonte: G1
Esta não é só uma notícia boa, é um exemplo de superação e motivação!
Eu fico realmente com meu coração cheio de felicidade quando sei de histórias como estas, onde as pessoas não desistem dos seus sonhos apesar de todas as dificuldades e do longo percurso, neste caso um percurso literalmente longo! Desejo de coração que seu Joaquim cumpra suas metas e torne-se um delegado de polícia, que faz cumprir a lei e que se inspira na Constituição.
Leia toda a história dele aqui!
Fonte: G1
terça-feira, 15 de setembro de 2015
#365 Dias de Notícias Boas - Preconceito não é bom #5
Vivemos numa pátria agraciada. Uma terra livre de terremotos, tsunames, vulcões, um lugar rico de natureza, com diversidade ecológica. Um lugar abençoado sim, mas que nos últimos tempos tenho visto perder a mão e a razão. Tivemos aqui escravidão e exploração da pobreza como acontece e aconteceu em outros países, os tais países desenvolvidos. Nunca tivemos guerras de que fugir. Mas nossos irmãos nordestinos fugiram muito da seca que assolava e assola o sertão. Muitos são tão maltratados fora de seu estado de origem como hoje são maltratados senegaleses e sírios. Não existe nada de nosso por aqui, o que temos fica, só levamos o que somos, o bem que fizemos, o amor que damos.
Ainda assim tem gente que se crê melhor que um nordestino ou um africano. Pobre criatura cega de vaidade e orgulho! Talvez até bonita fisicamente, mas horrenda por dentro.
Nosso país tem tido episódios tristes de violência e preconceito de todas as ordens, mas eu sou uma otimista e creio que sim, existem mais pessoas boas. Estes episódios tem que ser divulgados porque não devem se repetir. Mas os bons são a maioria, só ainda estamos espalhados!
Então, quando vejo uma notícia de hostilidade contra pessoas que tentam fazer do nosso país sua casa, visto que suas casas anteriores estão em meio a violência da guerra e da fome, fico muito triste. Meu coração fica apertado e penso como alguém pode ser tão cruel com alguém que não conhece e que tanto sofrimento passa? Como pode se "compadecer" (porque algumas pessoas se compadecem apenas no feice, no seu interior se quer uma reflexão foi feita) ao ver uma foto de um menininho que morreu afogado fugindo da dor das guerras e não consegue ver neste que está diante de si um irmão? Como pode uma pessoa se compadecer com a dor de alguém há quilômetros de distância e não conseguir ver a dor do seu irmão, ou primo, ou pai ou mãe, ou vizinho que está ao seu lado? Como?
É a falsa caridade, é aquela que se faz jogando as moedas de forma que tilintem umas nas outras ao ponto de qualquer um ouvir e pensar, nossa como é boa esta pessoa que dá esmolas aos pobres.
Mas a caridade pura é feita com nossas próprias mãos de forma silenciosa e discreta.
Como a desta senhora de paranaense que pediu desculpas por um ato de racismo de outra mulher. Pessoas boas existem sim! Confere o vídeo aqui
Ainda assim tem gente que se crê melhor que um nordestino ou um africano. Pobre criatura cega de vaidade e orgulho! Talvez até bonita fisicamente, mas horrenda por dentro.
Nosso país tem tido episódios tristes de violência e preconceito de todas as ordens, mas eu sou uma otimista e creio que sim, existem mais pessoas boas. Estes episódios tem que ser divulgados porque não devem se repetir. Mas os bons são a maioria, só ainda estamos espalhados!
Então, quando vejo uma notícia de hostilidade contra pessoas que tentam fazer do nosso país sua casa, visto que suas casas anteriores estão em meio a violência da guerra e da fome, fico muito triste. Meu coração fica apertado e penso como alguém pode ser tão cruel com alguém que não conhece e que tanto sofrimento passa? Como pode se "compadecer" (porque algumas pessoas se compadecem apenas no feice, no seu interior se quer uma reflexão foi feita) ao ver uma foto de um menininho que morreu afogado fugindo da dor das guerras e não consegue ver neste que está diante de si um irmão? Como pode uma pessoa se compadecer com a dor de alguém há quilômetros de distância e não conseguir ver a dor do seu irmão, ou primo, ou pai ou mãe, ou vizinho que está ao seu lado? Como?
É a falsa caridade, é aquela que se faz jogando as moedas de forma que tilintem umas nas outras ao ponto de qualquer um ouvir e pensar, nossa como é boa esta pessoa que dá esmolas aos pobres.
Mas a caridade pura é feita com nossas próprias mãos de forma silenciosa e discreta.
Como a desta senhora de paranaense que pediu desculpas por um ato de racismo de outra mulher. Pessoas boas existem sim! Confere o vídeo aqui
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
#365 dias de notícias boas - A busca dos 33 mil sorrisos de Jaden #4
Sorria, mesmo que isto não mude ou solucione teus problemas. Afinal de contas alguém consegue dizer que existe problema mais grave do que uma criança que perdeu o pai e a mãe? Pois é, acho que não existe. E ainda assim, mesmo tendo perdido o pai e a mãe, um menino de 6 anos resolveu ajudar as pessoas, porque não entendia "porque as pessoas estão sempre tristes?"
Jaden Hayes é um colecionador de sorrisos e tem uma meta ousada de 33 mil sorrisos. "The Smile Experiment" é o nome do projeto deste gurizinho que abraçou a causa de todos os dias ajudar as pessoas a sorrirem.
Eu fiquei sabendo desta história numa postagem do Hypeness no face.
A foto aqui do lado pesquei de lá. Mas o projeto pode ser acompanhado pelo instagram no The SmileExperiment. Vale a pena dar um sorriso pra esse guri lindo! Afinal, como diz o nosso querido Quintana "o sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores". Pode anotar o meu sorriso aí na tua coleção Jaden! <3 p="">3>
#TheSmileExperiment |
Eu fiquei sabendo desta história numa postagem do Hypeness no face.
A foto aqui do lado pesquei de lá. Mas o projeto pode ser acompanhado pelo instagram no The SmileExperiment. Vale a pena dar um sorriso pra esse guri lindo! Afinal, como diz o nosso querido Quintana "o sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores". Pode anotar o meu sorriso aí na tua coleção Jaden! <3 p="">3>
terça-feira, 25 de agosto de 2015
365 Dias de Notícias boas #3 - Crianças mudam cardápio do lanche em solidariedade a colega
Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS |
Seguindo o projeto de publicar 365 notícias boas aqui está nossa notícia número 3. Ela é daqui de Porto Alegre e foi um gesto bem simples, mas que integrou toda a turma e agregou uma guriazinha que não pode comer todo tipo de alimento. O desafio foi lançado as crianças do segundo ano do ensino fundamental e eles abraçaram a causa de ajudar a transformar o cardápio para que Anita pudesse comer o mesmo que eles.
