segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Ampulheta da fertilidade

Com estes dias de repouso pós-cirúrgico pude acompanhar algumas séries e até novelas de que gosto. Foi numa tarde destas, assistindo ao folhetim das 19h, Alto Astral que vi a personagem Tina, interpretada pela fantástica Elisabeth Savala conversando com Laura, personagem de Nathália Dill sobre a escolha de ter filhos, o tempo a fertilidade. Era uma fala sobre a terrível ampulheta da fertilidade, esta que marca nosso tempo, o tempo de validade das mulheres. Laura perguntou a Tina se ela nunca tinha querido ter filhos naturais. Tina é casada com Manuel, um viúvo pai de quatro filhos, que ela criou e ama como seus. A pergunta de Laura ela respondeu com uma naturalidade sincera e até sofrida. Tina explicou que quando casou os filhos de Manuel eram bem pequeninos e não dava para ter filhos e o tempo foi passando, foi passando, foi passando e quando ela viu não dava mais tempo.
Eu me vi nesta situação, e vi algumas amigas e muitas mulheres que não conheço mas que sofrem a pressão da ampulheta com suas areias escorregando e lembrando que o tempo está passando. Não casei com um viúvo pai de quatro crianças e creio que se tivesse participado de uma situação destas não sentiria necessidade, tal qual a Tina, de mais filhos. Porque filho adotivo é filho e ponto.
Então eu me vi nela. Eu não sei a resposta pra decisão de ter filhos. Quero, mas não sei, tenho dúvidas, tenho medo. Não tenho resposta! Mas sei que quero ter alguém me chamando de vó quando for velhinha, como não tenho filhos será difícil. Será que vou poder adotar caso o prazo de validade vença?
Minha médica já me disse que até os 38 anos as coisas são tranquilas, mas depois a ovulação fica mais escassa e a possibilidade de engravidar mais difícil. Uma vez, quando me perguntou se eu queria filhos eu estava sozinha. Da segunda o relacionamento era um pouco recente e tem toda uma série de decisões que não dependem só de mim. Mas a ampulheta descarrega a areia na minha cara, só na minha cara. Porque pra muitas pessoas a decisão é só minha. E se antes, antes da ampulheta estar com tão pouca areia eu tivesse decidido por minha conta e risco,sem perguntar a ninguém ter este filho, deixar a fertilidade agir, como tantas outras mulheres já fizeram "antes da hora" como me interpelariam? O que me diriam estes mesmos que me dizem para decidir já?
Jamais poderia decidir por uma produção independente e privar meu filho de ter amor e convivência com o pai. Eu não conseguiria ser feliz sabendo que meu filho quer respostas que eu talvez não pudesse ou não quisesse dar. Então eu deixei pra decidir depois. E agora tem esta história do tempo e a decisão do outro, por quem não posso decidir. Por isto deixei para decidir daqui a pouco, pra resolver depois, mais uma vez.
Por algumas vezes consigo ignorar a ampulheta da fertilidade, virar a cara pra ela. Outras vezes sinto um aperto no peito e não consigo evitar o choro. Sei que tenho amigas passando pelo mesmo sentimento, pelo mesmo momento, pela pressão e tortura desta ampulheta. Como creio que o tempo é o senhor da razão... e nada acontece fora do tempo certo... na devida hora tudo acontecerá.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Catapora

É tempo de catapora, doença infantil, em geral, que causa bolhas d'água, feridas, febre e muita coceira no corpo. As benditas feridinhas podem atacar todo o corpo, do couro cabeludo até cantinhos mais internos aonde quer que tenha pele.
Eu tive, aliás tive quase tudo que foi doença de criança! Tive catapora, caxumba, hepatite A, e mais um monte de coisas. A minha catapora começou numa época em que eu estava passando uns dias lá fora na casa da dona Didi. Não lembro direito como começou. Lembro que tive bastante febre. As feridas se espalharam por tudo e eu tinha na cabeça, dentro das orelhas, embaixo dos braços, nos órgãos genitais, na garganta e sabe-se-lá-mais-onde.
A ferida da garganta não me permitia comer, pois nada passava por ali sem me causar ânsia de vômito. Lembro de tomar apenas canja, ou melhor o caldinho da canja. A gente estava lá fora, no interior de Piratini aonde não tinha água encanada, luz ou telefone. E o telefone mais próximo era há quilômetros de distância da casa da vó Didi, bem como os vizinhos, a cidade, o bar mais perto. Era muito bom ficar lá nas férias, mesmo sem ter absolutamente nada pra fazer. O tempo passava beeeem devagar, minhas horas eram gastas debaixo de uma árvore na frente da casa, aonde deitava no chão e escutava rádio, viajava nas nuvens adivinhando figuras, sonhava com coisas futuras. Outras vezes eu corria atrás dos bichos, porcos, galinhas e patos. Outras brincava de casinha, inventava histórias ou ajudava a vó Didi a fazer biscoitinhos, sovar massa de pães no cilindro e tantas outras atividades domésticas. A gente visitava a casa de alguns vizinhos. Para isto precisávamos fazer longas caminhadas até a casa deles. Mas quando fiquei doente tive que ficar em casa porque não podia pegar frio e chuva e porque não devia contaminar os outros.
Engraçado que mesmo bem distante do meu mano ele pegou catapora também, na mesma época. A diferença é que eu fiquei tapada de feridas dos pés a cabeça e ele teve uma meia dúzia, no máximo, na barriga.
Como a vó Didi já tinha uma idade um pouco avançada, achou melhor voltar pra casa comigo pra minha mãe cuidar de mim. O legal foi que a volta, da casa  lá de fora até o lugar onde pegávamos o ônibus, fui a cavalo com o Vilmar. Foi muito emocionante! Quando cheguei em casa fazia um dia quente, mas caía uma chuva de verão leve e eu fiquei na janela vendo meus irmãos e prima tomando banho de chuva e  se refrescando, mas eu não podia. Foi chato!
Apesar de tantas e tantas feridas creio que não fiquei com nenhuma marca no corpo. Ficar doente é bem ruim, eu achava bem chato não poder fazer várias coisas, mas também tinha lá suas vantagens. Afinal... quando a gente fica doente recebe bastante atenção, carinho, cuidados e mimos.
Meus queridos sobrinhos estão passando pela fase cataporenta. A Larissa teve há bastante tempo, devia ter uns dois aninhos. Este ano foi a vez da Amanda, depois foi o João e agora meu amor Yuri. Tomara que o Pê e o Daniel se livrem dela por enquanto.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Gratidão

Hoje fui na revisão da minha cirurgia, foi tranquilo. Os pontos estavam sequinhos e já foram tirados, não tem dor e a recuperação ótima, apesar do cagaço pré-operatório. Doeu um pouquinho quando a enfermeira levantou e cortou a linha. Não sabia que doía... Mas agora não tá doendo mais.
Próxima revisão só após a retirada do resultado da análise da vesícula pelo início do mês de janeiro. Recomendação médica é evitar alimentos gordurosos, o resto tá tudo liberado.
Agora mais uns diazinhos de repouso na casa da mamãe e voltamos a rotina normal.
Confesso que as coisas saíram melhor do que eu podia imaginar ou esperar. Nunca havia estado numa sala de cirurgia e tinha medo de não ter uma boa recuperação ou de sentir dor. Sim, apelei para o Dr Bezerra de Menezes e todos os amigos da espiritualidade, considero-me atendida, e muito, muito, muito agradecida. Como no post anterior mais uma vez agradeço os médicos, o corpo de enfermagem e todos os funcionários da Fau onde estive internada e fui excelentemente tratada. Demorou um pouquinho da descoberta até a realização da cirurgia, é verdade, mas ao final foi tudo muito bem.
Peço desculpa aos amigos que não tinham ideia de que faria uma cirurgia. É que não gosto de ficar publicando minha vida nas redes sociais, mas o agradecimento pelo tratamento recebido no SUS e pela Fau devem ser públicos. Agradeço também a minha mamis, meu pai, meus irmãos e todos os familiares que me acompanham neste momento. Também sou agradecida aos amigos, em especial a Deisi que insistiu até o fim que eu fizesse a cirurgia pelo SUS e foi comigo consultar. Sou grata a Deus e a toda a espiritualidade, como não podia deixar de ser.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Convalescendo

Estou há alguns dias sem poder escrever por aqui. Primeiro porque estava me preparando para realizar uma cirurgia e agora por estar me recuperando dela. Foi uma cirurgia simples, apesar do nome ser complicado! Aconteceu na segunda feira a tarde e hoje já estou bem e na casa da mamãe por alguns dias.
Da descoberta da necessidade do procedimento cirúrgico até o acontecimento dele de fato se passaram alguns meses, já que precisei fazê-lo pelo SUS. Aproveito para destacar o ótimo atendimento que tive no Hospital Escola da FAU por toda a equipe, desde a recepção até os médicos, enfermeiros e todos os outros profissionais. Minha recuperação está sendo ótima! Logo logo tudo volta a rotina!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Choro