"Desde que se juntou à classe, no ano passado, Anita Della Giustina, sete anos, não podia comer a maioria dos alimentos trazidos pelos colegas durante os lanches coletivos. O motivo é a condição de saúde que carrega desde que nasceu: a menina é portadora de leucinose, também conhecida como doença da urina do xarope do bordo, patologia hereditária que a impede de consumir alimentos de origem animal. A doença atinge um a cada 185 mil nascidos."
Foi uma mudança bem simples mas nos mostra que pequenas coisas fazem grandes mudanças.
A notícia é do Jornal Zero Hora e foi publicada em 12 de agosto deste ano. Mais notícias boas vem por aí.
Fonte: Zero Hora
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
365 dias de notícias boas - Gente de bem fazendo o bem #2
A internet e as redes sociais tem os seus se nãos, mas também tem o seu lado muito bom se nós as soubermos usar. Existe sim discursos de ódio, picuinhas, bate boca, polêmicas, enfim... mas tem pessoas que fazem destes instrumentos armas para alavancar suas carreiras, seus negócios, ajudar no seu trabalho, ajudar e divulgar boas ações, mudanças e fazer o bem.
Dois gurizinhos lá de Curitiba, estes da foto, resolveram do modo mais simples possível ajudar uma senhora que necessitava de cadeira de banho, rodas e fraldas. Eles viram na televisão (outra vilã nos últimos tempos) o apelo da idosa e ao invés de ficar ali parados resolveram tomar uma atitude, modesta e até ingênua para os adultos, claro. No entanto, como eles são dotados da força do amor e acreditam que são capazes de tudo, começaram seu trabalho de formiguinha vendendo suco pra juntar o dinheiro necessário para auxiliar a idosa.
E o que foi que aconteceu??? A Cintia Scoriza fotografou os meninos a Gazeta do Povo postou na sua página e uma galera ajudou com doações. Resultado??? Conseguiram muito mais do que tinham pensado inicialmente estes grandes guris! Ajudaram a senhora que precisava e mais vários outros idosos.
A Gazeta do Povo em parceria com o Instituto GRPCOM será mapeado os locais da cidade que precisam das doações e levarão até eles. Para isto, quem estiver engajado e puder e quiser ajudar pode levar suas doações de fraldas e cadeiras de roda/banho em NOSSA LOJA, que fica na Praça Carlos Gomes, nº 04, das 9h às 19h. Após este horário as doações podem ser entregues na portaria da Rua Pedro Ivo, 503 até as 22h.
Vamos acreditar o mundo é bão!!!! Que estes meninos sigam acreditam em si e na sua capacidade de ajudar e mudar a situação daqueles que necessitam e que todos nós possamos ser contagiados com esta força!
Fonte: Informações Gazeta do Povo e foto Cintia Scoriza
Dois gurizinhos lá de Curitiba, estes da foto, resolveram do modo mais simples possível ajudar uma senhora que necessitava de cadeira de banho, rodas e fraldas. Eles viram na televisão (outra vilã nos últimos tempos) o apelo da idosa e ao invés de ficar ali parados resolveram tomar uma atitude, modesta e até ingênua para os adultos, claro. No entanto, como eles são dotados da força do amor e acreditam que são capazes de tudo, começaram seu trabalho de formiguinha vendendo suco pra juntar o dinheiro necessário para auxiliar a idosa.
E o que foi que aconteceu??? A Cintia Scoriza fotografou os meninos a Gazeta do Povo postou na sua página e uma galera ajudou com doações. Resultado??? Conseguiram muito mais do que tinham pensado inicialmente estes grandes guris! Ajudaram a senhora que precisava e mais vários outros idosos.
A Gazeta do Povo em parceria com o Instituto GRPCOM será mapeado os locais da cidade que precisam das doações e levarão até eles. Para isto, quem estiver engajado e puder e quiser ajudar pode levar suas doações de fraldas e cadeiras de roda/banho em NOSSA LOJA, que fica na Praça Carlos Gomes, nº 04, das 9h às 19h. Após este horário as doações podem ser entregues na portaria da Rua Pedro Ivo, 503 até as 22h.
Vamos acreditar o mundo é bão!!!! Que estes meninos sigam acreditam em si e na sua capacidade de ajudar e mudar a situação daqueles que necessitam e que todos nós possamos ser contagiados com esta força!
Fonte: Informações Gazeta do Povo e foto Cintia Scoriza
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
365 dias de notícias boas - Gente de bem fazendo o bem #1
Sempre me recuso a perder a fé e me deixar levar pela negatividade. Minha mente é terreno fértil, mas não tem terra ou canteiro, se quer um vasinho para deixar brotar sementes de desesperança. Mas tem muita coisa triste acontecendo mundo afora! E muita gente se deixando abater crendo que o mundo tá perdido e o mal impera. Por isto a campanha #365DiasDeBoasNotícias. Realmente tem muita gente DO BEM, fazendo o bem. Como diz o Nando Reis "o mundo é bão Sebastião"! É sim!
Começo a campanha com a história de um senhor bem simples de Rio Grande, que com grandeza de alma doa para quem precisa mais do que ele. Confira aqui
Começo a campanha com a história de um senhor bem simples de Rio Grande, que com grandeza de alma doa para quem precisa mais do que ele. Confira aqui
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Saudade de escrever
Fiquei chocada agora quando vi que faz mais de dois meses que não consigo escrever por aqui! Logo eu que estava seguindo uma constância de postagens e assuntos tão bacanas. Exercitava meu lado escritora, aliviava a alma, enfim... Tanta coisa correu, assim como o tempo nestes mais de dois meses! E ao mesmo tempo a sensação é de que nada aconteceu ou mudou. Só olhando cuidadosamente para trás se pode ver com clareza as pequenas mudanças, a acomodação das coisas, os reajustes.
Tudo está correndo bem e entrando nos eixos. Meu pai fez uma cirurgia e já está de alta, podendo retomar a rotina de exercícios, a do trabalho ele retomou antes. Mas graças a Deus tudo correu muito bem.
Eu sigo na minha vida, comecei um trabalho no centro espírita ajudando no passe das quartas feiras e me faz muito bem. Auxilio os frequentadores com dúvidas, dou uma geral nos banheiros, sirvo a água para depois do passe, abro a porta e fecho enfim... ajudo no que for necessário e sinto minhas energias renovadas. Também comecei a participar do trabalho mediúnico. Chega ser engraçado, porque sabendo da responsabilidade sempre dizia que não tinha intenção de trabalhar no mediúnico e que nem sentia a mediunidade se manifestando para realizar trabalho de tal importância. Fui chamada e como não sou de fugir lá estou eu. Ainda engatinhando, aprendendo, buscando fazer sempre o melhor. O auxílio que recebo do grupo é de extrema importância, porque considero-me muito inexperiente quanto a tudo por lá. E assim sigo, buscando aprender sempre e cada dia mais.
Ainda preciso muito me disciplinar para cumprir melhor os horários e organizar minha agenda, pra conseguir escrever por aqui com a frequência, o cuidado e o carinho devido. Vou me policiar mais pra ver se consigo, pelo menos 21 dias, diz que depois deste tempo a gente se habitua e a prática vira realmente um hábito! Tomara!
Tudo está correndo bem e entrando nos eixos. Meu pai fez uma cirurgia e já está de alta, podendo retomar a rotina de exercícios, a do trabalho ele retomou antes. Mas graças a Deus tudo correu muito bem.
Eu sigo na minha vida, comecei um trabalho no centro espírita ajudando no passe das quartas feiras e me faz muito bem. Auxilio os frequentadores com dúvidas, dou uma geral nos banheiros, sirvo a água para depois do passe, abro a porta e fecho enfim... ajudo no que for necessário e sinto minhas energias renovadas. Também comecei a participar do trabalho mediúnico. Chega ser engraçado, porque sabendo da responsabilidade sempre dizia que não tinha intenção de trabalhar no mediúnico e que nem sentia a mediunidade se manifestando para realizar trabalho de tal importância. Fui chamada e como não sou de fugir lá estou eu. Ainda engatinhando, aprendendo, buscando fazer sempre o melhor. O auxílio que recebo do grupo é de extrema importância, porque considero-me muito inexperiente quanto a tudo por lá. E assim sigo, buscando aprender sempre e cada dia mais.
Ainda preciso muito me disciplinar para cumprir melhor os horários e organizar minha agenda, pra conseguir escrever por aqui com a frequência, o cuidado e o carinho devido. Vou me policiar mais pra ver se consigo, pelo menos 21 dias, diz que depois deste tempo a gente se habitua e a prática vira realmente um hábito! Tomara!
terça-feira, 26 de maio de 2015
Lar é muito mais que uma casa
Nunca tive vergonha da minha condição financeira, da minha família, da minha casa ou do lugar onde eu morava. Sempre soube que éramos pobres e usava de bom grado as roupas, sapatos e outras coisas que ganhava dos primos mais velhos ou de amigos com melhores condições financeiras. Mas tive na adolescência amigos que tinham vergonha da sua família, da casa ou do trabalho dos pais. As roupas de marca eram uma forma de tentar esconder uma casa com problemas estruturais. Um destes amigos foi embora muito cedo, não lembro ao certo a idade que ele tinha quando morreu, mas era no máximo 20 anos. Foi num acidente de carro na estrada entre Pelotas e Rio Grande.
O pai dele me chamava carinhosamente de "porqueira"! E nunca duvidei que fosse carinhoso. Ele falava assim principalmente quando eu e a Ana Paula íamos pra Bento ficar na volta deles enquanto trabalhavam. Nosso amigo tinha vergonha que outras pessoas o vissem ali fazendo o percurso do passeio das pôneis. Mas nós não só passávamos a tarde, como várias vezes íamos ao lado dele fazendo o percurso em volta a da praça. Ele era um cara bem inteligente, estudou na escola técnica e gostava de Guns n' roses. Gosto, aliás, pelo qual vivíamos brigando, afinal ele era do rock e nós até gostávamos de rock, mas estávamos na época das bandinhas água com açúcar, com carinhas bonitinhos e letras melosas.
Entrei apenas uma vez na casa dele, geralmente nos falávamos na esquina da casa dele, que era a metade do caminho entre a minha casa e a casa da Ana Paula. A gente costumava se visitar todos os sábados. Combinamos que um sábado eu iria a casa dela e no outro ela iria na minha. E na hora de ir embora uma acompanhava a outra até um pedaço, que virava até a outra esquina e quando víamos estávamos na esquina da casa da outra e precisávamos acompanhar pelo percurso de novo e de novo. No verão fazíamos isto até um pouquinho antes de anoitecer. O bairro apesar da fama era bem mais calmo também. Neste vai e vem sempre encontrávamos este amigo pelo caminho, ou chamávamos na frente da casa e pra ficarmos de papo ali na frente, falando abobrinhas, discutindo besteiras e dando muita risada. Ficávamos felizes juntos! Desta vez que entrei na casa deste amigo foi numa festa de aniversário dele, acho que era de 18 anos. Além da família só nós duas. E foi nesta única vez que aprendi uma das coisas mais importantes da minha vida. Aprendi que um lar é muito mais, mas muito mais mesmo que uma casa bem estruturada. Um lar é feito de gente que se ama e que mesmo sabendo que não é motivo de orgulho pro outro faz tudo pra ele estar e ser feliz. A casa deste meu amigo tinha problemas no telhado, tinha animais aqui e ali, tinha umas tranqueiras no caminho, alguns entulhos de obras inacabadas. Faltavam algumas coisas materiais, talvez coisas que fizessem falta para o conforto da família que trabalhava duro. Mas sobrava amor, tinha fartura na mesa, tinha muita alegria, tinhas corações abertos e gente acolhedora que te fazia sentir em casa, mesmo que aquela fosse a primeira vez que te vissem.
Eu sei que a maior luta deste meu amigo era pra superar as dificuldades financeiras, ter um lugar confortável pra morar. A vontade de mudar foi o que o levou a batalhar seus sonhos. Acho que quando ele desencarnou não estava morando em Pelotas, mas seguido vinha por causa do trabalho e da família. O desencarne foi um choque, foi estranho pois nesta época ainda temos uma noção de morte muito remota, é como se fôssemos imortais.
Escrevi este texto porque senti saudade daqueles tempos. Lembrei do nosso amigo, dos domingos na Bento, das risadas e dos planos de sermos famosos, ricos, bonitos e magros.