Tenho mais jeito pra falar sobre e de qualquer coisa através da escrita. Falo pelos cotovelos é verdade, mas quando é pra falar de alguém que gosto, me emociono, engasgo e a voz não sai. Quando é de alguma coisa que me incomoda a voz se eleva uma oitava acima, a entonação fica agressiva e mesmo que não queira brigar ou dar entender que estou brigando a mensagem que passam minhas cordas vocais é justamente o contrário. Então... quando é pra falar a alguém de forma a não ter equívocos opto pela escrita. De maneira geral passo toda a emoção que sinto quando escrevo e muitas e muitas vezes escrevo chorando, quase sem enxergar as palavras digitadas no monitor.
Creio eu que seja a idade que me tornou ainda mais sensível. Sempre fui chorona. Mas a verdade é que nos últimos tempos está mais incontrolável. E tenho como prática desde sempre não engolir o choro! Evitar que as lágrimas caiam é muito dolorido pra mim, dói minha cabeça, machuca minha garganta, aperta o peito, me desliga do que tem ao redor de mim.
Na minha adolescência chorei muito... bem mais que agora e de forma louca. Agora, pelo menos, eu sei porque choro. As coisas que me tocam são diferentes. Fico pensando, por exemplo numa coisa que deixei pra lá, a qual não pensava antes porque não via sentido em pensar ou decidir qualquer coisa quando não dependia de mim apenas, e agora pensar ou decidir também não depende só de mim, mas daí me falam que tenho que decidir o quanto antes porque o tempo tá passando. Então eu fico pensando nisto, fico pensando em quantos anos até os 40. Fico pensando que o tempo já passou e se não aconteceu antes é porque não é pra acontecer. Ou que se for pra acontecer vai acontecer mesmo depois dos 40. E tem a minha porção espírita que não pode deixar de pensar... será que não me comprometi de trazer outros ao mundo e agora estou mudando de ideia? Tem o lado racional que me destaca o livre arbítrio e meu direito de mudar de ideia, de fazer outras escolhas. Daí penso na escolha do outro. Penso nas expectativas da minha família, penso nas pessoas que sempre me falam que eu deveria ter filhos porque tenho muito jeito. E penso no medo que deve dar ao saber que uma vidinha tá na tua mão e é da tua responsabilidade. Pensando nestas coisas acabo chorando.
É provável que eu esteja evitando de pensar no assunto para não ter que tomar uma decisão definitiva, ou só uma decisão temporária. Acaba sendo inevitável lembrar de algumas conversas em que me afirmaram que eu queria ter filhos, mesmo que eu estivesse  negando veementemente. Mas eu não estava, antigamente, mentindo, apenas eu realmente não pensava na hipótese. Agora, até penso, mas não sei a resposta. E quando penso, lembro da história do tempo, da pressa e me apavoro. Claro que apavorada eu choro.

sábado, 22 de novembro de 2014

Trabalho de formiguinha Um mundo melhor é a gente que faz

Muitas vezes pensamos que somos pequenos, que nossas ações ou atitudes não vão ajudar a mudar nada no mundo. Acreditamos que aquele gesto é insignificante diante de tantas carências e sofrimento. Mas me recuso a pensar assim. Assim como me recuso a crer que existe mais mal do que bem no mundo. O bem existe, apenas é mais tímido, simples. O mal é ousado, choca, machuca e acaba tendo maior repercussão. Devemos continuar combatendo o mal sim, mas sempre acreditando no bem. A fé, o amor, o bem, a caridade, a esperança devem estar presentes no nosso trabalho de formiguinha.
É verdade de que o fato de eu não jogar um papel ou uma garrafa no chão não vai impedir o aumento na camada de ozônio e o derretimento das geleiras. Só que se todo mundo pensar assim o processo pode até acelerar. Tem também o fato de que aquela pessoa torna-se um exemplo para outros, um multiplicador e isto sim faz a diferença.
E como o bem e o amor existem e não tem tamanho nem idade surgem almas lindas como a de William Winslow, como a de Ryan e tantas outras crianças que não deixam que a pouca idade os impeça de lutar pelo que crêem. Willian tem oito anos e criou uma forma de alimentar crianças carentes no bairro onde mora. Tudo começou quando ele ficou sabendo do programa voltado a segurança alimentar de crianças chamado "Backpack Buddies". Em sua festa de aniversário ele resolveu pedir doações de alimentos e dinheiro ao invés de presentes para ele e conseguiu arrecada mais de mil quilos de alimentos e U$ 305.
Em 2014 William conseguiu arrecadar doações suficientes para alimentar 16 crianças por um ano inteiro. Para isto ele contou com a ajuda dos pais, 50 voluntários, quatro mercearias e um restaurante. O guri não pretende parar por aí não, quer poder expandir sua área de atuação para além de seu bairro. Como vemos é um trabalho de formiguinha. Não temos como saber se William acabará com a fome no mundo, mas está muito inclinado a fazer todo o possível para isto. E é bem provável que com seu empenho consiga e sua pouca idade não é empecilho. Tanto que agora tem até uma fundação com seu nome "Willian's food drive". Realmente o que é bom nasce pronto!
Informações retiradas do site Hypeness

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Nem sei...

Nem sei direito o que escrever, nem por onde começar. Um pouco de preguiça misturada com algum cansaço acumulado de poucas horas de sono, trabalho e uns três anos sem férias. Daí que a preguiça parece que não nos deixa nunca mais. Então eu olho pra tela do computador e nenhuma ideia me ocorre. Ao mesmo tempo várias ideias me ocorrem, mas vou descartando-as por considera-las muito íntimas ou por crer que não interessam a quem lê. E a seleção do tema vai ficando... a preguiça se encostando... a procrastinação aumentando... e como diz o chapeleiro maluco da Alice "tanta coisa pra fazer e tão pouco tempo!"

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Genealogias familiares confusas

Tem um texto que eu adoro, do qual desconheço a autoria que chama-se "O homem que morreu de confusão". Transcreverei o texto logo abaixo para que tomem ciência do conteúdo e compreendam que é possível que na minha família venha a acontecer algo do tipo, tanto do lado do meu pai, quanto da minha mãe. Eu na verdade não acho as coisas confusas, consigo entender bem tudo, embora algumas vezes me surpreenda com a descoberta de um parentesco a mais com um já parente.
Começo falando do lado da minha mãe. Minha vó Amália tinha vários irmãos e aconteceu de dois casarem-se. A princípio a coisa parece terrível, como dois irmão casam entre si! Mas esmiuçando a árvore genealógica descobrimos que a irmã era minha avó e não os que casaram. Explico melhor!
Minha avó Mália era filha da bisa Elmira com um cidadão o qual não sei o nome, só sei que o sobrenome é Oliveira. Este senhor Oliveira tinha outros filhos, que vinham ser meio irmãos da minha vó. E minha bisa, por sua vez, teve outros filhos e filhas de outros relacionamentos, sendo estes meio irmãos da minha vó. Ocorreu então que o meio irmão paterno da vó Mália, tio Ilvo deu de apaixonar-se pela meia irmã materna da vó Mália, a tia Ursina, ou talvez Orestina, não estou bem certa do nome. E por conta deste amor casaram-se.
Como é de praxe misturar deu de acontecer de meus tios Leopoldo e Claudio (mais conhecido como Guinho) resolverem casar com as irmãs Lorena e Loraci. Até aí tudo bem, nem tem confusão, apenas uma sequência, quase um tradição de família, visto que os filhos do tio Guinho a Claudia e o Maicom casaram-se com um casal de irmãos.
A confusão acontece mesmo quando eu digo que minha irmã é casada com meu tio. Todo mundo acha absurdo e contesta e quer explicações.  E a explicação é muito mais fácil, do que o caso dos meio irmãos da vó. É sim. Meu pai foi casado, antes de conhecer minha mãe e teve 4 filhos, perdeu um ainda criancinha. São eles meus meio irmão, entre elas a Mana que veio casar com meu tio por parte de mãe. Sendo assim não há nenhum parentesco entre eles, a não ser eu que sou irmã de uma e sobrinha da outra, minha mãe que é madrasta de uma e irmã do outro e meu pai que é pai de um e sogro do outro. Dos filhos da minha irmã com meu tio acabei tendo três sobrinhos/primos. Minha mãe tem sobrinhos/netos postiços. E meu pai tem netos e sobrinhos por afinidade. Uma loucura! Eu e a minha mãe somos tias dos mesmos sobrinhos! Isto é fantástico!
Além das questões que expus ainda tem o fato de eu ser madrinha de metade dos meus sobrinhos filhos desta minha irmã. E da minha sobrinha mais velha, de quem não sou madrinha, sou cumadre, pois batizei o filho dela. é uma trama bem trabalhada!
Não bastasse as confusões mais antigas deu de acontecer justamente do meu irmão caçula ter um romance passageiro com uma prima de segundo grau, ou seja filha de uma prima. Deste romance nasceu o João Pedro que é meu sobrinho e afilhado e primo em terceiro grau. O Pedro conseguiu a proeza de ser primo (terceiro) dos próprios pais e neto e tataraneto da mesma vó. No caso a minha vó Mália. Minha mãe é vó da criança e a irmã dela é bisavó.
Do lado do meu pai a confusão não é menos comum. Começa com os irmãos que casaram com irmãs. Minha avó Cela casou com o vô gentil. E o irmão dela casou com a dona Santa.  Meu pai e minha tia Eva se casaram com os irmãos Dalva e Edegar. Esta é das misturas mais simples. Já meu tio mais velho, o tio Lauro resolveu misturar bem e casou com a prima Marli. Teve 4 filhos, que são também seus primos.
Eu que não sou de me assustar nem cogito esta bobagem de sair da história por conta da confusão, gosto mais é que misture tudo mesmo. Só nunca namorei primo, porque pra mim eles são a mesma coisa que irmão. Tô pensando em desenhar a árvore genealógica, mas tô com receio de que fique tudo um borrão de tanta linha cruzada de cá pra lá que vai ter.