O pai dele me chamava carinhosamente de "porqueira"! E nunca duvidei que fosse carinhoso. Ele falava assim principalmente quando eu e a Ana Paula íamos pra Bento ficar na volta deles enquanto trabalhavam. Nosso amigo tinha vergonha que outras pessoas o vissem ali fazendo o percurso do passeio das pôneis. Mas nós não só passávamos a tarde, como várias vezes íamos ao lado dele fazendo o percurso em volta a da praça. Ele era um cara bem inteligente, estudou na escola técnica e gostava de Guns n' roses. Gosto, aliás, pelo qual vivíamos brigando, afinal ele era do rock e nós até gostávamos de rock, mas estávamos na época das bandinhas água com açúcar, com carinhas bonitinhos e letras melosas.
Entrei apenas uma vez na casa dele, geralmente nos falávamos na esquina da casa dele, que era a metade do caminho entre a minha casa e a casa da Ana Paula. A gente costumava se visitar todos os sábados. Combinamos que um sábado eu iria a casa dela e no outro ela iria na minha. E na hora de ir embora uma acompanhava a outra até um pedaço, que virava até a outra esquina e quando víamos estávamos na esquina da casa da outra e precisávamos acompanhar pelo percurso de novo e de novo. No verão fazíamos isto até um pouquinho antes de anoitecer. O bairro apesar da fama era bem mais calmo também. Neste vai e vem sempre encontrávamos este amigo pelo caminho, ou chamávamos na frente da casa e pra ficarmos de papo ali na frente, falando abobrinhas, discutindo besteiras e dando muita risada. Ficávamos felizes juntos! Desta vez que entrei na casa deste amigo foi numa festa de aniversário dele, acho que era de 18 anos. Além da família só nós duas. E foi nesta única vez que aprendi uma das coisas mais importantes da minha vida. Aprendi que um lar é muito mais, mas muito mais mesmo que uma casa bem estruturada. Um lar é feito de gente que se ama e que mesmo sabendo que não é motivo de orgulho pro outro faz tudo pra ele estar e ser feliz. A casa deste meu amigo tinha problemas no telhado, tinha animais aqui e ali, tinha umas tranqueiras no caminho, alguns entulhos de obras inacabadas. Faltavam algumas coisas materiais, talvez coisas que fizessem falta para o conforto da família que trabalhava duro. Mas sobrava amor, tinha fartura na mesa, tinha muita alegria, tinhas corações abertos e gente acolhedora que te fazia sentir em casa, mesmo que aquela fosse a primeira vez que te vissem.
Eu sei que a maior luta deste meu amigo era pra superar as dificuldades financeiras, ter um lugar confortável pra morar. A vontade de mudar foi o que o levou a batalhar seus sonhos. Acho que quando ele desencarnou não estava morando em Pelotas, mas seguido vinha por causa do trabalho e da família. O desencarne foi um choque, foi estranho pois nesta época ainda temos uma noção de morte muito remota, é como se fôssemos imortais.
Escrevi este texto porque senti saudade daqueles tempos. Lembrei do nosso amigo, dos domingos na Bento, das risadas e dos planos de sermos famosos, ricos, bonitos e magros.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Sobre o amor
Ultimamente vejo muita gente pedindo mais amor, coisa que um barbudão há milênios atrás dizia que era o único mandamento, amarmos uns aos outros. Mas tem quem pense que amor é coisa de outro mundo, que amor de verdade só de mãe, aliás, em alguns presídios os caras tatuam isto na pele tamanha dureza daqueles lugares e mostrando que "os brutos também amam", pelo menos suas mães. E realmente o amor materno é algo que representa o amor de verdade. Há exceções, claro, tem quem não tenha vindo a este mundo preparada para ser mãe, ok! Mas aquelas mulheres que se dispõe a serem mães tem dentro delas a semente do amor, daquele que parece ser ideal e utópico de respeitar o outro apesar de todos os defeitos e diferenças, daquele faz com que se abra mão de determinadas coisas para a felicidade do ser amado.
É amor de mãe que te faz crescer, que te aponta os caminhos e te guia para que sigas tuas próprias escolhas com liberdade apesar de o coração estar apertado. O Amor, do qual falou o barbudão JC é assim. Amar é admitir que não tem condições de criar um filho e dar para adoção. É trabalhar de sol a sol e mesmo cansada ter tempo de revisar os temas, dar bronca, dizer não e mandar tomar banho e escovar os dentes. É dar tarefas e ensinar sobre responsabilidade.
A primeira vez que assisti "Minha vida por meus filhos", um filme antigo que deu inúmeras vezes na sessão da tarde chorei que deu gosto. Aliás, choro sempre e tanto que quando o filme tem momentos tocantes meus sobrinhos e meu namorado ficam olhando pra mim pra ver as lágrimas começarem a rolar. E se espantam quando eu não choro! Este filme é lindíssimo e conta a história de uma mulher que depois de dar a luz seu décimo filho descobre um tumor em estágio avançado. Com esta descoberta sua primeira atitude é buscar famílias que queiram adotar seus filhos e mantê-los em contato. Só de lembrar já me dá vontade de chorar! Gente, quando que fragilizados por uma doença terminal nós deixaríamos o egoísmo de lado para cuidar do bem estar e do futuro daqueles que ficariam? Ela conversa com os possíveis pais adotivos e conforme vai encontrando as novas famílias as despedidas vão acontecendo. Como nos casos de adoção ainda hoje, os menores são os primeiros a serem desejados, mas aos poucos todos são acolhidos por novos lares.
E a maior lição do filme é que para amar de verdade é preciso querer e superar o egoísmo e a vaidade.
No filme "Lado a lado", Susan Sarandon interpreta uma mãe, paciente terminal de câncer, que busca um bom entendimento com a futura esposa do ex-marido, pensando no bem estar dos filhos após sua morte. Mas não seria muito melhor que as pessoas tivessem esta consciência mesmo sem estarem doentes? Se por qualquer motivo tua relação com o pai dos teus filhos não deu certo, que pudessem ter uma convivência tranquila pelo bem das crianças. Mas é difícil, porque o egoísmo, a mágoa, o rancor muitas vezes se coloca na frente do bem estar dos próprios filhos, que são usados para machucar o outro, para punir.
Os filhos não são armas, não são um bem de um ou de outro. Filhos são a comprovação de que, ainda que agora tu não tenhas mais "aquele amor", um dia ele existiu e está cristalizado na forma de um filho. E a mágoa, a raiva, o rancor não podem ser maiores que o amor pelo seu filho.
Vai ter quem diga que eu não tenho filho, por isto que falo assim. Mas espero sinceramente que eu pense assim quando/se tiver filhos e pense no bem do outro sempre que eu amar alguém. Porque eu já compreendi que no amor não cabe preconceito, egoísmo, ressentimento, mas mesmo que ainda existam estes sentimentos na tua forma de amor, não deixe de amar, pois o exercício do amor nos faz melhores amantes ou seria amadores, ou quem sabe amorosos?
Tem até umas piadinhas dizendo "aquilo que te dá frio na barriga é montanha russa o amor é outra coisa", por exemplo. E realmente o amor é outra coisa. É uma coisa muito boa e que vale a pena sempre, leve o tempo que levar.
É amor de mãe que te faz crescer, que te aponta os caminhos e te guia para que sigas tuas próprias escolhas com liberdade apesar de o coração estar apertado. O Amor, do qual falou o barbudão JC é assim. Amar é admitir que não tem condições de criar um filho e dar para adoção. É trabalhar de sol a sol e mesmo cansada ter tempo de revisar os temas, dar bronca, dizer não e mandar tomar banho e escovar os dentes. É dar tarefas e ensinar sobre responsabilidade.
A primeira vez que assisti "Minha vida por meus filhos", um filme antigo que deu inúmeras vezes na sessão da tarde chorei que deu gosto. Aliás, choro sempre e tanto que quando o filme tem momentos tocantes meus sobrinhos e meu namorado ficam olhando pra mim pra ver as lágrimas começarem a rolar. E se espantam quando eu não choro! Este filme é lindíssimo e conta a história de uma mulher que depois de dar a luz seu décimo filho descobre um tumor em estágio avançado. Com esta descoberta sua primeira atitude é buscar famílias que queiram adotar seus filhos e mantê-los em contato. Só de lembrar já me dá vontade de chorar! Gente, quando que fragilizados por uma doença terminal nós deixaríamos o egoísmo de lado para cuidar do bem estar e do futuro daqueles que ficariam? Ela conversa com os possíveis pais adotivos e conforme vai encontrando as novas famílias as despedidas vão acontecendo. Como nos casos de adoção ainda hoje, os menores são os primeiros a serem desejados, mas aos poucos todos são acolhidos por novos lares.
E a maior lição do filme é que para amar de verdade é preciso querer e superar o egoísmo e a vaidade.
Os filhos não são armas, não são um bem de um ou de outro. Filhos são a comprovação de que, ainda que agora tu não tenhas mais "aquele amor", um dia ele existiu e está cristalizado na forma de um filho. E a mágoa, a raiva, o rancor não podem ser maiores que o amor pelo seu filho.
Vai ter quem diga que eu não tenho filho, por isto que falo assim. Mas espero sinceramente que eu pense assim quando/se tiver filhos e pense no bem do outro sempre que eu amar alguém. Porque eu já compreendi que no amor não cabe preconceito, egoísmo, ressentimento, mas mesmo que ainda existam estes sentimentos na tua forma de amor, não deixe de amar, pois o exercício do amor nos faz melhores amantes ou seria amadores, ou quem sabe amorosos?
Tem até umas piadinhas dizendo "aquilo que te dá frio na barriga é montanha russa o amor é outra coisa", por exemplo. E realmente o amor é outra coisa. É uma coisa muito boa e que vale a pena sempre, leve o tempo que levar.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Purple Door
"Purple door" uma porta violeta que muda a vida de jovens moradores de rua está é a síntese da transformação que opera a cafeteria com este nome. Eles auxiliam moradores de rua dando cursos e oferecendo trabalho e desta forma mudam a vida destas pessoas. O casal Madison Chandler e Mark Smesrud, de Denver, no Colorado tomou a iniciativa por não se conformar com o fato de existirem mais de dois mil pessoas sem teto entre 15 e 24 anos.
Iniciativas como estas existem só não são tão divulgadas como as tragédias e as dores do mundo. Saiba mais sobre a Purple Door aqui. A fonte das informações contidas neste texto são da Hypeness.
Iniciativas como estas existem só não são tão divulgadas como as tragédias e as dores do mundo. Saiba mais sobre a Purple Door aqui. A fonte das informações contidas neste texto são da Hypeness.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Salve são Jorge! Ogunhê!
Sou espírita, aos poucos vou me reformando intimamente, tentando modificar e me melhorar, tentando eliminar vícios e ser alguém melhor. Mas antes de me descobrir espírita, me descobri espiritualista, certamente reminiscências de outras vidas em que trabalhei com ervas para curar (o que é uma coisa que me vem intuitivamente quando alguém tá doente), lembrança daquelas possíveis existências em que vivi como indígena, como africana, aqui e talvez lá no berço da humanidade, enfim... E enquanto espiritualista me identifico muito com as práticas da umbanda (onde praticamente fui criada). Assim como eu, o centro espiritualista que me introduziu na espiritualidade também está evoluindo, trabalha alguns dias com o espiritismo, tendo como base as obras de Kardec. Não existem mais "trabalhos" com sacrifícios de animais nem oferendas nas ruas, tudo agora vira doação para as famílias necessitadas que frequentam o centro. As oferendas viraram auxílio para aqueles que necessitam o que comer e o que vestir.
Nesta minha andança um santo, um orixá sempre esteve comigo. É algo inexplicável mas o sentido de proteção nos perigos que passei sempre vinha do meu querido São Jorginho. Sim, nesta intimidade mesmo, afinal de contas, ele é o grande orixá, o venerado santo católico, mas antes de mais nada é um espírito amigo que me auxilia nos momentos difíceis e como meu amigo aceita que o chame carinhosamente assim. Minha fé contagiou muita gente na minha família e de certa forma somos uma família devota de São Jorge. Tenho muito a agradecer a este amigo que tantas vezes me auxiliou e ajudou aos meus familiares. Neste dia de homenagens a São jorge elevo meu pensamento em agradecimento por todas as graças concedidas! Salve São Jorge! Salve Ogum orixá guerreiro! Ogunhê!