O texto, que acho foi inspirado na minha família está logo abaixo.
"O HOMEM QUE MORREU DE CONFUSÃO 

Foi encontrado no bolso de um suicida, em Maceió, a seguinte carta: 

Ilmo Sr. Delegado de polícia, não culpe ninguém pela minha morte. 
Deixei esta vida porque um dia a mais que eu vivesse, acabaria morrendo louco. 

Explico-lhe Sr. Delegado, tive o destino de casar-me com uma viúva, a qual tinha uma filha, se eu soubesse disso jamais teria me casado. 

Meu pai, para maior desgraça, era viúvo e quis ele se casar com a filha de 
minha mulher, resultou daí que minha mulher tornou-se sogra de meu pai, 
minha enteada ficou sendo minha mãe e meu pai era ao mesmo tempo meu genro. 

Após algum tempo, minha enteada trouxe ao mundo um menino que veio a ser meu irmão, porém neto de minha mulher de maneira que fiquei sendo avô do meu irmão. Com o decorrer do tempo, minha mulher deu a luz a um menino, que como irmão de minha mãe, era cunhado de meu pai e tio de seu filho, passando minha mulher a ser nora de sua própria filha. 

Eu, Sr. Delegado, fiquei sendo pai de minha mãe, tornando-me irmão de meu pai e de meus filhos e, minha mulher ficou sendo minha avó, já que é mãe de mamãe, assim acabei sendo avô de mim mesmo. 

Restando, Sr. Delegado, antes que a coisa se complique mais, resolvi 
despedir-me deste mundo. 

Perdão Sr. Delegado." 

Fonte do texto: Ivan Meyer

sábado, 15 de novembro de 2014

Para ajudar não tem idade - Um mundo melhor depende de nós

A primeira vez que ouvi falar de Ryan Hreljac pensei logo na expressão "o que é bom nasce feito". Não sei se vocês perceberam mas eu amo ditos e expressões populares e sempre uso sem moderação para ilustrar meus textos. E esta expressão representa bem o, hoje, rapaz Ryan que salvou milhares de pessoas de morrerem de sede ajudando a abrir poços na Africa. Com apenas seis anos de idade Ryan resolveu ajudar crianças  africanas que precisavam caminhar vários quilômetros para conseguir um pouco de água potável. Durante uma aula a professora contou que milhares de crianças africanas ficavam doentes ou até morriam por não ter acesso a água potável. Falou sobre as péssimas condições de saneamento. O garoto se comoveu com a história e perguntou a professora quanto custaria um poço d'água na África. Ela disse que seriam 70 dólares, pois lembrou da ONG WaterCan . O menino chegou em casa entusiasmado para ajudar e pediu o dinheiro para a mãe. Como condição para dar o dinheiro a mãe exigiu pequenos serviços. Depois de juntar o dinheiro mãe e filho foram a ONG para comprar o poço, mas descobriram que sairia bem mais caro.
Ryan não se deu por vencido e convenceu amigos e familiares a juntarem-se a ele. No final da empreitada conseguiram arrecadar 700 dólares, ainda não era o suficiente, mas a WaterCan comprometeu-se a pagar o restante.
Depois disso ele criou a fundação Ryan's Well (poço de Ryan) e desde então permitiu que mais de meio milhão de pessoas tivessem acesso a água potável. Ryan segue trabalhando e viajando o mundo todo para arrecadar apoios para os poços. Esta é uma história que vale a pena ser contada e divulgada mundo a fora. São estes exemplos de amor e caridade que devem ter publicidade. Nós precisamos, assim como Ryan, saber que milhares de pessoas morrem de sede, fome, peste e doenças e que podemos fazer algo, mesmo que pequeno. Não devemos nos intimidar com o tamanho do gesto que podemos fazer, afinal, um pequeno gesto pode tornar-se um grande movimento. Não dizem que quando uma borboleta bate as asas na Ásia o efeito pode ser sentido do outro lado do mundo? Nos podemos fazer o papel da borboleta e numa pequena ação fazer algo bom do outro lado do mundo.


Fonte Papo de homem , Rya's Well e Youtube

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Tábua de salvação

A primeira vez que ouvi falar na expressão "tábua de salvação" foi quando li, num livro que não recordo o nome. Lembro que eu era bem criança e achei a expressão estranha e sem muito sentido. Até que minha mãe me explicou dando um exemplo assim "tábua de salvação é uma tábua ou um escombro no qual a pessoa se agarra quando está se afogando", no caso de uso geral, a expressão significa alguém, ou alguma coisa, que ajudou quem estava em perigo a salvar-se. Daí fez sentido!
Depois disso várias vezes ouvi ou li a frase e na maioria das  vezes era no sentido de pessoas que foram salvas de situações dramáticas. E algumas outras vezes, conhecendo a história de algumas pessoas eu torci muito e rezei pra que elas encontrassem suas tábuas de salvação. Eu sei que ninguém salva alguém que não quer ser salvo. A ninguém é possível dar paz ao outro ou felicidade, porque ambas são interiores. Mas podemos estar ao lado e dar alguma segurança. Devemos mostrar aquela pessoa que ela não esta sozinha.
Um amigo me contou uma vez quando foi demitido de um trabalho que amava muito ficou terrivelmente deprimido. Ele destacou que ficou realmente muito mal, que não conseguia sair da cama, não comia e não dormia bem. Foram vários dias naquela deprê. E que uma amiga ficou todo o tempo que ele estava mal junto com ele. Chegava de manhã e ficava até a noite, sem falar uma palavra muitas vezes, mas estava lá. Mostrando que ele não estava só, que aquilo era só um obstáculo e que tudo ficaria bem. A amiga foi a "tábua de salvação" dele. Acho esta história, verdadeira muito linda, de um amor genuíno e de uma amizade pura e verdadeira.
Quero muito que duas pessoas que passam por problemas sérios encontrem suas "tábuas de salvação" e consigam romper o ciclo vicioso em que se encontram no momento. Rezo para que superem suas dificuldades e tenham muita felicidade em suas vidas.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Encontros e despedidas

Não sei lidar direito com despedidas! Durante um pouco mais de um ano fiquei indo e vindo e não importava quantas vezes eu embarcasse no ônibus aqui ou desembarcasse dar tchau era um exercício bem difícil, sempre regado de lágrimas e soluços. Foi um tempo de bom aprendizado, de crescimento pessoal e amadurecimento. E mais que tudo foi um tempo de descoberta de mim e da minha família.
Sempre fui muito ligada a minha mãe e ir pra longe, mesmo que o telefone ou a internet nos re-ligasse partir era uma dor terrível, digno de filme, tamanho era meu chororô. O lado bom foi aprender a ser independente, a agir por mim, tomar decisões. O lado ruim era sentir saudade, se sentir sozinha, não poder ver as pessoas que amava na hora que queria. Creio que o aprendizado maior foi descobrir o quanto minha família era importante pra mim. Não só o núcleo direto, pais, irmãos e sobrinhos. Mas todos! Minha avó, meus tios e tias, meus primos.
Para completar este período foi bem na época da novela Senhora do Destino que tinha o tema de abertura a música "Encontros e Despedidas" do Milton Nascimento cantado pela Maria Rita. E toda vez que eu entrava no ônibus a música começava a tocar na minha cabeça, numa trilha sonora de choro e "até logo".
Depois deste tempo a despedida que me arrancava lágrimas era da minha sobrinha, que pequenininha não queria ficar ou nos deixar ir embora. Que dor sentia vendo aquela guriazinha chorando. Hoje a história se repete com outro sobrinho. A agonia é a mesma. Ver os olhinhos cheios de lágrimas parte meu coração. E como as despedidas não me são nada fáceis fico destruída e aos prantos. A trilha sonora volta a mente na voz de Elis Regina e o choro rola frouxo.

sábado, 8 de novembro de 2014

Um mundo melhor é a gente que faz II

Desde que me conheço por gente o centro espírita Pai Bernardo Jaime de Carvalho realiza atividades de orientação e tratamento espiritual, passe, assistência a carentes. São mais de 60 anos de atuação ininterrupta. Aliás, pensando melhor, bem antes de eu me conhecer por gente, pelo menos nesta existência.
Eles recebem doação de alimentos não perecíveis e roupas que são entregues a várias famílias cadastradas e que moram ali na região do porto. Os dias de atendimento são segundas e quintas, até as 20 horas, momento em que fecham as portas para o início do trabalho. Aos sábados o trabalho acontece a tarde, às 16 horas.
O centro fica na Rua Três de Maio, n° 67, Pelotas. Quem precisar de auxílio ou quiser ajudar será bem vindo!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Amofinada

Acho muito estranho quando não tenho assunto para escrever. Pra mim escrever é ordenar pensamentos, é compreender sentimentos, expurgar tristezas. E quando estou Sentindo muitas coisas ao mesmo tempo e não consigo escrever isto me deixa apreensiva, porque sei que vai demorar um pouco mais a digerir o que acontece e consequentemente minha harmonia interior não será a mesma. Geralmente quando isto me ocorre eu me recolho e fico quieta. Choro um pouco... ou muito e com o passar dos dias as coisas se acomodam e eu enxergo melhor tudo.
São preocupações nas quais não posso agir. São aquelas coisas que a gente tem que entender e respeitar, para as quais a gente pode fazer prece e dizer, lembrar que está a disposição, que está apostos, mas que independem totalmente da gente. São decisões e escolhas dos outros. É a caminhada do outro e nós só podemos fazer companhia, a escolha do caminho é do outro.
Talvez seja o mais difícil exercício do amor, deixar que as pessoas passem e aprendam o que precisam aprender por si. Quando os pais ensinam o certo e o errado, dizem não, dão carinho e amor devem ficar com a consciência tranquila e confiar no bom trabalho que fizeram. Mesmo assim é difícil não se amofinar com as dificuldades naturais que os filhos enfrentam na sua jornada.
É, eu que não tenho filhos me amofino do mesmo jeito.  Neste momento me sinto amofinada e sem palavras para explicar. Mas ao mesmo tempo grata por poder exercitar o amor.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O mordomo da Casa Branca

Mesmo que não tenhamos vivido tanto é impressionante como as coisas mudaram em um tempo relativamente curto. No filme "O mordomo da Casa Branca" do diretor Lee Daniels várias lutas e conquistas podem ser vistas durante a existência Eugene Allen. É um drama que nos faz chorar por muitas vezes, principalmente quando nos damos conta de que esta história é recente.
É uma longa trajetória de um campo de algodão, onde Eugene trabalhava com os pais, até a Casa Branca. Ainda menino, ainda escravo, ele presencia o assassinato de seu pai após o estupro de sua mãe pelo filho da dona da fazenda onde trabalhavam. Depois do ocorrido Annabeth Westfall decide tornar Eugene um negro da casa e ensina a ele como servir a mesa, boas maneiras e como servir convidados, também ensina-o a ler. A mãe, após a violência sofrida fica alheia aos acontecimentos ao redor. Logo que pode ele decide ir embora da fazenda e acaba trabalhando num hotel, onde é "descoberto" pelo responsável pelas contratações de funcionários da Casa Branca.
Eugene passa por vários presidentes, sempre servindo dedicada e lealmente. Mas sua vida é um tanto caótica, cheia de desentendimentos com o filho Louis, que segue a filosofia de Martin Luther King  e luta pela liberdade dos negros americanos. Também passa por momentos difíceis com a mulher Gloria, que não se conforma com sua ausência em casa e supre suas insatisfações com a bebida.
Eugene perde o filho mais caçula na guerra do Vietnã. Só após ser convidado pela esposa do presidente Ronald Reagan consegue compreender a luta do filho mais velho pela igualdade.
Ele passou pela escravidão, pela luta pelos direitos civis negros, pela guerra do Vietnã, pela perda dos pais, pela perda dos filhos, pelo assassinato de John Kennedy e a eleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama.
Quando coloquei o dvd não esperava muito, mas foi uma grata e boa surpresa. Oprah Winfrey se saiu muito bem como atriz. Forest Whitaker está muito bem como Eugene Allen.
Alguns atores estão irreconhecíveis nos papeis dos presidentes e suas esposas. Jane Fonda como Nancy Reagan é um exemplo. John Cusack está no papel de Nixon. Lenny Kravitz e Cuba Gooding Jr. são companheiros de trabalho e amigos de Eugene.
Foi uma boa pedida para um domingo nublado e chuvoso. Vale para reflexão, principalmente depois que acabamos vendo tantos discursos de ódio nas redes sociais. Recomendo!

Foto: AdoroCinema

domingo, 2 de novembro de 2014

Café e esperança - Um mundo melhor é a gente que faz

São pequenos gestos que fazem toda a diferença. Pensamos, muitas vezes, que para ajudar alguém ou fazer a diferença no mundo precisamos fazer algo grandioso, ser um gênio da ciência ou um milionário, no entanto, pequenas atitudes podem significar muito para quem necessita. Não é necessário dispor de horas e horas para praticar o bem e o amor ao próximo, uma palavra, um sorriso, um elogio sincero podem mudar o dia de uma pessoa.
Um exemplo de gesto simples e grandioso é o que faz Harry Dandison Dewey. Ele é morador do Michigan, nos Estados Unidos e começou a comprar café quando seu pai fazia um tratamento de câncer de próstata. Dan, como é conhecido saia para comprar café para o pai e perguntava aos outros pacientes se gostariam de alguma coisa. Mesmo depois que o pai teve alta do tratamento ele seguiu levando café para os pacientes. Assim surgiu o "Dan's Coffee Run" ("Corrida do café do Dan"). Ele leva cerca de 90 copos de café do Satrbucks para desconhecidos em dois centros diferentes de tratamento de câncer em Michigan todas as semanas. 
Muito mais que um cafezinho Dan leva boa conversa e muitas risadas para pacientes que enfrentam a quimioterapia. A comunidade ficou tão grata que criou uma página no facebook falando do trabalho do Dan e como ajudá-lo com doações. 
Tal como Dan nós também podemos realizar algo assim, simples e bom. Caso não tenhamos como comprar o café podemos oferecer apenas a boa conversa, podemos ajudar crianças numa creche ou idosos num asilo, enfim. Também existem instituições que nos ajudam a ajudar como a Parceiros Voluntários. É colocar as mãos a obra.

Eu tirei as informações do site "Hypeness".

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Recebi flores lindas de presente

Eu acredito que o mundo devolve aquilo que a gente dá, umas semanas atrás distribui flores para os amigos, e na quarta feira recebi umas belezucas do Vaz. Amei! Dente de Leão, Flor de maracujá (do mato) e florzinha do campo. Sinto-me infinitamente agradecida.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Leveza

Nossos dias pedem leveza, não só porque está aquecendo e com o calor devemos optar por pés descalços e roupas soltas, mas também porque devemos aprender que levar a vida a ferro e fogo não vale a pena. É claro que esta é uma constatação que chegamos depois de viver algum tempo, depois de alguns anos de experiência. É como ir a praia. Sim, lembre que quando éramos crianças e íamos para a praia ficávamos o dia todo dentro d'água sob o sol torrencial sem se importar que a noite estaríamos ardidos, mas felizes. Com o passar dos anos muitas vezes optamos pela sombra das árvores quando o sol tá a pino, depois vamos até a água damos um belo mergulho, alguns até gostam de se bronzear e deitam com o sol inundando o corpo de calor. Continuamos gostando da praia, da água, da areia como na infância, só preferimos não ficar ardidos e buscamos maneiras de nos proteger.
A vida é assim, deste mesmo jeitinho. Algumas vezes será inevitável ficar com a queimadura do sol por termos sido imprudentes e impulsivos e termos esquecido o filtro solar, que na minha época de infância ninguém falava. Vamos passar por isto com ajuda de um hidratante e outros cuidados básicos. Mas com a maturidade percebemos que não precisamos passar por isto e se acontecer aceitamos lembrando de quando éramos crianças e mesmo com a ardência estávamos felizes.
No nosso dia-a-dia podemos optar por passar pelas coisas com leveza ou fazer de tudo uma batalha, uma guerra que acaba conosco e no final do dia parece que fomos mastigados por um dinossauro e cuspidos fora. Lutar contra o que não pode ser mudado e viver vendo o pior de tudo em tudo nos deixa muito cansados. E o pior, não muda nada! Ver as coisas com otimismo e positividade nos ajuda significativamente e nos dá disposição e, muitas vezes, clareza para enxergar o que pode ser mudado.
Desejo a todos muita leveza nestes dias quentes que eu amo!