Nesta minha andança um santo, um orixá sempre esteve comigo. É algo inexplicável mas o sentido de proteção nos perigos que passei sempre vinha do meu querido São Jorginho. Sim, nesta intimidade mesmo, afinal de contas, ele é o grande orixá, o venerado santo católico, mas antes de mais nada é um espírito amigo que me auxilia nos momentos difíceis e como meu amigo aceita que o chame carinhosamente assim. Minha fé contagiou muita gente na minha família e de certa forma somos uma família devota de São Jorge. Tenho muito a agradecer a este amigo que tantas vezes me auxiliou e ajudou aos meus familiares. Neste dia de homenagens a São jorge elevo meu pensamento em agradecimento por todas as graças concedidas! Salve São Jorge! Salve Ogum orixá guerreiro! Ogunhê!
terça-feira, 10 de março de 2015
Não é a roupa da mulher que deve ser mudada, mas o comportamento do homem!
Fico muitíssimo indignada quando uma mulher é assediada ou abusada e a primeira coisa que perguntam é sobre a roupa que usava. Eu nunca usei roupas curtíssimas ou decotadérrimas e fui assediada na rua muitas vezes. Não uso roupas curtas porque me sinto desconfortável, porque gosto de sentar no chão, de dobrar as pernas. Mas mesmo com roupas "bem comportadas" sofri assédio.
Teve uma época, quando tinha meus 10 ou 11 anos que tinha medo de ir até o bar da esquina porque tinha um homem que me perseguia. Ele me seguia de bicicleta dizendo um monte de besteiras, falando que queria fazer isto e aquilo, coisas que com dez anos eu não fazia ideia do que se tratava, mas que sabia que não queria aquela coisa asquerosa tocando em mim. Várias vezes eu corri pra casa, pois ele andava sempre de bicicleta. Eu sentia muito medo! Isto aconteceu até um dia que entrei em casa correndo e chorando e meu pai saiu atrás dele e o confrontou.
Naquele momento eu temi por mim e pelo meu pai. Graças a Deus não aconteceu nada e aquele nojento parou de me perseguir.
Mas não fiquei imune a piadas na rua, barulhos de chupão e outras coisas mais. Uma vez eu estava esperando o ônibus, pelas sete horas da manhã, na esquina da minha casa, onde tinha dois bares, mas estavam fechados e um cidadão, já com seus 40 anos e que vivia de fazer pequenos trabalhos de capina nas casas ali da volta resolveu se mostrar. Desceu da bicicleta, encostou-a no muro do bar e veio pra cima de mim com as calças arriadas e balançando seu pênis. Não sei como consegui reagir tão rápido! Deu uma surra de sombrinha no tarado! Bati nele com muita raiva! Tanta que quebrei a sombrinha e ele fugiu correndo! Depois disso pensei no quão arriscado tinha sido minha atitude e que ele poderia ter reagido, me batido e sei lá mais o que. Voltei pra casa tremendo que nem vara verde! Com as pernas bambas e chorando! Nunca mais aquela criatura se quer olhou pra mim, se me via na rua mudava o rumo. Mas ele poderia ter agido diferente e tentado fazer algo comigo novamente não é? E não era porque eu estava de mini ou micro saia, porque nunca usei nada muito acima do joelho. Não era porque eu estava de short curto ou blusa decotada ou transparente. Foi porque eu sou mulher e eles acreditam que mulheres estão aí pra isso.
Eu até acho bom que se use uniforme nas escolas e no trabalho, economizam nossas rouptchas! Mas optar por isso porque guris adolescentes não sabem respeitar as colegas é no mínimo absurdo. E mais absurdo é ouvir da responsável pelo SOE (nem sei se existe isto ainda) que as meninas devem usar "roupas comportadas e que se os guris derem piadas ou passarem a mão ela não tem nada o que fazer!" É acreditem já ouvi mais de uma vez o mesmo argumento no Dom João Braga (escola péssima, aliás) . E de mais de uma pessoa.
Outro dia um pai reagiu ao argumento dizendo que eles deveriam fazer os guris respeitar e não fazer as gurias andarem tapadas. Isso me deu uma pontinha de esperança e pensei, nem tudo tá perdido!
Mas ainda que sejamos maioria, ainda somos vítimas destes abusos.
Teve uma época, quando tinha meus 10 ou 11 anos que tinha medo de ir até o bar da esquina porque tinha um homem que me perseguia. Ele me seguia de bicicleta dizendo um monte de besteiras, falando que queria fazer isto e aquilo, coisas que com dez anos eu não fazia ideia do que se tratava, mas que sabia que não queria aquela coisa asquerosa tocando em mim. Várias vezes eu corri pra casa, pois ele andava sempre de bicicleta. Eu sentia muito medo! Isto aconteceu até um dia que entrei em casa correndo e chorando e meu pai saiu atrás dele e o confrontou.
Naquele momento eu temi por mim e pelo meu pai. Graças a Deus não aconteceu nada e aquele nojento parou de me perseguir.
Mas não fiquei imune a piadas na rua, barulhos de chupão e outras coisas mais. Uma vez eu estava esperando o ônibus, pelas sete horas da manhã, na esquina da minha casa, onde tinha dois bares, mas estavam fechados e um cidadão, já com seus 40 anos e que vivia de fazer pequenos trabalhos de capina nas casas ali da volta resolveu se mostrar. Desceu da bicicleta, encostou-a no muro do bar e veio pra cima de mim com as calças arriadas e balançando seu pênis. Não sei como consegui reagir tão rápido! Deu uma surra de sombrinha no tarado! Bati nele com muita raiva! Tanta que quebrei a sombrinha e ele fugiu correndo! Depois disso pensei no quão arriscado tinha sido minha atitude e que ele poderia ter reagido, me batido e sei lá mais o que. Voltei pra casa tremendo que nem vara verde! Com as pernas bambas e chorando! Nunca mais aquela criatura se quer olhou pra mim, se me via na rua mudava o rumo. Mas ele poderia ter agido diferente e tentado fazer algo comigo novamente não é? E não era porque eu estava de mini ou micro saia, porque nunca usei nada muito acima do joelho. Não era porque eu estava de short curto ou blusa decotada ou transparente. Foi porque eu sou mulher e eles acreditam que mulheres estão aí pra isso.
Eu até acho bom que se use uniforme nas escolas e no trabalho, economizam nossas rouptchas! Mas optar por isso porque guris adolescentes não sabem respeitar as colegas é no mínimo absurdo. E mais absurdo é ouvir da responsável pelo SOE (nem sei se existe isto ainda) que as meninas devem usar "roupas comportadas e que se os guris derem piadas ou passarem a mão ela não tem nada o que fazer!" É acreditem já ouvi mais de uma vez o mesmo argumento no Dom João Braga (escola péssima, aliás) . E de mais de uma pessoa.