Foto: google imagens

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Um mundo melhor é a gente que faz

Acredito firmemente nas pessoas, mesmo sabendo que existem muitas coisas tristes no mundo. Ainda que eu tenha me decepcionado muito com a política nos últimos anos, por crer que as coisas mudariam e uma série de temas fossem abordados de forma mais abrangente e não foram, creio que é sim um dos caminhos para mudar o que é preciso. Não digo a política partidária, filiar-se e fazer campanha (esta também vale se te agrada, respeitando os opositores, claro!), mas falo da política que nós como cidadãos devemos fazer. Atuar de forma verdadeira, defender o que acreditamos, trabalhar para que as coisas se realizem, fiscalizar, lutar por direitos iguais a todos, ser humano. A política não pode, nem deve ser feita SÓ PELOS POLÍTICOS.
Depois desta eleição em que tantos ânimos se exaltaram, até com brigas e amizades desfeitas e da qual me abstive (o que é surpreendente e quem me conhece sabe) resolvi colocar uma vez por semana um projeto, uma iniciativa que possa promover a mudança ou que signifique a mudança para alguma pessoa. Pode ser iniciativa de um grupo de pessoas ou uma iniciativa individual.
A primeira iniciativa que destacarei aqui é da minha cidade e chama-se "SOPÃO DE RUA". Não tenho conhecimento de quanto tempo o projeto é realizado, mas acompanhei, de longe por enquanto, o crescimento e o aumento das atividades. Há pouco tempo o sopão era servido as quintas feiras em um espaço restrito, mas agora existe uma sede onde construíram uma horta, onde há uma sala para as pessoas jantarem, foi realizada uma campanha para arrecadação de um kit de louça e banheiros para eles tomarem banho. Também foi adquirida uma caminhonete para a distribuição de sopa em alguns bairros  da cidade. Tem oficinas e cursos para os moradores de rua, como cabeleireiro e manicure. O grupo empresta cadeiras de roda e banho e constrói, com doações, carrinhos para reciclagem, de pipoca entre outros.
O trabalho pode ser conhecido através da página do projeto no facebook ou na própria sede na rua Padre Anchieta, n° 2697. É uma iniciativa sem fins lucrativos ou promocionais. É cada um fazendo a sua parte. É um grupo que dá o peixe sim e que também ensina a pescar. Pois em algumas situações é preciso alimentar o corpo, alimentar a alma e depois mostrar para estas pessoas que elas são capazes, são dignas, que tem direito de lutar pelos seus direitos e que não estão sozinhas. Um mundo melhor depende da gente descer do pedestal e pôr os pés no chão, usar os nossos sentidos e emoções para nos colocar no lugar dos outros, depende de ter compaixão e saber respeitar as diferenças. É possível mudar o mundo desde que saibamos que só podemos mudar a nós mesmos. Um mundo melhor é a gente que faz, basta querer.
Deixo para todos um vídeo com 10 imagens para mantermos a fé na humanidade!


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Otimismo e boa vontade

Gerbera é uma das minhas flores favoritas pelas suas cores vibrantes!
Embora eu seja otimista não vivo no "jogo do contente" tal qual a Poliana. No meu entendimento ser otimista é acreditar que as coisas vão mudar, que elas são boas e que tudo tem um aprendizado. Não é apenas ver o lado bom e pronto. É também compreender que existem coisas erradas ou ruins e analisar para entender e mudar, se é o que queremos. Para mudar é necessário boa vontade. Não vou falar sobre o livro, pois eu não o li. Não considero muito que Poliana seja uma resignada. Sei lá, o que considero como resignação é não lutar contra o que não pode ser mudado, e não se desgastar tentando voltar o tempo ou modificar um fato consumado. Mas resignar-se, aceitar que aquilo é como é, não significa ficar inerte. Eu posso aceitar que minha família é pobre e não vão poder pagar uma faculdade cara pra mim. Resigno-me, aceito. No entanto, tem outras maneiras para chegar ao estudo que quero tentando bolsa de estudos, trabalhando no dia e estudando a noite, enfim... Resignar-se não é acomodar-se. Pelo menos eu penso assim.
Os mosquitinhos dão vida quando usados como coadjuvantes nos buquês. Mas são singelos e belos solitos!
Por isto, decidi, há algum tempo que serei positiva, otimista. Cortei palavras e gírias que não tem um significado bom. Por exemplo, porque dizer "pior" quando posso dizer "é verdade" e "realmente"? Não divulgo notícias tristes, embora algumas vezes faça comentários ou críticas a respeito de alguns aspectos da mesma. Faço todo o possível para ser coerente e agir conforme as coisas que eu digo. Vigio meus pensamentos e mando pra bem longe intrusos que tentar dar vazão a tristeza, discórdia ou desconfianças. Neste coco quem manda sou eu. Procuro ser grata a tudo e principalmente ser grata com aqueles que gostam de mim, pois não tem tesouro mais valioso que carinho e amor. Divulgo iniciativas fraternas e caritativas de todo o tipo.
Prímula era uma das quais não conhecia! Me apaixonei!
Eu acredito na humanidade. Reconheço que tem coisas erradas e algumas pessoas perdidas achando que estão fazendo grandes progressos pessoais prejudicando outros. São uma minoria, mas ganham destaque porque geralmente são ousados e prejudicam muitos. O fato destes existirem não podem balançar as minhas crenças e convicções, por isso é preciso agir e eu decidi mudar as coisas em mim para ver o mundo com outros olhos. Aceitar as coisas e buscar a simplicidade é um passo importante na minha caminhada.
Helicônias são exóticas!
Nestes últimos dias estamos no final da campanha pelas eleições presidenciais e para governador. O povo tá descontrolado tanto de um lado como de outro. São muitas acusações, diz-que-me-disse, palavrório e promessas vazias. Respeito a decisão de cada um quanto ao seu voto, mas preferi me abster. Decepcionei-me muito com a política nos últimos anos, quem me conhece sabe que são muitos os motivos. E ainda tem as coligações que não me descem na goela tamanha incoerência que apresentam. Então uma amiga lançou uma campanha linda em que se "dá flores" aos amigos. Eu que adoro flores de todo tipo entrei contudo e descobri flores maravilhosas das quais nunca tinha ouvido falar ou visto. Embora as previsões de muitos problemas no futuro, seja com qual candidato eleito, eu opto pela esperança de que breve as coisas irão mudar. Principalmente porque sei que as pessoas estão se conscientizando. Sendo assim ofereço flores a vocês para colorir e perfumar seus dias!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Arte no auxílio do tratamento

Depois de assistir este vídeo lembrei de uma apresentação da Larissa na Fundação de Apoio Universitário (Fau). Esta apresentação foi uma iniciativa da professora Mônica Borba que dava aula de ballet na Cia da Dança. Se não me fala a memória a apresentação aconteceu no ano de 2007, depois da mostra de final de ano da academia. Este espetáculo, na Fau, foi muito emblemático para nós pois foi na UTI deste hospital que ela esteve internada ainda bebezinho.
Foi muito emocionante ver ela e as coleguinhas dançando naquela sala para outras crianças enfermas com suas mães. Percebia-se a expressão de encantamento da gurizada e a distração das mães, que naquele momento sentiam-se aliviados da rotina de remédios e tratamentos. Óbvio que a emoção falou muito alto em mim, chorei bastante.
Acho lindo as iniciativas de levar arte para aquelas pessoas que estão hospitalizadas. Música, dança, brincadeiras, pinturas são tão belas e certamente ajudam no tratamento. Não é por acaso que são tidos como uma forma de se aproximar de Deus.
Os Doutores da Alegria é uma iniciativa que acho linda demais. São mais de duas décadas de trabalho junto a crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde. Foram mais de "um milhão de visitas de um elenco de cerca 40 palhaços profissionais (não voluntários) e possui unidades em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Recife." No site explica como doar e ajudar.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A emoção de realizar um sonho

Sou uma pessoa muito emotiva quem me conhece sabe que choro até vendo comercial de margarina. E isto não é uma metáfora, é uma realidade! Imaginem então como não fico quando vejo a emoção de alguém que realiza um sonho? Ontem de noite foi assim. Não costumo assistir ao programa "The voice Brasil" porque não gosto muito do apresentador. Mas vez por outra me deparo com aquelas vozes e canções tão novas e agradavelmente lindas. Gosto da postura do Carlinhos Brown e do Daniel no programa, já Lulu e Claudia Leite tenho ressalvas. Mas o fato é que, embora estejam sendo julgados por estes artistas, que podem ser ídolos ou não, as pessoas que vão concorrer ao programa tem muito talento. Claro, algumas não tem tanto, mas dentro do meu gosto pessoal e sem nenhum conhecimento de técnica musical, o pessoal que dei sorte de ver até agora são fenômenos. Começo falando da primeira candidata da noite. Minha gente o que é a voz daquela guria! Rose Oliver arrasou cantando "Aquarela do Brasil", arrepiou.


Outro que me emocionou demais foi o Lui Medeiros, que cantou "Drão" do Gilberto Gil de uma forma tocante. Estou torcendo por ele. Infelizmente não consegui baixar o vídeo, mas pode ser assistido aqui no site do programa.
Karina Duque Estrada também emocionou muito e me senti comovida vendo a sua emoção ao realizar o sonho.
Mas me surpreendi mesmo foi com Débora Coutinho. Gente que voz é aquela!!!! Não sou muito das músicas em inglês, mas a voz desta moça é um espetáculo! Também não consegui baixar o vídeo pelo youtube, mas no site do programa tem o vídeo completo. Vale a pena!
Fiquei muito emocionada vendo a reação dos concorrentes e arrepiada ouvindo estas vozes fantásticas. Ver a emoção de uma pessoa realizando um sonho é muito tocante! Óbvio que chorei várias vezes! Acho que vou dar uma acompanhada de longe pra ver como estes artistas se saem. De toda forma, creio que eles já são vencedores, pois talento tem de sobra!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

12 filmes de professores que vi e 6 que não assisti

Eu gostaria muito de falar e listar aqui um filme que assisti há algumas décadas, provavelmente na sessão da tarde, e que não lembro o nome, nem sei quem eram os atores, nem nada. O filme é maravilhoso e conta a história de uma professora negra (cada vez que fecho os olhos enxergo ela nitidamente) e seus alunos, em especial uma garotinha, também negra, gordinha que tinha uma grande dificuldade de aprendizado e leitura. O filme é lindo e mostra uma verdadeira mestra na arte de alfabetizar. Lembro que o nome desta garotinha é Clarissa e que o grande final, como não poderia deixar de ser, é ela lendo pra toda a escola. Mas de jeito algum consigo descobrir o nome do filme!
Por isto fiz uma lista com 13 filmes que eu assisti e que considero uma grande e verdadeira homenagem aos professores e seis que eu não vi, mas tem a mesma temática. Não estão por ordem de importância. Sinopses do AdoroCinema e as imagens do google. Ah! Óbvio que os filmes são muito mais do que as sinopses contam, mas também não dá pra contar todo o filme, né?

1) O sorriso de Mona Lisa - com Julia Roberts. Assisti!
"Katharine Watson (Julia Roberts) é uma recém-graduada professora que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte. Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida." Katharine é uma feminista, que defende a liberdade das mulheres. Achei uma parte muito interessante quando uma  de suas alunas mais brilhantes diz a ela que ela "escolheu casar e cuidar da casa", que aquilo era uma escolha dela.

2) Gênio indomável com Robert Williams e Matt Damon - Não assisti, portanto sem opinião a respeito. Mas no geral as críticas são boas. "Em Boston, um jovem de 20 anos (Matt Damon) que já teve algumas passagens pela polícia e servente de uma universidade, revela-se um gênio em matemática e, por determinação legal, precisa fazer terapia, mas nada funciona, pois ele debocha de todos os analistas, até se identificar com um deles."

3) A corrente do Bem - com Kevin Spacey, Helen Hunt e Haley Joel Osment. Assisti e acho o filme maravilhoso! Sempre me acabo chorando, óbvio!
"Eugene Simonet (Kevin Spacey), um professor de Estudos Sociais, faz um desafio aos seus alunos em uma de suas aulas: que eles criem algo que possa mudar o mundo. Trevor McKinney (Haley Joel Osment), um de seus alunos e incentivado pelo desafio do professor, cria um novo jogo, chamado "pay it forward", em que a cada favor que recebe você retribui a três outras pessoas. Surpreendentemente, a idéia funciona, ajudando o próprio Eugene a se desvencilhar de segredos do passado e também a mãe de Trevor, Arlene (Helen Hunt), a encontrar um novo sentido em sua vida."

4) Preciosa - uma história de esperança - com Gabourey Sidibe. Não assisti e sabendo da história acho que não irei. 
"1987, Nova York, bairro do Harlem. Claireece "Preciosa" Jones (Gabourey Sidibe) é uma adolescente de 16 anos que sofre uma série de privações durante sua juventude. Violentada pelo pai (Rodney Jackson) e abusada pela mãe (Mo'Nique), ela cresce irritada e sem qualquer tipo de amor. O fato de ser pobre e gorda também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa tem um filho apelidado de "Mongo", por ser portador de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez, Preciosa é suspensa da escola. A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para ela uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua existência traumática, se refugiando em sua imaginação."

5)Ao mestre com carinho - Sidney Poitier. Assisti e acho uma jóia! Adoro!
"Mark Thackeray (Sidney Poitier) é engenheiro, mas ficou desempregado e resolveu dar aulas em Londres. Ele começa a ensinar alunos majoritariamente brancos em uma escola no bairro operário de East End. Thackeray se depara então com adolescentes indisciplinados e desordeiros, e que estão determinados a destruir suas aulas. Só que o engenheiro, acostumado com hostilidades, não se amendronta e enfrenta o desafio de ensinar uma turma de baderneiros. Ao receber um convite para voltar a atuar como engenheiro, ele tem que decidir se pretende seguir como mestre ou voltar ao antigo cargo."

6) A onda - com Jürden Vogel. Não assisti, mas fiquei com vontade!
"Em uma escola da Alemanha, alunos tem de escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é colocado para dar aulas sobre autocracia, mesmo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de "A Onda" ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar "A Onda" pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com "A Onda", mas aí já é tarde demais."

7) Escritores da liberdade - com Hilary Swank. Assisti! Foi um filme que encontrei por acaso passando pelos canais a cabo na casa do meu irmão, se não me engano. Achei o filme maravilhoso! Recomendo!
"Uma jovem e idealista professora chega à uma escola de um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell (Hilary Swank) lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerância e o respeito ao próximo."


8) O clube do imperador - com Kevin Kline. Não assisti!
"William Hundert (Kevin Kline) é um professor da St. Benedict's, uma escola preparatória para rapazes muito exclusiva que recebe como alunos a nata da sociedade americana. Lá Hundert dá lições de moral para serem aprendidas, através do estudo de filósofos gregos e romanos. Hundert está apaixonado por falar para os seus alunos que "o caráter de um homem é o seu destino" e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude correta. Repentinamente algo perturba esta rotina com a chegada de Sedgewick Bell (Emile Hirsch), o filho de um influente senador. Sedgewick entra em choque com as posições de Hundert, que questiona a importância daquilo que é ensinado. Mas, apesar desta rebeldia, Hundert considera Sedgewick bem inteligente e acha que pode colocá-lo no caminho certo, chegando mesmo a colocá-lo na final do Senhor Julio Cesar, um concurso sobre Roma Antiga. Mas Sedgewick trai esta confiança arrumando um jeito de trapacear."

9) Mentes perigosas - com Michele Pfeifer. Assisti! A loira e linda Michele Pfeifer faz uma professora correta, disciplinadora e fora dos padrões ao lançar mão de vários métodos diferentes para ensinar os alunos. "Uma ex-oficial da marinha abandona a vida militar para ser professora de inglês. Só que logo na primeira escola em que começa a lecionar, ela vai se deparar com diversas barreiras. Sendo um colégio de negros, latinos, e na maioria de pessoas pobres, ela terá que lidar com a rebeldia dos alunos. Como a professora Louanne Johnson não consegue através de métodos convencionais a atenção da sua classe, ela parte para outra forma de ensino. Passa a dar aulas com karatê e músicas de Bob Dylan, tentando ajudar a turma através de métodos pouco convencionais."

10) Será que ele é? - Com Kevin Kline. Não assisti, mas quero muito!
"Cameron Drake (Matt Dillon), vencedor do Oscar de melhor ator, ao fazer seu agradecimento de praxe ressalta a importância de Howard Brackett (Kevin Kline), seu professor de literatura inglesa, que é gay. Nem o mestre sabia disto e muito menos poderia imaginar como sua vida seria totalmente modificada a partir deste momento, quando sua sexualidade passa a ser questionada, principalmente por Emily Montgomery (Joan Cusack), sua noiva e até mesmo por Berniece (Debbie Renolds) e Frank (Wilford Brimley), seus pais." 

11) Uma mente brilhante - com  Russel Crowe. Assisti!
"John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel."

12) Entre os muros da escola -  Não assisti! 
"François Marin (François Bégaudeau) trabalha como professor de língua francesa em uma escola de ensino médio, localizada na periferia de Paris. Ele e seus colegas de ensino buscam apoio mútuo na difícil tarefa de fazer com que os alunos aprendam algo ao longo do ano letivo. François busca estimular seus alunos, mas o descaso e a falta de educação são grandes complicadores."

13) O grande desafio - com Denzel Washington. Assisti! Maravilhoso!
"Melvin Thompson (Denzel Washington) é um brilhante professor e amante das palavras. Embora tenha convicções políticas que possam atrapalhar sua carreira, ele decide apostar nos seus alunos para formar um grupo de debatedores e colocar a pequena Wiley College, do Texas, no circuito dos campeonatos entre as universidades. Mas o seu maior objetivo é enfrentar a tradição de Harvard diante de uma enorme platéia. Inspirado em fatos reais. (RC)"

14) Meu mestre, minha vida - com Morgam Freeman. Assisti e também recomendo!
"O professor Joe Clark (Morgan Freeman) é convidado pelo seu amigo Frank Napier (Robert Guillaume) a assumir o cargo de diretor em uma problemática escola de Nova Jersey. Autoritário e arrogante, Clark comanda com pulso firme e com métodos pouco ortodoxos, as vezes até violentos. Dessa forma, ele consegue com que alguns alunos da escola, que sofre com problemas de tráfico de drogas e violência, passem no exame de final de ano realizado pelo governo. Mesmo fazendo o bem para os alunos, seus métodos contraditórios atraem admiradores mas também inimigos."