Outro dia um pai reagiu ao argumento dizendo que eles deveriam fazer os guris respeitar e não fazer as gurias andarem tapadas. Isso me deu uma pontinha de esperança e pensei, nem tudo tá perdido!
Mas ainda que sejamos maioria, ainda somos vítimas destes abusos.
segunda-feira, 9 de março de 2015
Deficiente mental porque fui um?
Acabei de ler os relatos destes espíritos que vieram em sua última encarnação com algum grau de deficiência mental. O livro joga por terra aquela ideia de regra quanto ao motivo de alguém reencarnar com limitações físicas ou mentais. São várias histórias contadas pelos próprios espíritos e depois comentada pelo mentor Antonio Carlos. Vamos encontrar histórias de suicidas, ex-usuários de drogas, delatores torturados pelo remorso, pessoas que praticaram mal contra seus semelhantes e até o caso de um rapaz que reencarnou para aproximar a família da espiritualidade. Cada caso é um caso isto o livro deixa bem claro. Aliás, o relato deste jovem me emocionou muito. Ele nasceu sem nenhuma deficiência, mas tornou-se deficiente por conta de um acidente de transito, no qual deveria desencarnar. Como sentia-se em dívida, pois não havia conseguido fazer com que a família se espiritualiza-se pediu permissão para continuar encarnado, sobre o que foi alertado pelo seu mentor que, caso ocorresse, ele viveria com muitas limitações, sofrimento e dor. Ele insistiu e lhe foram concedidos mais alguns anos. Sua missão foi plenamente realizada! Como antes do acidente ele já frequentava o centro espírita e estudava a doutrina, seus companheiros do grupo jovem daquela casa passaram a lhe visitar e mais tarde outras pessoas do centro, com isto a família começou a interessar-se pelo Espiritismo e tornou-se seguidora da doutrina. Quando ele de fato desencarnou, noutro acidente a família compreendeu o desencarne, sabendo que tudo não passava de uma separação momentânea.
Enquanto lia, pensei em várias pessoas e famílias que conheço e que tem em seu seio alguém com uma deficiência. Eu mesma tenho dois afilhados com limitações, que são cercados de muito amor, condição imprescindível para o bom desenvolvimento destas pessoas.
Outro relato que muito me tocou foi o do Benedito, que nasceu com deficiência devido a sífilis de que os pais eram portadores. Na sua família todos os irmãos tinham algum grau de deficiência, mas ele foi o mais afetado. Ainda assim, era muito ativo, trabalhava com os pais na lavoura e depois, quando passou a viver na cidade começou a trabalhar rachando lenha na casa das pessoas. Mesmo com o trabalho pesado cuidou dos avós com muito carinho até seu desencarne e depois dos pais. No plano espiritual não ficou com nenhuma sequela da deficiência, visto que seu perispírito não havia sido afetado, mas apenas o corpo físico.
Para quem não crê no espírito, na reencarnação tudo pode parecer apenas uma forma de alento aqueles que sofrem. De toda forma o que devemos ter claro é que precisamos sempre amar. Uma vida não vale a pena se não amarmos.
Recomendo a leitura!
Enquanto lia, pensei em várias pessoas e famílias que conheço e que tem em seu seio alguém com uma deficiência. Eu mesma tenho dois afilhados com limitações, que são cercados de muito amor, condição imprescindível para o bom desenvolvimento destas pessoas.
Outro relato que muito me tocou foi o do Benedito, que nasceu com deficiência devido a sífilis de que os pais eram portadores. Na sua família todos os irmãos tinham algum grau de deficiência, mas ele foi o mais afetado. Ainda assim, era muito ativo, trabalhava com os pais na lavoura e depois, quando passou a viver na cidade começou a trabalhar rachando lenha na casa das pessoas. Mesmo com o trabalho pesado cuidou dos avós com muito carinho até seu desencarne e depois dos pais. No plano espiritual não ficou com nenhuma sequela da deficiência, visto que seu perispírito não havia sido afetado, mas apenas o corpo físico.
Para quem não crê no espírito, na reencarnação tudo pode parecer apenas uma forma de alento aqueles que sofrem. De toda forma o que devemos ter claro é que precisamos sempre amar. Uma vida não vale a pena se não amarmos.
Recomendo a leitura!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Amar não é difícil
Eu tinha tanto medo de amar, não de amar, porque eu amava, mas de demonstrar, dizer, viver aquilo tudo porque era desconhecido e o desconhecido dá medo. E se eu tivesse que mudar muita coisa na minha vida, e se eu tivesse que mudar muita coisa em mim, descobrindo que eu não era aquela pessoa tão legal, tão bem resolvida, tão "perfeita" como minha mãe achava? Mas que mentira, minha mãe nem acha que sou perfeita e fala dos meus defeitos na minha cara. Tá, mas e se meus defeitos não fossem só aqueles de que ela falava, e se fossem maiores ou mais graves do que a minha mãe dizia? Será que eu conseguiria conviver comigo descobrindo tanto mais coisas a meu respeito? Porque minha mãe conhece cada defeito meu, sabe quando estou bem e quando estou triste, quando estou brava e quando estou cansada. Ela me conhece há tempo demais e apesar de conhecer meu íntimo, me ama imensamente. E ama, não como se eu não tivesse defeitos, mas me ama na esperança, na solidariedade e na certeza de que posso corrigir cada um deles. Ela enxerga em mim alguém melhor. Alguém que eu às vezes não enxergo. Mas com o amor que tem por mim ela vê.
Então tem a questão do amor próprio. Não podemos amar ninguém se não nos amarmos.
Eu ainda não perdi totalmente o receio de demonstrar o amor que sinto, vejam bem, não é mais medo! Consigo me arriscar um pouco. Tive um encontro feliz que me levou a mudar bastante coisa na minha vida. Começou por minha mudança pro meu apartamento. Passa por ceder em algumas coisas, reconhecer limitações, enfim...
Não sei o quanto o outro me ama, apenas sei o que eu sinto. Algumas vezes isto basta, outras, como ainda tenho aqueles terríveis defeitos, não é suficiente. E isto ocorre geralmente naquela época do mês em que os hormônios me atacam e a TPM fica a mil. O corpo inchado, pernas pesadas e a irritação fazem parecer que nada tá certo. Então eu me dou conta e tendo controlar. Às vezes saem algumas reclamações e cobranças, noutras me sinto carente e choro muito. Por tudo... por qualquer coisa! Aí eu ganho alguns abraços apertados e tudo vai voltando ao "normal" novamente.