15) Duelo de Titãs - com Denzel Washington. Assisti!
"Herman Boone (Denzel Washington) um técnico de futebol americano contratado para trabalhar no comando de um time universitário dividido pelo racismo, os Titans. Inicialmente, Boone sofre preconceitos raciais por parte dos demais técnicos e até mesmo de jogadores do seu time, mas aos poucos ele conquista o respeito de todos e torna-se um grande exemplo para o time e também para a pequena cidade em que vive."

16) Sociedade dos poetas mortos - com Robin Willians. Assisti! É um filme lindo que mostra o que realmente é a vocação de ser professor. 
"Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos Poetas Mortos"." 

17) Escola de Rock - com Jack Black. Assisti! Sim, recomendo. Não é só um filme de humor e irreverência por se tratar de rock. É um filme que fala de sonhos, a importância deles, a importância da música no ensino e da importância dos professores para a autoestima dos alunos.
"Dewey Finn (Jack Black) é um músico que acaba de ser demitido de sua banda. Cheio de dívidas para pagar e sem ter o que fazer, ele aceita dar aulas como professor substituto em uma escola particular de disciplina rígida. Logo Dewey se torna um exemplo para seus alunos, sendo que alguns deles se juntam ao professor para montar uma banda local, sem o conhecimento de seus pais."

18) Coch Carter - Treino para a vida- com Samuel L Jackson. Assisti!
"Richmond, Califórnia, 1999. O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade."

Vários filmes falam sobre a educação e os professores ligados a esportes, a música, a literatura e como estas questões, muitas extracurriculares, auxiliaram os alunos a aprender, ou a querer aprender. Mostra como aquele mestre tocou aquela criança ou adolescente e ajudou a aflorar sonhos, fez com que aquelas pessoas se conhecessem e buscassem o seu melhor. Com esta singela homenagem quero dar os parabéns ao professores da vida real, que, como os dos filmes citados, precisam enfrentar a violência, o descrédito, os baixos salários, as más condições das escolas. Professores o dia é de vocês! Meu eterno reconhecimento a todos os professores do Brasil! Um grande abraço aqueles queridos que fizeram parte da minha trajetória como: Maria Inês (que me alfabetizou, lá no Cecília Meireles), a Jurema (que exigia a tabuada), a Rosane (que lá no CAVG viu minha veia jornalística), a Cleuza (que no João XXIII ajudou a entender a tal da contabilidade), o Jairo Sanguiné (meu querido mestre na UCPel), a Beatriz Loner (minha orientadora na especialização). Também agradeço os queridos Mario Osório Magalhães, que antes de ser meu professor, foi da minha mãe e já me deixava assistir suas aulas, a Lorena Gill, ao Manuel Jesus, ao Rudmar Baldissera e tantos outros. Aos amigos que abraçaram a profissão e a minha mãe, que não trabalha na área. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Crianças

Eu amo crianças! Foi um amor que foi sendo construído, foi aparecendo e crescendo pouco a pouco conforme iam nascendo os sobrinhos, os filhos dos primos e por fim os filhos dos amigos. Até a adolescência, até um momento da minha adolescência não era chegada em crianças. Talvez porque eu tivesse dois irmãos menores e muitas vezes a gente brigava e eu precisava reparar eles algumas outras e colocar o bico no mano quando ele chorava.  Esta de colocar o bico é bem marcante porque eu tinha 3 anos quando meu irmão nasceu, então um dia a mãe ocupada com alguma coisa, como sempre estava, me pede que dê a chupeta pro mano que tava chorando e eu respondo muito indignada, me sentindo até injustiçada talvez (não lembro os sentimentos) "que doga azente não pode nem caga mais depois que este guri nasceu!". É bem provável que esta convivência de perto, 24 horas por dia com meus manos tenha me feito evitar as crianças o quanto pude, naquela época em que eu também era criança.
Mas depois... foram chegando os meus sobrinhos. Veio o Igor e depois a Nathália, alguns anos depois a Larissa, o João Vitor, depois a Amandica. Mais uns aninhos passaram e veio o Yuri e depois o Pê e agora o Daniel. É impossível não gostar de estar com eles! Não se sentir responsável por eles. E eu que já tenho esta coisa de responsabilidade sinto ainda mais. Gostaria de poder tirar do caminho deles todas as pedras, os obstáculos e dificuldades. Queria poder espalhar flores, alegrias e realizações para que seus sorrisos se mantivessem sempre iluminando aquelas carinhas lindas. No entanto sei que posso ajudá-los a superar os obstáculos, posso dar-lhes algumas alegrias, garanto que estarei sempre ao lado, mas o caminho deles é individual.
Continuo acreditando que "o caminho se faz caminhando". Gostaria de ser para eles sempre uma boa amiga, um porto seguro, um colo protetor, um refúgio reconfortante. Não sei se conseguirei ajudar sempre, mas podem acreditar amarei sempre e pra sempre.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Amar é...

Eu adorava tanto estes bonequinhos peladinhos do Amar é... quando criança que até hoje, sempre que encontro alguma coisa com a imagem deles eu compro.
Minha agenda, por exemplo é com o motivo deles. E tem a frase "Amar é... ... roubar o coração dela." Hoje quando uma amiga compartilhou um blog que falava das figurinhas Amar é... fiquei pensando que quando era criança não pude colecionar os álbuns porque não tinha dinheiro pra comprar. Mas sempre adorei as frases por achá-las por demais verdadeiras. aliás, elegi esta que ilustra o texto justamente por crer que representa o meu momento atual. E a seguinte complementa. hahahaha

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Outubro

Não queria falar de eleições. Faz um tempo já que abandonei meus textos falando de política lá no Imprensa Nanica e questionando tantas coisas nos últimos tempos. Mudou muita coisa é verdade, mas como pensávamos que um governo de "esquerda" mudaria bem mais acabamos ficando decepcionados. Sim, digo nós porque não sou a única. Não sou reacionária, nem ingênua e nem influenciável como me acusaram. Apenas acreditei que as coisas aconteceriam de outro jeito. De um jeito combativo, com força, com garra, sem jeitinho nem coligações incoerentes.
Quem sabe daqui algum tempo reacenda esta chama que esta um pouco apagada. É bem provável que reacenda, mas neste momento estou pensando nas coisas que tenho visto, nos resultados da eleição e tudo mais.
O bom é que outubro começou bem, com o belo casamento da minha cunhada, com muita alegria e esperança. Uma celebração maravilhosa sob as bençãos de São Francisco de Assis.
E vamos esperar o que vem por aí!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Os brinquedos que queria e nunca tive, mas que também não fizeram falta

Eu sempre gostei de uma brincadeira que dizia "eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marré geci" (a gente cantava geci, mas não sei se é assim mesmo). É uma brincadeira de roda, bem antiga, que, acredito quase nenhuma criança brinque. Geralmente a gente queria ser a rica, mas depois de um tempo a gente percebe que ser a rica não é tão bom quanto ser a pobre cercada de gente. Era legal quando todas as minhas primas estavam juntas e então se formava aquela fila de gurias enoooorme. E a gente ia, umas puxando as outras, saltitando e cantando.
Foi muito bom brincar tantas vezes disso, acho que foi esta brincadeira uma das responsáveis por minha afeição a família, a consciência de que ser pobre não é um problema e ser rico não quer dizer que seremos felizes.
Minha criancice foi cheia de brincadeiras de roda, de pegar, de esconder, de pular sapata, de subir em árvore (mesmo sem saber descer depois), de jogar bola com meu primo Anderson, de casinha, de boneca, de fazer show (de dança e música, porque os artistas são completos) na garagem de casa. Eu sabia, como na canção da brincadeira, que eu era pobre e que muitos brinquedos que apareciam nas propagandas da televisão não poderia ter. Assim como sandálias melissinha ou lápis de cor faber castell e canetinhas. Na época causava um pouco de frustração, mas não causou trauma algum. Pra falar bem a verdade, creio que o único brinquedo "de marca" que tive foi o meu bebê. Um bebê pequeno, carequinha, de vestidinho azul e uma xuquinha pequena do lado da cabeça. Nem sei de quem ganhei, mas a boneca me acompanhou por longo tempo e dei de presente pra Nathália, minha primeira sobrinha. No más a gente usava a imaginação para brincar e alguns jogos de tabuleiro como damas, dominó, varetas e coisas assim.
Na minha época de criança a febre entre as meninas era mesmo a Susy e a Barbie (no seu início de carreira). Eu nunca tive nenhuma das duas. Quando pedia pra mãe ou pro pai eles diziam que quando "tivessem dinheiro compravam", mas não sobrava dinheiro, então... Minha prima Lili tinha e a gente brincava junto. Uma outra amiga, a Alessandra, também tinha. Ela tinha duas Barbies e um Ken e quando a gente brincava junto pegava emprestado com o irmão dela um Falcon, pra namorar a boneca com que eu brincava. Vai ver que foi aí que surgiu minha preferência por barbudões, o que acha Niara? Mas isto foi uma fase, logo comecei a fazer revistas com as colegas do colégio, adorava dançar e aos poucos fui deixando as bonecas e me dedicando mais a estas atividades.
Lembro que também tive vontade de ter uma daquelas barraquinhas da Mônica. Não era todo mundo que tinha, também devia ser bem caro! Mas foi uma onda passageira! Ou seria nuvem? Pois é, a gente sempre acampou no Barro Duro e depois no Camping Municipal, então não fazia muito sentido acampar no quarto ou na sala lá de casa. E quando a gente brincava de acampar ou de casinha o mano e eu fazíamos umas barracas de lençol e cobertores e fazia o mesmo efeito. Até a mãe chegar e botar ordem na casa!
Fiquei lembrando disso hoje, olhando as fotinhos dos amigos no face e pensando nos presentes que as crianças podem pedir pelo dia da criança. Pensei bastante pensando que, embora na época eu quisesse muito aquelas coisas, elas não me fizeram falta realmente. Não deixei de ser uma pessoa feliz por esta falta. E ainda, quando ganhei uma melissinha usada, claro, não gostei. Meu pé suava, resvalava, cheirava mal. Devo ter usado umas duas vezes e tchau! Preferia mesmo meus havaianas amarelos que ganhei da tia Rosa para deixar de chupar bico. Hoje eu até acho engraçado quando uma pessoa me pergunta abismada: "tu nunca teve uma Barbie?". Pois é, nunca tive! E não me fez falta não.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Uma listinha de filmes que eu amo!

Fui desafiada a fazer uma lista com 10, apenas dez filmes que marcaram minha vida, mas sou prolixa e 10 é um número pequeno. Depois da primeira lista fiz outra com mais treze, porque vários outros filmes vinham na minha cabeça logo depois de encerrada a dita cuja. Então resolvi vir aqui e juntar as duas listas e completar até 30. Trinta filme que eu amo de paixão. Claro que tem muitos outros que vão vir a minha mente assim que postar este texto, mas daí, quem sabe faço listas por gênero? 
1) Pão e tulipas - É um filme que se passa na Itália. Nele é contada a história de uma dona de casa
Pão e Tulipas
que é deixada para trás numa excursão com a família. O resultado é a descoberta de que podemos recomeçar. Depois de ser esquecida pelo marido e os filhos resolve ficar um tempo em Veneza (se não me falha a memória, con
fere Luiz Carlos Vaz?) arranja um emprego numa floricultura e redescobre o amor, com um garçom suicida (tentava dar fim a sua própria vida) que a acolhe. O filme é lindíssimo!
2) Elza e Fred - simplesmente amo, amo, amo. Peguei emprestado com meu irmão Cristian Guadalupe e me adonei. Fala do amor na terceira idade, da alegria de viver, do medo de morrer e do medo de viver. Toda vez que me sinto meio pra baixo assisto Elza e Fred. Ah! o filme é Argentino e é maravilhoso!!!
3) A cor púrpura - acho que foi o primeiro filme que vi com a Whoopi Goldberg. O filme é lindo e muita gente deveria assisti-lo. O que mais lembro é da importância que vi ao destacarem a beleza natural daquela mulher. E consequentemente a beleza das mulheres negras.
4) O bebê de Rosimery - porque gosto muito de filmes de terror, apesar de me pelar de medo. hahahaha
5) Carrie, a estranha - o original, porque na época que vi era criança. Depois assisti os outros.
6) Fúria de Titãs o primeiro, com o slow motiom. Amava aqueles filmes, inclusive os do Ali Babá, Simba e os sete mares.
7) Tomates verdes fritos - simplesmente eu amo muito! 
8) Procurando Nemo - Já disse que amo animação?????
9) O Auto da Compadecida porque tem muito filme brasileiro legal.
10) A fantástica fábrica de chocolate - apesar de amar o Johnny Depp fico com a original, que vi tantas vezes na sessão da tarde. Mas vi o filme novo e gostei também.
11) O advogado do Diabo - nem sei se é pelo Al Pacino, ou se pelo Keanu Reeve.
12) A Excêntrica Família de Antônia - porque fala de diferenças importantíssimas que a gente deveria respeitar e proteger. Aliás, outro filme bem oportuno para esta época. Pessoas como o candidato a presidência que usa o aparelho excretor para falar deveriam assistir para entender que as minorias, os fracos e oprimidos devem ser protegidos e não exterminados e odiados.
13) O nome da Rosa, foi um dos primeiros filmes que indicaram na faculdade. Depois de Cidadão Kane, que não cito na minha lista por não lembrar muito bem. Gosto muito de filmes de suspense e investigação.

Laços de Ternura
14) Melhor é impossível, porque eu amo o Jack Nicholson e vejo tudo que é filme com ele. A declaração de amor dele neste filme é maravilhosa. Dizer para alguém que ela faz com que ele queira ser alguém melhor é melhor que "eu te amo"! Sério!
15) Laços de ternura é um filme muito bonito. Fala de relacionamentos, de sentimentos, de separação, de partida. Vale a pena, apesar de o Jack Nicholson usar uma sunguinha medonha numa das cenas. Mas ele tá lindo! 

16) Kramer versus Kramer, também é um filme que fala de separação, de briga pela guarda do filho, de sofrimento. Foi o primeiro filme que lembro de ter visto em que o pai luta para ficar com o filho, para criá-lo e manter-se presente durante a sua formação e o seu crescimento.
Kramer vs Kramer

17) O Campeão - Nem sei quantas vezes chorei assistindo este filme. Aliás choro sempre e sempre. Fala de vício, de arrependimento, de alegrias. Amo, simplesmente. 
18) O iluminado, porque mesmo sendo um filme de terror não tive medo algum, exceto pela aparição das gêmeas, claro!
19) O exorcista - porque me apavorou por anos e até hoje evito ver qualquer coisa que contenha a cara daquela guria.
20) Ensina-me a viver - porque a gente precisa saber que a idade é algo que tá mais na cabeça da gente do que no corpo, há velhos de 20 anos e jovens com 80. O filme é bárbaro!
21) Gilbert Grape - Aprendiz de sonhador Porque tem Johnny Depp maravilhoso. Neste filme foi a primeira vez que vi o Leonardo Di Caprio como ator de verdade.
22) A noiva Cadáver - porque tem Johnny Depp e eu amo animações vejo tudo que posso.
23) Era uma vez no México - porque tem Johnny Depp e Antonio Banderas e pra mim basta
24) Platoom - apesar de sofrer e chorar um monte gosto de filmes de guerra.
25) A lei do desejo - porque é um filme do Almodóvar e eu amo os filmes dele. Também porque tem o Antonio Banderas e eu também amo. 

26) Seven - Porque Brad Pitt, Morgam Freeman e Kevin Spacey já são um ótimo motivo. Cada um está mais "felomenal" que o outro. Mas o suspense do filme é fantástico. Vale muito a pena!
27) O silêncio dos inocentes - toda a trilogia, se é que dá pra chamar assim. É claro que o primeiro, com Judy Foster é o que há. 
28) Meu primeiro amor - é um filme infanto juvenil que pode ser considerado água com açúcar e bem bobo. Mas trata de uma coisa que quando adultos parece que esquecemos, as crianças sentem, compreendem, percebem e estão ali, mesmo quando fingimos pra elas que as coisas não estão acontecendo. Ou quando mentimos tentando proteger. O filme trata de uma forma linda a perda de pessoas queridas, o medo da morte, as diferenças.
29) Valentim - é um filme liiiiiindo! É argentino e passa no período da ditadura militar naquele país. O pequeno Valentim vive com a avó, depois que a mãe supostamente foi embora (o que durante todo filme dá entender é que foi presa pela ditadura). Tem o sonho de ser um astronauta e vive os dias fazendo exercícios para suportar a gravidade no espaço. O pai é ausente e vive trocando de namoradas, além de ser meio cafajeste com as mulheres. Quando Valentim faz amizade com um vizinho, que é músico e solitário e conhece a nova namorada do pai, resolve formar um casal entre o amigo e a futura ex-madrasta. Eles ajudam a procurar pela mãe dele até chegarem a um amigo dela. O resto cês tem que ver no filme. Tenho certeza que vão amar.
30) O ano em que meus pais saíram de férias - porque conta a ditadura militar no Brasil, as dificuldades da época, o enfrentamento das diferenças pelo olhar de uma criança que cai de paraquedas no meio de uma cultura nova, cercado de pessoas desconhecidas.