E eu me encho de coragem e penso, "de que vale a vida se não for pra amar as pessoas?" Amar não é difícil, a gente tem dentro esta capacidade mágica. O difícil é não nos deixarmos levar pelo que idealizamos como amor. É esta idealização que nos faz descrer das coisas. Vamos perder o medo de amar! Vamos nos desarmar e AMAR!
Então tem a questão do amor próprio. Não podemos amar ninguém se não nos amarmos.
Eu ainda não perdi totalmente o receio de demonstrar o amor que sinto, vejam bem, não é mais medo! Consigo me arriscar um pouco. Tive um encontro feliz que me levou a mudar bastante coisa na minha vida. Começou por minha mudança pro meu apartamento. Passa por ceder em algumas coisas, reconhecer limitações, enfim...
Não sei o quanto o outro me ama, apenas sei o que eu sinto. Algumas vezes isto basta, outras, como ainda tenho aqueles terríveis defeitos, não é suficiente. E isto ocorre geralmente naquela época do mês em que os hormônios me atacam e a TPM fica a mil. O corpo inchado, pernas pesadas e a irritação fazem parecer que nada tá certo. Então eu me dou conta e tendo controlar. Às vezes saem algumas reclamações e cobranças, noutras me sinto carente e choro muito. Por tudo... por qualquer coisa! Aí eu ganho alguns abraços apertados e tudo vai voltando ao "normal" novamente.
E eu me encho de coragem e penso, "de que vale a vida se não for pra amar as pessoas?" Amar não é difícil, a gente tem dentro esta capacidade mágica. O difícil é não nos deixarmos levar pelo que idealizamos como amor. É esta idealização que nos faz descrer das coisas. Vamos perder o medo de amar! Vamos nos desarmar e AMAR!
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Tchau 2014 Seja bem vindo 2015!
Sempre faço uma análise do ano que termina, uma oração e muitos desejos de tudo de melhor para a família, amigos e conhecidos. No geral sempre considero que meu ano foi bom! Creio que sou otimista! E gosto disso. Pessoas negativas me cansam e me entristecem, porque não há argumento que as convença de que as coisas não são tão ruins. É claro que não sou tola a ponto de considerar tudo um mar de rosas. Sei que existem momentos de dificuldade na vida de todos nós num momento ou noutro. Mas o saldo final pra mim sempre é positivo. Prefiro olhar deste jeito. Sim, ainda existem injustiças, diferenças, preconceitos, fome, miséria, tristeza, dor, guerra e não podemos perder a capacidade de nos indignar diante destas mazelas do mundo, principalmente porque da nossa luta contra elas é que surgirá o mundo novo, aquele mundo que tanto desejamos, o mundo melhor. Calar frente as injustiças é compactuar, é não mudar. De nós depende mudarmos nós mesmos (única e real mudança) e ajudar aos que estão a nossa volta. O ano novo, o mundo melhor depende de nós, que nem diz a musiquinha batida de final de ano. Pode ser clichê pra muita gente, mas é a verdade.
"A gente muda e o mundo muda com a gente" já escutei isto em letra de música e concordo.
Creio que um passo para ver a vida positivamente é aproveitar o que temos, é ter gratidão e reconhecer que, muitas vezes, o que nos deixa angustiados, tristes e até amargurados é o que não temos (e que algumas vezes nem precisamos). Sejamos gratos ao que temos, a nossa família e amigos, a nossa saúde, a nossa casa, ao trabalho, ao alimento, a natureza, o mar, a brisa, a chuva, as plantas.
Por isto minhas resoluções de final de ano são simples e não dependem de dinheiro.
1 - Admirar mais a lua e as estrelas (de preferência ao ar livre)
2 - Andar descalça na terra, na grama, na areia (esta vai ser difícil)
3 - Sorrir mais e gargalhar sempre que a situação permitir
4 - Estar mais com os amigos e a família, compartilhar bons momentos
5 - Fazer caminhadas a tardinha diariamente (ou sempre que possível)
6 - Ler mais, quem sabe bato meu recorde de anos anteriores
7 - Ir mais ao cinema (assistir filme em casa também vale)
8 - Ir a lugares que nunca fui (como diria Tim Maia, vale tudo!Todo tipo de lugar, ocasião ou evento)
9 - Fazer um trabalho voluntário (esta resolução vem comigo há vários anos já, mas minha desorganização ainda não permitiu tempo para realizá-la, mas este ano me emprenharei)
10 -Amar e namorar bastante, afinal ninguém é de ferro e o amor transforma a gente e a gente transforma o mundo! <3 nbsp="" p="">Que todos nós tenhamos um 2015 repleto de amor, harmonia, paz, realizações, prosperidade, luz, bençãos, sucesso, alegrias, felicidade, fé e muita saúde.
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"A gente muda e o mundo muda com a gente" já escutei isto em letra de música e concordo.
Creio que um passo para ver a vida positivamente é aproveitar o que temos, é ter gratidão e reconhecer que, muitas vezes, o que nos deixa angustiados, tristes e até amargurados é o que não temos (e que algumas vezes nem precisamos). Sejamos gratos ao que temos, a nossa família e amigos, a nossa saúde, a nossa casa, ao trabalho, ao alimento, a natureza, o mar, a brisa, a chuva, as plantas.
Por isto minhas resoluções de final de ano são simples e não dependem de dinheiro.
1 - Admirar mais a lua e as estrelas (de preferência ao ar livre)
2 - Andar descalça na terra, na grama, na areia (esta vai ser difícil)
3 - Sorrir mais e gargalhar sempre que a situação permitir
4 - Estar mais com os amigos e a família, compartilhar bons momentos
5 - Fazer caminhadas a tardinha diariamente (ou sempre que possível)
6 - Ler mais, quem sabe bato meu recorde de anos anteriores
7 - Ir mais ao cinema (assistir filme em casa também vale)
8 - Ir a lugares que nunca fui (como diria Tim Maia, vale tudo!Todo tipo de lugar, ocasião ou evento)
9 - Fazer um trabalho voluntário (esta resolução vem comigo há vários anos já, mas minha desorganização ainda não permitiu tempo para realizá-la, mas este ano me emprenharei)
10 -Amar e namorar bastante, afinal ninguém é de ferro e o amor transforma a gente e a gente transforma o mundo! <3 nbsp="" p="">Que todos nós tenhamos um 2015 repleto de amor, harmonia, paz, realizações, prosperidade, luz, bençãos, sucesso, alegrias, felicidade, fé e muita saúde.
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